quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Destaques Chiado Editora

Aqui fica a lista dos últimos títulos lançados pela Chiado Editora.

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Do Cacine ao Cumbijã (Guilherme da Costa Ganança)
As acções ocorreram, realmente, no espaço e no tempo da narrativa. A acção decorre desde Outubro de 1967 a Março de 1968 e transporta um jovem de 22 anos para um ambiente repleto de incertezas, audácia e desespero, nas matas da Guiné. São as memórias de um alferes, salpicadas de momentos de pura ficção. É o desenrolar de sentimentos e emoções.

Juventude e generosidade, medo e coragem, dor e amor, tragédia e sobrevivência misturam-se numa exótica amálgama com o bálsamo das amizades e uma inveterada cultura da auto-estima. Paisagens, ambientes e interacção com as tradições e gentes locais povoam a narrativa.

A marca do tempo, que custa tanto a passar, é mitigada com nostálgicas recordações e ilusórios propósitos de vida. Na miragem, os «devaneios» adoçam-se com o carinho de uma geração generosa de «madrinhas de guerra». Gabriel despede-se da sua cidade, da sua família e dos amigos e é levado a mergulhar nas teias da guerra. Valoriza o rigor e o saber, como os melhores aliados da «sorte». Os «tempos livres» revelam-se marcantes para a concretização dos seus próprios desígnios.

Violeta Foi para o Céu (Ángel Parra)
O disparo deve ter-se ouvido ao longe. Ou talvez não. A pistola era de baixo calibre. O drástico fim de todos os seus tormentos. Drástico. Como ela gostava das coisas.

Através desse pequeno orifício esvaiu-se a sua vida. E com ela, os pássaros azuis e vermelhos, disse Atahualpa, o meu velho mestre; já não havia mais espaço para eles na sua alma. Através desse pequeno orifício ficou para a história. Como sempre, a recalcada história de que os artistas devem morrer para ser plenamente reconhecidos.

Mãe fundadora de povos, muito moderna para o seu tempo, em permanente progresso e movimento. Os homens temiam essa força avassaladora com que transitou pela vida. Por esta razão protelavam, aproveitavam-se e mentiam-lhe. Obstruíam-lhe o caminho com dificuldades porque ela era livre, ousada, corajosa. Insolente, é certo, com aqueles que o mereciam.

Na minha memória está guardado, como um tesouro enterrado noutros tempos, o que quero contar. Simplesmente vivências e recordações. Momentos de privilégio da mão da minha mãe, em tanto filho homem. Único. As declarações de amor são válidas no momento em que se oferecem. Estas são as minhas.
Ángel Parra

O Porto de Villas-Boas (Filipe Vieira de Sá)
Que movimentos e comportamentos tácticos caracterizaram o Porto 2010/2011? Que enquadramento táctico tiveram os jogos mais decisivos da época?

As respostas a estas e outras perguntas, numa análise detalhada e centrada no lado táctico de uma equipa que, pela qualidade e sucesso atingidos, justificou as maiores atenções de todos aqueles que gostam de futebol.


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Memórias de Um Liberto (Ilda Coelho)
Estas são as memórias sobre uma mulher fascinante, maravilhosamente livre, vivendo de um modo irrepetível, uma vida simultaneamente sublime e cruel. Hipácia é a mulher ccaleidoscópica que nos conduz através de outros tempos, rasgando os universos do conhecimento, tecendo teias de paixão e de silêncios, de encontros e desencontros.

A escrita ficcional emerge aqui, não apenas com a função de fruição através de uma narrativa solidamente estruturada, numa linearidade fluente e desenvolta, mas também, como registo de memória privilegiada, que se indigna face ao absurdo da violência e da intolerância geradas por situações limite. Situações essas com que, paradoxalmente, tantos séculos passados, o mundo de hoje continua, quotidianamente, a ser confrontado. Este é um romance que entretece na sua trama a mítica cidade de Alexandria, as ressonâncias do saber, o sopro da morte e que fluirá, sem dúvida, no rio de memória do leitor.

