segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Destaque Esfera dos Livros

Em forma de romance mas baseado nos respectivos registos judiciais, eis a história de Diogo Alves, um dos mais ferozes serial killers portugueses.

A sua história já havia sido um dos primeiros tópicos de ficção cinematográfica em Portugal, na curta-metragem Os Crimes de Diogo Alves de 1911, e pouco mais de cem anos depois volta a ser romanceada pela mão da jornalista Anabela Natário.

A estreia na ficção desta autora promete dar um retrato de Lisboa como cenário negro para uma história de crime em pleno século XIX!



O Assassino do Aqueduto
Anabela Natário

Nas ruas de Lisboa respira-se medo. A cidade não é segura e dentro de portas há um nome que atormenta os homens e mulheres da capital: Diogo Alves, de alcunha o Pancada. Poucos lhe conhecem o rosto, mas todos temem cair nas suas mãos. Lá do alto dos arcos do imponente Aqueduto das Águas Livres, sem dó nem piedade, Diogo Alves atira as suas vítimas num voo trágico de mais de 60 metros de altura. O grito, que faz estremecer tudo e todos, dá lugar ao silêncio da morte. A jornalista Anabela Natário, no seu primeiro romance, traz-nos a arrepiante história deste homem que aterrorizou Lisboa da primeira metade do século XIX. Nascido na Galiza, aos dez anos vem para Lisboa onde de criado nas casas mais abastadas da capital passou a ladrão e de ladrão a assassino cruel. Unido pelo coração à taberneira Parreirinha, com estabelecimento em Palhavã, Diogo Alves torna-se numa verdadeira lenda. Através da consulta dos jornais da época e de peças do processo, Anabela Natário recria o processo judicial de Diogo Alves, num romance recheado de mistério e intriga. É ao juiz Bacelar que cabe a difícil tarefa de descobrir e capturar Diogo Alves e o seu bando de malfeitores. Diogo Alves, embora deixe um rasto de violência e morte, consegue sempre escapar-se às mãos da justiça. É preciso detê-lo. O juiz não desiste e aos poucos, mergulhado no ambiente de violência e miséria que se vive na capital do reino, vai juntando as peças deste complicado puzzle de crimes e assaltos.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Destaque Quetzal

A Quetzal começa a publicar os livros de Nelson Algren, verdadeiros clássicos americanos, que continuam a conter temas fortes e um profundo humanismo. A este título seguir-se-á The Man with the Golden Arm.


«O sonho de Algren era um sonho de humanidade: de como se pode viver uma vida plena mesmo quando se perdeu tudo e não se pode recuperar nada: através do humor, através das pequenas conquistas, através do amor dos outros.»
Richard Flanagan



Vidas Perdidas – A Walk on the Wild Side
Nelson Algren

Vidas Perdidas é uma obra-prima feita de bondade, raiva, graça e solidão, um livro que cativou o imaginário de todas as gerações desde que foi publicado, em 1956, e que evoca um mundo mais tarde imortalizado no clássico de Lou Reed, A Walk on the Wild Side. Esta primeira publicação da obra em Portugal é uma homenagem ao génio de Algren e um convite para que os leitores portugueses acedam ao universo singular de vidas perdidas retratado pelo escritor.
Esta é a história de um ingénuo rapaz do campo que foge de Hicksville, no Texas, para procurar uma vida melhor em Nova Orleães. Como pano de fundo, um país devastado pelo desemprego e pela pobreza da Grande Depressão. São os anos em que «o número de desempregados ascendeu a oito milhões, duzentos mil operários siderúrgicos tiveram um corte de quinze por cento nos salários, e isso levou um cardeal a perceber que o colapso económico do país era efetivamente um maravilhoso golpe de sorte, pois aproximava milhares de pessoas da pobreza de Cristo; em que foi pedido que se deportassem os desempregados de origem estrangeira; uma multidão linchou um homem em Atwood, no Kansas; uma crise no fundo de desemprego estava iminente; o preço do algodão subiu ligeiramente, acompanhando o do trigo; e o governador Huey Long disse que tinha chegado a hora de redistribuir a riqueza. Al Capone estava a caminho de Atlanta, e o preço do algodão voltou a cair, acompanhando o do trigo, mas o Congresso decidiu que não havia qualquer justificação para redistribuir a riqueza.»






Este livro já foi adaptado ao cinema em 1962 pela mão do realizador Edward Dmytryk e com um argumento a cargo do escritor John Fante.
Podem ver em vídeo a excelente sequência inicial que Saul Bass criou em torno da música de Elmer Bernstein e que é apenas uma das razões que tornam o filme memorável.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Destaque Topseller

A Topseller continua a trazer-nos a obra de James Patterson a bom ritmo. E, desta vez, num estilo bem diferente e mais pessoal do que aquele a que estamos habituados.
No último dia do mês ficaremos a conhecer o romance que James Patterson baseou na sua própria vida!



