domingo, 31 de outubro de 2010

A Independência de uma Mulher (Colleen McCullough)

A autora escreveu uma espécie de sequela do grande clássico de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, contando os acontecimentos na vida das emblemáticas cinco irmãs Bennet após o falecimento da sua mãe, quando estas já estão na meia idade ou lá perto.
Mas curiosamente não se foca em Lizzie a protagonista do grande clássico mas em Mary a irmão do meio, aquela que na obra de Jane Austen não passa de uma personagem bastante secundária, que é uma personagem-tipo bastante satirizada ao longo romance de Austen como uma jovem feia, convencida de que tem grande erudição e talento para cantar quando na verdade não o tem.
No entanto, neste livro vamos encontrar uma Mary muito diferente, uma Mary que afinal demonstra ser muita mais interessante que qualquer uma das suas irmãs, que é mulher de bom coração, que ao longo dos anos se tornou de facto erudita e consciente de si mesma e também bela e que anseia por liberdade sem se preocupar muito com o que a restante sociedade conservadora do século XIX pensa.
Claro que foi fantástico ter de volta as 5 irmãs, o famoso Mr. Darcy e inúmeras novas personagens igualmente interessantes.
Eu esperava que o livro se tratasse simplesmente de um romance entre Mary e um dos seus pretendentes, mas subitamente Mary é raptada e o livro torna-se numa autêntica aventura para a encontrar e para ela mesma tentar escapar.
Um livro fantástico e interessante que faz jus ao seu predecessor e traz uma nova luz e visão original sobre os personagens clássicos e tão queridos do público, sobretudo do feminino.




Autor: Colleen McCullough


Editora: Bertrand Editora


Páginas: 384


Género: Romance

sábado, 30 de outubro de 2010

Graceling - Passatempo


Mais um passatempo com o apoio Objectiva e mais três leitores com um óptimo livro de fantasia para lerem no quentinho de casa enquanto a chuva vai caindo!
São três perguntas sobre o livro que têm para responder e as respostas estão mesmo aqui no blog, para não terem de se esforçar a procurar.
Desta vez o passatempo vai durar até dia 7 de Novembro. Boa sorte!



Regras do passatempo

1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Jasmyn (Alex Bell)

A história de Jasmyn começa de uma forma muito triste no dia do funeral do seu marido, o único homem que a entendia e que ela amava. No entanto, através de acontecimentos inexplicáveis, Jasmyn vai descobrir que não conhecia assim tão bem Liam e acompanhada do seu cunhado vai partir numa jornada para descobrir o seu passado.
É aí que o livro se torna bastante mais interessante, passando de uma história trágica, para um conto de fadas moderno, cheio de elementos mitológicos dos contos clássicos, principalmente do folclore alemão, temperados com uma grande dose de mistério, cenários magníficos e criaturas surpreendentes.
Todos este ingredientes dão origem a uma história de encantar magnifica.
Adoro a mudança de cenários que vai acontecendo na história. São descritos pela autora de forma magnifica, desde dos mais belos palácios de contos de fadas à beleza baça do gelo, passando pelo fascínio aterrador das catacumbas.
Com Jasmyn viajamos por alguns dos sítios mais belos do mundo sem sequer ser necessário sairmos do sofá e com ela vamos desvendando enigmas que povoam a sua vida.
Um conto de fadas em toda a sua grandeza para um público mais adulto.




Autor: Alex Bell


Editora: Europa-América


Páginas: 296


Género: Fantasia

Passatempos e Modelo do Blog

Olá a todos!

Como certamente repararam, o modelo escolhido para o blog tem apresentado diversos problemas.
O mais grave, desde logo, e o que se revela mais importante, é a não aceitação de comentários.
É uma situação que surgiu sem que eu saiba exactamente como e que não soube resolver.
Mas se esse é o problema mais visível, há outros que surgiram na edição de mensagens e que me têm impedido de dar a melhor formatação às mensagens.
Essa é uma situação para a qual pedi ajuda e que será resolvida em breve. Acredito mesmo que o blog, em termos gerais, sairá melhorado.
Depois deste fim de semana espero ter boas notícias sobre isso e, por isso, peço apenas mais um pouco de paciência.

Já sobre os passatempos, as notícias são menos boas.
Tem vindo a acontecer por diversas vezes que 3, 4 ou 5 participações consecutivas num qualquer passatempo apresentam exactamente a mesma morada.
Como está explícito nas regras, apenas aceito uma participação por morada e, assim sendo, todas estas participações com dados repetidos são excluídas.
Não conseguem aumentar as vossas hipóteses de serem premiados, pelo contrário, reduzem-nas a zero.
Vou continuar a ter passatempos e tentarei arranjar outras dinâmicas para premiar quem ainda não teve essa sorte, mas peço que tenham atenção às regras dos mesmos.

Boas leituras!

Homens – caçá-los, domá-los, amá-los - Vencedores do passatempo


E para deixar mais três leitores satisfeitos, nada como mais uma lista de vencedores! Espero que gostem deste livro!