Anti-Lolita (Carlos Belindro)
A primeira noite de amor, que ambiente tão pesado... tantos receios sinto embora sôfrego a dispa e lhe beije o corpo todo sem qualquer inibição. Rebolamos sob um eixo forjado pelo magnetismo da nossa atracção e o calor da paixão é alimentado a uma esperança de que tudo corra bem. Beijo-a e sinto que estou a fazer a coisa certa, beijo-a e não há qualquer hiato para uma dúvida, para uma incerteza, para um desassossego, beijo-a e não temo... Mas os beijos para meu desespero revelam-se curtos e ela parece querer poupar a sua boca carnuda que me enlouquece, que sabe tão bem... tento prolongá.los mas não consigo. «Os meus demónios gritam e em silêncio irrito-me, apetece-me fixar-lhe violentamente a cabeça entre as minhas mãos para a poder beijar à minha maneira.» Mexo-lhe nos seios demasiado perfeitos e ela fica mais à vontade. Os ossos da sua bacia surpreenderam-me, nunca havia tocado em nada parecido, nunca imaginei que pudessem ser tão salientes no bom sentido. Nada de aberrante ali havia, era a normalidade perfeita que eu nunca pensei que me interessasse, mas ao possuí-la, senti-me bem, completo, forte. Enquanto a penetrava e a ouvia em surdina a pedir-me coisas, até de mim começava a gostar: olhava os meus braços suados, com músculos que se destacavam e sobressaiam com aquela meia-luz que ela havia escolhido para nos alumiar a paixão intensa que ali se vivia. Parece que ainda lhe toco...

Os Homens (Ana Maria de Vasconcelos)
Não quer dizer que não gostasse de me apaixonar novamente, mas pelo homem certo. Em todos os sentidos, e sei que só sou capaz de me apaixonar por quem estiver apaixonadíssimo por mim. Acho que era isso que podia acontecer com o A., paixão de parte a parte, por isso é que tivemos de deixar de nos ver. Por mais voltas que dê, é sempre lá que vou parar, e ele, apesar de bem casado, também não pode estar em contacto comigo pois eu deixo uma marca profunda nele. Eu disse-lhe que fingia que gostava dele. Mas não fingia, era tudo verdade. Mais um passo, mais uma troca de sentimentos e estávamos os dois perdidinhos um pelo outro com uma força doida. Eu disse-lhe que era a fingir, mas estivemos os dois mais na cama um com o outro assim, com essa troca de palavras, do que se realmente tivéssemos estado. Os amores só de cama, só de corpo, são muito menos sérios e violentos do que assim, de espírito, com este envolvimento e entendimento quase sem palavras, que tivemos um com outro. Se eu tivesse procedido de outra forma, se tivesse exigido, procurado, reclamado, teria-me afastado dele, mas assim, sei que fiquei, e gosto disso.


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Memórias de um Caçador de Vampiros (Ardo Antas)
Numa época de luzes em que os seres sobrenaturais são pouco mais do que personagens de ficção para os que nunca com eles se cruzaram, um estranho símbolo foi visto gravado numa Harley Davidson. O símbolo de um grupo de pessoas que declarou guerra a um dos mais antigos mitos da civilização: as criaturas com dentes de sabre e olhar a sangrar, popularmente conhecidos como "vampiros". Mas afinal, o que são eles? De onde vêem? Quais as suas origens? Quais os seus intentos? E, sobretudo, como se combatem? Rick Chambers sabe responder a esta última questão e, quanto às outras, tem fortes suspeitas que partilha nos seus diários de caçador de vampiros. Mas quem é, na verdade, o homem de calças de ganga e botas de cowboy que se desloca numa Harley Davidson em diversos locais com acontecimentos inexplicáveis? O que sabe ele que as restantes pessoas parecem ignorar? Aqui fica a sua visão original do mundo e de duas das espécies que o habitam.

Fazendo Nada, Defendendo Coisa Nenhuma (Júlio Pereira)
Patrick O'Malley, um aventureiro internacional, preso em Marrocos de posso de um mapa secreto indicando a existência de uma jazida de petróleo no Saara Ocidental, inicia uma fuga aventurosa que o conduz, através do deserto, até aos campos de refugiados de Tindouf, na Argélia, onde toma contacto com as condições de vida dessas populações.

Aí, trava amizade com Américo Borralho, um português ao serviço do Biafra, apoiando a força aérea daquele efémero país, o qual vem a saber que O'Malley persegue ainda o sonho de encontrar a esposa e o filho, abandonados à sua sorte na precipitação final daquela guerra.