Primeiro Amor
James Patterson (com Emily Raymond)

Axi Moore era uma aluna aplicada. Mas não gostava de dar nas vistas e não contava a ninguém que o que realmente desejava era fugir de tudo. A única pessoa no mundo em quem confiava era Robinson, o seu melhor amigo, por quem estava secretamente apaixonada.

Quando finalmente decide seguir os seus impulsos e quebrar as regras, Axi convida Robinson para a acompanhar na sua longa viagem. Uma jornada intempestiva, marcada pela paixão oculta e pelo desejo de descobrir o mundo. Mas o que no início era apenas uma aventura livre e despreocupada em breve vai tomar um rumo perigoso e incontrolável. Envolvidos numa sucessão de acontecimentos violentos e dramáticos, os protagonistas são colocados à prova das mais variadas formas. Poderá a primeira grande paixão das suas vidas sobreviver a tudo, até que a morte os separe?»Primeiro Amor é um romance extraordinariamente comovente, inspirado no próprio passado de James Patterson. Um testemunho sobre a força do primeiro amor e as suas consequências para o resto das nossas vidas.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Destaque Guerra & Paz

Aí está o lançamento do Clube do Livro SIC de Janeiro, um romance que promete competir com os muitos bestsellers que fazem sucesso, mas que traz o apelativo de ser escrito pelo "mais jovem romancista português": Flávio Capuleto é um "adolescente de 71 anos".
Pela combinação pode esperar-se irreverência - "atrevido, chocante e erótico" são os adjectivos da editora - mas, igualmente, bastante sabedoria acumulada.



Inferno no Vaticano
Flávio Capuleto

Há um morto nas catacumbas do Vaticano. Francesco Barocci, curador do Tesouro, é encon-trado sem vida na Sala das Relíquias. Foi assassinado: chuparam-lhe o sangue. Há bispos e cardeais em pânico. Um português, o inspector Luís Borges, e uma simbologista, a escaldante Valeria Del Bosque, encarregam-se da investigação.

Um tesouro que todos conhecem e todos querem esconder, uma conspiração que ameaça o Papa, uma sociedade secreta que semeia as igrejas de cadáveres. São estes os mistérios que o inspector e a simbologista têm de decifrar. Uma batalha cruel, florentina, com mais ouro e sexo do que incenso e mirra.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Destaque Porto Editora

No próximo dia 24 de Janeiro a Porto Editora traz-nos novo livro da filósofa e romancista, Catherine Clément, autora de quem já tinha publicado Dez Mil Guitarras.
Para a autora trata-se de um retorno à Índia, país que muito a tem inspirado, tomando como ponto de partida a existência de Lakshmi Bai que assumiu um papel significativo entre os movimentos de libertação da Índia contra o domínio do Império Britânico. Esse movimento receberia o nome de Revolta dos Sipaios.



A Rainha dos Sipaios
Catherine Clément

Ela era a rainha de Jhansi, um reino livre do centro da Índia. Uma jovem viúva de trinta anos, impetuosa e altiva. Morreu na guerra, vestida de homem, as rédeas do cavalo entre os dentes, uma espada em cada mão e um colar de pérolas ao pescoço.
Este movimento de libertação nacional, conhecido por «revolta dos sipaios», dilacerou o ventre da Índia em meados do século XIX, quando os soldados indígenas de pele escura, conhecidos como «sipaios», se sublevaram contra os amos brancos, ou os «John Company», em referência à Companhia das Índias Orientais.
Muitas humilhações, muitos rajás destronados, muitas explorações… Certo dia, tudo explodiu. Nasceu a insurreição. A guerra de independência indiana durou dois anos, dois terríveis anos de vitórias e massacres, largamente comentados a partir de Londres por dois correspondentes de imprensa, Karl Marx e Friedrich Engels.
Quando a guerreira morreu, a Índia deixou de ser livre. Mas, ainda hoje, as crianças indianas aprendem na escola a canção que celebra a sua glória. Um destino fulgurante, cantado por todo um povo e contado com energia por Catherine Clément, que aqui reencontra a Índia que tão bem conhece.


Para aqueles que percebem francês, vale a pena ver o vídeo abaixo para se familiarizarem com o livro.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Destaque Quetzal

O romance que venceu o Prémio São Paulo de Literatura 2013 e que foi, igualmente, finalista do Prémio PT de Literatura chega esta sexta-feira às livrarias pela mão da Quetzal.

Poderá muito bem acabar na lista de melhores dos anos quando 2014 chegar ao fim.