Ana Nunes (Ana C. Nunes)

Maria Janeiro (Maria Janeiro)

Nuno Gonçalves (eu_nuno)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Line Up - Passatempo


A obra que aqui se apresenta é resultado de alguns anos de considerações. Não só porque se trata de uma antologia de textos redigidos em momentos distintos que não se deixam arrumar com uma cronologia linear, convidando o leitor a começar a aventura em qualquer ponto que entenda, mas também porque o projecto foi idealizado muito antes, pelo que, muitas das exigências e aspirações que tinha fizeram caminho, tornando-se neste desígnio de escrita.
Em boa verdade, poderia subsumir os meus textos a relatos de surfadas em diversos pontos do país e do estrangeiro, porque já são efectivamente muitos os momentos que registei como surfista. Porém, as reflexões neles inscritas significam que a necessidade de escrever é congénita à minha escrita, dando-lhe contornos que vão além da narrativa de uma prática que considero fabulosa. Seria redutor não atentar nesta faceta, já que muitas são as temáticas tratadas sob a forma de lirismo; muitos os relatos de viagens, lugares e histórias alheias a que senti necessidade de formar assentamento. Depois, a luta pela palavra adequada traduziu-se num duplo crescimento, sempre inacabado – como maturação pessoal e apuramento formal – que julgo ser perceptível ao longo dos textos.
Mas é evidente que o oceano surge invariavelmente como “pano de fundo” no livro., resulta do já exposto. Ele representa uma paixão, um modo de estar e dar forma à vida indissociáveis da minha vontade de escrever. Daí o título: Line Up.
Esta expressão é comummente utilizada pelos surfistas, e sinaliza aquele ponto distintivo onde eles (nós) se alinham no mar – em suma, o objectivo capitular quando se entra no oceano para surfar, já que ali é o local ideal para apanhar as tão desejadas vagas. E a escolha adveio exactamente do propósito filosófico e programático de relevar a importância do “Line Up”.
Na vida em geral e em todas as situações em que queremos chegar a algum lado ou a alguém, muitas vezes tendo que superar obstáculos que à partida parecem intransponíveis, como quando num dia de mar grande, antes de chegarmos ao outside somos literalmente varridos e, mesmo assim, persistimos porque valores (ou meras paixões) maiores se levantam. É nesses dias e nesses momentos que as nossas pretensões se nos tornam claras, além de – como lá diz o ditado – tudo acaba por saber melhor quando é conquistado.
Etapa a etapa, palmilhamos o caminho, porque a vida é isso mesmo, os centímetros à nossa frente que procuramos alcançar, os testes à nossa vontade, necessariamente porque se cedermos ficaremos no “quase” e, no mar, o “quase” significa aquele local que ninguém deseja, onde a ondulação quebra sem remanso e nos faz sentir insignificantes; na vida, chegados ao “quase” não implica que tenhamos alcançado o propósito, é decisivo uma nova investida, seja nas relações humanas, na dedicação e esforço imprescindíveis; no trabalho que exige a melhor prestação, no respeito pelo outro e pela mãe natureza que cada vez mais merece a devida reparação… são muitos os objectivos a alcançar, e todos eles são os tais centímetros à nossa volta a desafiarem a determinação – no mar a chegada ao Line Up.
Quando recebi o aval da editora, e percebi o seu genuíno interesse na edição, senti-me como uma criança que vê um dos seus devaneios prestes a realizar-se. Do diálogo e entendimento frutuoso resulta agora este livro que espero venha a ser do agrado de muitos.


Mais uma oportunidade que tenho para oferecer a um dos meus leitores um livro da Papiro Editora.
Duas perguntas a que terão de responder correctamente e, depois, é só esperar pelo sorteio.
A data limite é dia 1 de Novembro e as respostas estão no site da Papiro. Boa sorte!


Regras do passatempo

1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Imortal (Gillian Shields)

Imortal conta-nos a história de uma adolescente, Evie, que é obrigada a ir para um colégio interno, o privilegiado Colégio de Wyldcliffe Abbey e de como viver nesse colégio irá mudar a sua vida.
Em primeiro lugar tenho de referir que a capa portuguesa é muito mais bonita que a americana.
O livro é relativamente pequeno e de uma leitura muito rápida, viciante e agradável.
É um romance de fantasia mas com toque do romance gótico clássico e até um pouco de terror, que o distingue bastante dos restante romances de fantasia urbana que têm saído para as livrarias.
Para além disso, é muito curioso ver a história do livro passar-se em duas épocas distintas, na actual que é época de Evie e no século XIX, a que temos acesso através do diário de Lady Agnes que depois surpreendentemente descobrimos que é uma antepassada de Evie. A ligação a estes dois mundos e épocas diferente está muito bem feita, o que é raro acontecer neste tipo de romances, não afectando em nada a coerência da história antes dando-lhe mais interesse.
O facto do protagonista masculino ser ao mesmo tempo na história o vilão é bastante refrescante, para quem já está farto dos meninos bonzinhos do mundo da fantasia.
Sebastian é uma alma egoísta e sem escrúpulos, mas que ainda assim aprender a amar e prova que o amor é de facto regenerador.
Um dos melhores romances de fantasia que já li, só espero que tenha continuação porque deixou-me com vontade de muito mais...