Ao longo das páginas deste livro, que combina a realidade com a ficção, o leitor vai conhecendo a história do Saara Ocidental, desvendando as peripécias por que Borralho passou no Biafra e as condições em que O'Malley se viu envolvido numa conspiração internacional para derrubar o presidente de Angola. Ao mesmo tempo assiste à disputa pela jazida de petróleo e ao surgir, nas areias do deserto, de uma cidade protegida por militares que, na realidade, como se verá, ali estão fazendo nada e defendendo coisa nenhuma.

Chegará O'Malley a encontrar a esposa e o filho? Conseguirá Bachir dar visibilidade à lua do seu povo? São questões que intrigarão o leitor até ao final.

Diários de um Globe Troter (José Gaia)
Viver o Mundo, viajá-lo e conhecê-lo: Tenho-o feito pelos destinos e rotas que maior interesse ou desafio me despertam, possuindo uma carteira, nunca fechada, de vastas e variadas aventuras viajadas pelas Américas e Áfricas. Dos relatos reais destas aventuras e viagens, escolhi o 1.º - Colúmbia Britânica, e o 2.º - Seychelles para constituirem este primeiro volume dos meus "Diários de um Globe Trotter".

O volume seguinte, e a realidade dos mesmos "Diários", integrará os relatos da viagem ao Sul do Louisiana e dos Safaris pelo Kenya. Para logo depois relatar outras aventuras, descobertas e destinos vividos: Florida, Namíbia, Venezuela, Chicago, Argentina...


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A Europa era Mesmo Assim (JM e NS)
Ao longo desta viagem, é possível acompanhar o ritmo e o batimento cardíaco de dois jovens à descoberta da Europa... Ambos sedentos de novidades, envolvem-se em inúmeras peripécias, reveladoras de toda a inocência e espanto de quem faz pela primeira vez... A cadência de viagem é facilmente absorvida e as circunstâncias levam a situações limite, ilustradas por opiniões simples e sinceras acerca de tudo e todos: os povos, os transportes, os países, o pão, o leite, a roupa, a polícia, os ladrões, a simpatia, a beleza, o cheiro... tudo isto de forma crua e sem filtros...

"Parece que estamos a ler uma conversa de café" "Descobri mais neste livro do que em muitas viagens que fiz... é que as coisas são mesmo assim" "Uma panóplia de sentires que exaltam o nosso mais recôndito "eu" burguês a querer largar o livro e o sofá e transformar-nos num eterno errante" "O relato imperdível da viagem que nunca fiz" "A transparência e ingenuidade de todo o livro são espantosas, nunca tinha viajado tanto em tão pouco tempo".

O Político X (Luís Ferreira)
Marinha era uma ilha com autonomia em relação à república de Miranda. O seu presidente, astuto e autocrata, tentava controlar tudo e todos, mas era venerado por quase todos os habitantes daquela terra. Do outro lado do mar, o primeiro ministro da República de Miranda era um homem obstinado e megalómano que também fazia tudo para controlar tudo e todos. O seu delírio persecutório atingiu o ponto de fazer aprovar em Conselho de Ministros uma lei de Fianças Regionais que reduzia drasticamente o dinheiro a transferir para a Marinha, a pretexto da redução da despesa pública.

A desconfiança entre os dois políticos estabeleceu-se ao ponto de prejudicar o progresso da Marinha. Ao ler este livro, poderá reflectir sobre a actividade dos políticos em Portugal e no mundo actual; a ligação obscura e intencional entre os políticos e determinados grupos económicos e financeiros; as medidas repressivas que impõem com o objectivo de esmagar as populações e o tremendo sofrimento que impõem à maior parte das pessoas.

Genealogia dos Conceitos em Educação de Adultos (Rosanna Barros)
A educação de adultos vem assumindo uma crescente centralidade nos debates teórico e político sobre a educação, ao mesmo tempo que se afirma, de um modo heterogéneo, como um campo social rico e abrangente. O estudo da educação de adultos exige, pois, a análise das dinâmicas sociais que conduziram à afirmação, como campo autónomo, das práticas educativas que envolvem os adultos. Ora, a abordagem, tanto analítica como programática, deste campo complexo, tem que se suportar na consolidação de um quadro conceptual que há-de suportar, necessariamente, na genealogia dos conceitos que temos vindo a mobilizar neste campo. É esse o importante contributo desta obra de Rosanna Barros. Estamos perante um trabalho cuidado que, reconhecendo o carácter relativo e sempre inacabado de toda a construção teórico-conceptual, nos ajuda a esclarecer conceitos indispensáveis para que se possa avançar nas duas indagações, essenciais, que movem a autora e que nos continuam a desafiar: como se tem feito a educação de adultos?; porquê se tem feito educação de adultos?