Barba Ensopada de Sangue
Daniel Galera

Um professor de educação física procura refúgio em Garopaba, cidade balnear de Santa Catarina, após a morte do pai. Afasta-se da relação conturbada com os outros membros da família e mergulha num isolamento geográfico e psicológico. Ao mesmo tempo, empreende a busca pela verdade no caso da morte do avô, o misterioso Gaudério, que teria sido assassinado, décadas antes, na mesma Garopaba.
Barba Ensopada de Sangue resgata e leva às últimas consequências temas como a construção da identidade; as dificuldades que enfrentamos para entender e reconhecer os outros; a necessidade inconfessa de uma reparação talvez inviável; a busca da harmonia entre mente e corpo; o consolo que o contacto com a natureza e os animais nos pode proporcionar; e os diversos tipos de violência que podem irromper de uma existência domesticada.


«Barba Ensopada de Sangue é um livro muito forte e Daniel Galera, um escritor admirável – sério, robusto, tranquilo. E este é também um livro assim, desde a primeira página. Como alguém que sai de casa sabendo exatamente para onde quer ir. Vai firme, mas não apressa o passo.»
Gonçalo M. Tavares

Destaques Presença

Com duas adaptações de livros ao cinema a estrearem em Portugal já neste mês de Janeiro, a Presença lança novas edições dos seus títulos O Lobo de Wall Street (2ª edição) e A Rapariga que Roubava Livros (11ª edição).
Em já era um sucesso que só pode aumentar, o outro pode muito bem tornar-se num sucesso com a estreia do filme.



O Lobo de Wall Street
Jordan Belfort

Esta é a autobiografia de Jordan Belfort, o jovem corretor de Wall Street que nos anos 90 se sobrepôs à lógica da economia, manipulou o mercado bolsista e ganhou uma fortuna incalculável. Uma história verídica e fulgurante, escrita num registo confessional mas com muito humor, onde Belfort relata ao pormenor a sua ascensão prodigiosa e a inevitável queda. Ganhou largas dezenas de milhões de dólares, mas o seu estilo de vida absurdamente megalómano levava-o a gastar à noite os milhares que ganhava de dia. Chamavam-lhe «O Lobo de Wall Street», e a própria máfia colocou operacionais na sua empresa para aprenderem com os seus métodos. Uma leitura atual e aliciante, que nos dá a conhecer os meandros do universo da bolsa nova-iorquina, agora adaptada ao cinema pelo realizador Martin Scorsese, com Leonardo DiCaprio como protagonista.

O Lobo de Wall Street é a história verídica da ascensão e queda de um dos mais polémicos e mediáticos corretores da bolsa de Nova Iorque.







A Rapariga que Roubava Livros
Markus Zusak

Esta história decorre num pequeno subúrbio de Munique, em 1939, durante a Segunda Guerra Mundial. Vive-se um dia a dia difícil, e os bombardeamentos são cada vez mais frequentes. Mesmo assim ainda há quem não tenha perdido a capacidade de sonhar. A Morte, a narradora omnipresente, cansada de recolher almas, observa com compaixão e fascínio a estranha natureza dos humanos. Através do seu olhar intemporal, seguimos a história de Liesel, dos seus pais e de todos os seus amigos e vizinhos, incluindo Max que um dia veio viver na cave da casa da menina que roubava livros.

A Rapariga que Roubava Livros uma história luminosa e deslumbrante, foi agora adaptada ao grande ecrã, num filme rodado em Berlim pela Twentieth Century Fox, com a realização de Brian Percival e a participação dos atores Geoffrey Rush e Emily Watson.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Destaque Bertrand

Um lançamento para abrir 2014 e empolgar todos os leitores que começam já a dar sinais de estarem a ficar viciados no que é, apenas, o primeiro tomo de uma trilogia.

Com este livro Anders de la Motte, antigo polícia e director de segurança em grande companhias, venceu o prémio da Academia Sueca de Escritores Policiais para um primeiro livro que tem sido considerado uma renovação entre os policiais escandinavos.



O Jogo
Anders de la Motte

Henrik Pettersson, «HP», encontra acidentalmente um telemóvel que o convida a jogar um jogo de realidade alternativa. Passado o teste de admissão, começa a receber uma grande variedade de missões emocionantes, todas elas filmadas e avaliadas secretamente. HP deixa-se imediatamente conquistar por este jogo, mas não tarda a perceber que ele não é tão inocente como a princípio parecia.
A Investigadora da polícia Rebecca Normén é o oposto de HP. É uma mulher em perfeito controlo da sua vida e com uma carreira ambiciosa em ascensão. Tudo seria perfeito não fosse o bilhete escrito à mão que ela encontra no seu cacifo. Seja quem for que as escreve, sabe de mais acerca do seu passado.
Os mundos de HP e Rebecca aproximam-se inevitavelmente um do outro. Mas se a realidade é apenas um jogo, então o que é real?




Aproveitem para ler o primeiro capítulo do livro aqui.