Professor Doutor Luís Rothes - Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Numa altura em que a educação de adultos tem no nosso país um relevo jamais visto, fruto de uma aposta política com mais de dez anos, que se traduz na diversidade de ofertas educativas, na quantidade de adultos que a elas ocorrem, na diversidade e número de "profissionais" que no terreno nela trabalham e também no interesse científico cada vez maior por esta área educativa, é de toda a pertinência o esclarecimento de alguns conceitos que, por vezes, se usam indiferenciada e confusamente neste campo de prática e investigação. Ora este livro, ao tratar de forma rigorosa, assente numa revisão da literatura profunda, de uma série de conceitos e temáticas de extrema importância, tais como adultos e adultez, aprendizagem nos adultos e aprendizagem experiencial, educação de adultos, educação permanente e aprendizagem ao longo da vida, entre outros, contribui decisivamente para esse esclarecimento. Por isso, esta é uma obra muito valiosa e útil para investigadores, "profissionais" e estudantes da educação de adultos.

Professor Doutor Armando Loureiro - Departamento de Educação e Psicologia de Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro


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Portugal: Que Futuro? (Jorge Varela Palhas)
Não acredito num ressurgir do país apenas com os que cá estão mas, se factos inesperados e grades, vierem a fazer regressar os emigrantes e provocarem ao mesmo tempo uma onda de milhões de refugiados que venha a desaguar no nosso país, aí sim vejo futuro. Na Austrália, aos residentes, não lhes chamam tal mas «new australians»: novos Australianos. Acredito que um dia venha a haver uma dúzia de milhões de «novos portugueses». Temos espaço para tal visto que a Holanda, apenas para citar um exemplo, tem um terço do nosso território e 15 milhões de habitantes. Só o Alentejo é maior que todo o estado de Israel! Se chegarem esses milhões de novos portugueses, então sim, será o princípio do QUINTO IMPÉRIO!

Duas Espadas e Um Arco (Joana Silva)
Já ouviste falar de feiticeiros que não usam varinhas? Que saltam no tempo e no espaço? E que são imortais? A Raquel, a Sara e a Alice também nunca tinham ouvido falar! Mas descobriram que embora os humanos não os vejam, não quer dizer que não existam!

Esta é a história de três amigas desta era, deste tempo, deste século, que viajaram para trás no tempo, encontrando o seu futuro no passado e vivendo aventuras impossíveis de viver neste mundo tal como o conheces.

Governo Sombra (Casimiro Teixeira)
Um thriller de conspirações políticas que retrata as vidas paralelas de dois homens; Um, desempregado, com ambições de ser escritor: desistiu da vida e da procura da felicidade, reencontrando-a ao receber uma estranha mensagem de uma amiga, que lhe encomenda a escrita de um livro sobre a sua vida, conduzindo-o numa viagem obsessiva por uma realidade ficcionada sobre um Portugal secreto e sinistro desconhecido por muitos.

O outro, um político empossado à força por um caciquismo familiar. Professor de história por paixão, torna-se secretário de estado por complacência dos interesses do falecido pai. Embarcam numa odisseia mirabolante de enganos e descobertas, na busca da confirmação da existência de uma ordem secreta, os Alquimistas, cujo plano efetivo para o nosso país, consiste no controlo absoluto do seu governo, e no domínio total da vontade dos seus cidadãos.

De Nova Iorque a Bruxelas, e por diferentes locais em Portugal, um atroz destino os espera, nesta história implacável, que mistura passado e presente, cheia de suspense e completamente imprevisível.


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O Caracol Estrábico (Sebastião Alves)
Xana desistiu por fim de repelir as atenções de um celibatário de meia idade que lhe apareceu na loja. Este não imagina a surpresa que o aguarda... Rodrigo chega a casa angustiado, sabendo que as filhas ficaram sozinhas com a mãe...
Joaquim acorda e descobre que está cego. A sua reacção não é a que seria de esperar... Emigrado em Inglaterra, naturalizado inglês e pouco orgulhoso das suas origens, António tem de deslocar-se à terra onde, certo dia por engano, a cegonha o depositou. O velho professor tenta assegurar-se de que está vivo.

Um pai extraviado telefona à filha dias depois de esta receber a herança. Atormentado pelo reumatismo, há dois anos que o velho caçador não pega numa espingarda. Mas no dia do seu nonagésimo aniversário... Vendo a bandeira a meia haste, o presidente do Instituto pergunta quem morreu... Uma esforçada pintora tenta gerir a relação com a sua talentosa mãe. O que poderá impedir um sem-abrigo de atingir a glória? Num lar de terceira idade, a amizade entre um surdo e um mudo é perturbada pela chegada de uma enigmática mulher. Um jovem cientista tem uma inspiração que pode revolucionar a Física Teórica.

Infelizmente, como a História não se cansa de demonstrar, os verdadeiros génios não são apenas uns incompreendidos, são uma raça a abater.

Os Filhos de Lúcifer (Celso Machado)
Quando Lúcifer é condenado por Deus a vaguear por entre a humanidade, jura vingar-se, diluindo nela o seu próprio sangue. Agora, uma guerra contínua entre anjos celestiais e anjos caídos é alimentada pelo ódio. Liana vê-se imersa nessa disputa e é forçada a aceitar todas as vantagens e desvantagens que pressupõe ser uma filha de Lúcifer. Com a ajuda de Amélia, consegue escapar das garras do arcanjo Haziel e aprende a despertar poderes latentes, entranhados no seu espírito. No entanto, todo o seu novo mundo se desmorona, devido a auma tragédia provocada por ela, que nunca desejou que acontecesse...

Felicidade Perdida (Teresa Duarte)
No auge da sua vida, no momento em que se sentia preparada para agarrar a felicidade que todos procuramos, surge, de forma inesperada, o terrível diagnóstico de cancro da mama. Uma palavra que até então não conseguia pronunciar e que agora a empurrava para a morte.

Nestas páginas, são relatados os tratamentos a que teve de se submeter para se manter viva, as privações que esta doença lhe trouxe e as dificuldades que tem sentido no processo de reconstrução mamária que ainda não terminou.

Apesar de tudo, acredita que ainda pode ser feliz e que, de algum modo e em algum momento, irá recuperar a felicidade perdida no dia em que lhe retiraram a mama.


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Frederico Garcia ou Existência Acabada (J. M. Courinha)
"Frederico Garcia ou Existência Inacabada" conta a história de três amigos da província, das suas vidas, dos seus percursos distintos e fundamentalmente de três naturezas divergentes. Através dos olhos de Frederico podemos avaliar várias formas de percepcionar a existência de cada um, as suas tristezas, alegrias, objectivos, segredos, sonhos e vícios secretos. A obra pretende ser uma experiência libertadora, pretende mostrar ao leitor que não está amarrado a absolutamente nada, que é dono das suas acções, dos seus mais íntimos devaneios, das suas ideais mais dementes.

Desejo a todos uma autonomia de espírito tão magnífica quanto a do jovem Frederico.

Sargos para o Jantar (António Tapadinhas)
Cardoso aterra perto de nós. Diz, ofegante: - Juro que não sonhei. Acordei com uma luz a encadear-me os olhos. Logo que me levantei, as luzes voaram em direcção ao sul. Vocês virão, não viram? Alguém me explica o que se passou? - Podemos tentar excluir o que não foi - disse eu. - O que sobrar é a verdade.

Um pouco à nossa frente, a terra acaba... e o mar não começa. Algumas dezenas de metros mais abaixo, do fundo da falésia cortada a pique, chegava o som da pulsação do mar. Primeiro, a onda forma-se, um borbulhar de champanhe que se aproxima rapidamente e que atinge o seu clímax, quando se precipita do alto dos seus três metros e, com um estalo de chicote, castiga a areia e arrasta consigo milhões de partículas que, chocando entre si, fazem ouvir o som de todos os sinos do mundo, tocando ao mesmo tempo.

O Roncar do Bicho (Paulo Pereira)
Após vários anos de sucesso do "non-sense" para "chóninhas"! Eis, que finalmente chegou às livrarias o "non-sense" para adultors. Se fosse possível comparar ao estilo musical "rock", este não seria certamente o "pop chóninhas" nem o "heavy metal badalhoco" é o autêntico e único "hard-rock" da literatura, para pessoas distintas. O único "non-sense" que é carregadinho de "non" desprovido de "sense".

A sátira à nossa sociedade, retratando nosso modo de ver os outros. Numa história repleta de aventura e mulheres nuas. Recentemente galardoado com o prémio "Renova" na categoria da "melhor descoberta depois do papel higiénico" é um autêntico "arrebanha galardões".

MANUAL DE INSTRUÇÕES
1. Na primeira utilização é conveniente seleccionar uma casa-de-banho desprovida de gente, de modo a solucionar a ausência de silêncio.
2. Não atirar as folhas para a sanita, por não ser de papel de degradação rápida.
3. Esvazie a mente e as tripas ao mesmo tempo, de modo a ficar homogéneo.

Ao comprar este livro estará a ajudar a "luta contra a miséria" (a minha...)


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Ilusão e Outros Poemas (Maria Saragaço)
"Muitas leitoras e leitores se identificarão com estes versos, que em tempos de incerteza económica e também de desencontros amorosos são alimento para as almas carentes, que somos todos nós. Conheço a autora há poucos anos, mas os suficientes para a admirar na sua autenticidade, despojamento e alegria, características estas que se encontram também nos seus poemas que agora são partilhados com o público". Amélia Patrício

"Dotada de uma inocência e sensibilidade invulgar nos dias de hoje e com um coração do tamanho do mundo, a Maria, partilha connosco pensamentos, alegrias e tristezas que acompanharam o seu íntimo durante anos. O "Ilusão e outros Poemas" é o resultado disso, e permite a nós, simples leitores envoltos na azáfama do dia-a-dia que nos deixa emocionalmente dormentes, ter a oportunidade de conhecer um lado de todos nós, que tanto fazemos questão de o esconder". Paulo Pinto

"A grandeza da alma não é susceptível de ser adquirida, pois decorre da própria génese de um ser humano. A poetisa Maria, que de forma altruísta me honrou com a sua amizade e dedicação, é um ser que rege a sua conduta por valores que somente aqueles que são grandes os possuem. Ofusca-nos com o brilho da tua alma". Sandra Sousa

"A poesia de Maria é como ela, simples, ingénua, sem sofisticação... A grande surpresa foi descobrir que, debaixo daquele sorriso aberto e jovial, se escondia tanta melancolia e desencanto". Bertina Pinto

"O sonho comanda a vida. A vida é o nosso querer e saber fazer pelos outros. fazer pelos outros é a melhor forma de acabar com a ilusão, com o sentimento de incapacidade, de dependência e de potenciar o ressurgimento da amizade. Com persistência e perseverança conseguirá alcançar aquilo que pretende e acima de tudo é merecedora". Maria Odete Martins

Os Ritmos da Saudade (António J. de Oliveira)
Este compasso que se esvai na comoção do eu ser agitado que se rege pelas memórias, elevando-as ou imortalizando-as em breves jogos de palavras pautados, ora por sorrisos, ora por lágrimas que vão povoando todos estes "Ritmos da Saudade"... nesta breve passagem que é o tempo existencial!...

In Multam Noctem (Fernando Araújo)
"É então que no pretérito faço a minha escolha de não mais avançar, enquanto for dia e a noite insistir em não chegar... De olhos bem abertos vou continuar a desenhar-te na tentativa de pincelar as curvas que fazem do teu ser todo arte."

"Como o latejar incerto de si. Da mesma forma que nunca soube, e nunca vi. Existi. Impossível afirmar que com a palavra menti."



Ditirambos (Ana Monteiro)

NÃO SEI DE QUE MATÉRIA SÃO FEITAS ESTAS PALAVRAS. NÃO SEI QUE PALAVRAS SÃO. MAS HÁ ALGUÉM QUE MAS DIZ COMO SE NÃO FOSSEM MINHAS, OU O FOSSEM, TALVEZ EXCESSIVAMENTE.

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