Autor: Gillian Shields


Editora: Editora Planeta


Páginas: 296


Género: Fantasia

Imortal - Vencedores do passatempo


Depois de mais um sorteio "patrocinado" pelo Random.org, cá tenho o nome de mais três seguidores/vencedores.

Bruna Isabel Matias da Cunha (Cantinho da Leitura)

Antónia Craveiro Estrela (Antonia)

Maria Inês Fernandes Rodrigues Cardoso Montenegro (Inês Montenegro)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Solitude - Passatempo


A viagem é uma forma privilegiada de acesso ao conhecimento; possibilita a reflexão e o crescimento pessoal.

Por isso, quem tem alma de viajante procura a diferença, não a semelhança. E ser viajante é muito mais do que ser turista: é percorrer o mundo como uma criança, mastigar devagar alimentos que não se conhecem, experimentar sensações novas, ver tudo como se fosse a primeira vez;
é deixar que outras pessoas e outras culturas nos emocionem e nos deixem mais ricos como seres humanos.

Habilitem-se a um exemplar deste livro de crónicas respondendo correctamente, até dia 31 de Outubro, a duas perguntas.
As respostas podem facilmente ser encontradas no site do autor.


Regras do passatempo

1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Criaturas Maravilhosas (Margaret Stohl e Kami Garcia)

O mundo de Ethan sofre uma viragem quando começa a ter sonhos estranhos com uma rapariga que nem sequer conhece e dos quais acorda misteriosamente sujo e molhado de lama. Essa viragem vai ser ainda maior quando Lena, a rapariga dos sonhos de Ethan se muda para Gatlin a sua pequena cidade sulista.
Esta livro é maravilhoso e condiz completamente com o seu titulo, pois para além de uma história fantástica encontra-se povoado de personagens maravilhosas. Eu gostei muito da capa com aspecto surrealista que ilustra muita bem a história.
O livro tem de facto uma componente muito original dentro deste género pois a narrativa é nos relatada pelo protagonista masculino. Confesso que ao inicio pensei que seria um pouco complicado para mim ler um livro do ponto de vista masculino. No entanto foi uma leitura muita agradável e envolvi-me profundamente na história.
Adorei o romance presente no livro ao inicio muito platónico, doce e inocente mas muito envolvente e profundo. O clima de mistério é também fantástico e acompanha-nos do inicio ao final do livro.
A criação do universo de fantasia da história é bastante original e bem pensada, cheia de um aroma místico sulista como o facto de Amma ser uma vidente muito solicitada e ir realizar rituais nos pântanos.
Adorei mesmo o livro que tem um pouco de tudo: mistério, fantasia, aventura, horror, humor e até citações de grandes pensadores muito pertinentes e inteligentes.
Resta aguardar pela continuação que só se pode esperar ainda melhor.




Autor: Margaret Stohl e Kami Garcia


Editora: Gailivro


Páginas: 480


Género: Fantasia

Destaque Clube do Autor


Chega esta quinta-feira às livrarias um enorme volume de mais de 600 páginas - carregadas de fotografias, algumas inéditas - que irão dar a conhecer o percurso daquele que se viria a tornar umas das figuras mais destacadas do actual panorama cultural do país.
Compositor, pianista, maestro, escritor, comunicador nato, eis a autobiografia de António Victorino d’Almeida quando, ao princípio, era ele.
Esta é a mais recente aposta da edita Clube do Autor e será, certamente, um motivo de interesse e uma ocasião incomum no panomara cultural português.


A sua genialidade, simpatia e irreverência, indissociável da bengala e do cabelo em desalinho, fazem de António Victorino d’ Almeida uma das figuras mais queridas do panorama artístico nacional. Pianista, compositor, maestro, escritor, realizador de cinema e de televisão, encenador, comunicador nato. Quem é, afinal, o homem por detrás de tantas criações?

Referência incontornável na vida cultural portuguesa, António Victorino d’ Almeida é conhecido sobretudo pela sua produção artística e literária (são muitas e variadas as suas incursões pelo mundo da música, do cinema, da literatura ou da televisão). Porém, Ao Princípio era Eu, a sua autobiografia, mais do que evocar todo esse percurso dá antes a conhecer o homem por detrás do profissional respeitado e multifacetado que é.

Mais do que revelar “o homem dos sete instrumentos”, como é conhecido, a autobiografia de António Victorino d’ Almeida mostra (em histórias e fotografias do seu álbum particular) o homem que era antes de se ter transformado naquilo que é hoje: uma das maiores figuras do panorama cultural português das últimas décadas. A infância, a juventude, a entrada na idade adulta, as primeiras paixões, está tudo nas mais de 600 páginas, fora extratextos, de Ao Princípio era Eu.

Destaques Esfera dos Livros

Joaquim não queria acreditar no que os seus olhos viam. Tinha saído a salto de Portugal, viajado apertado em camionetas de gado, andado quilómetros e quilómetros a pé, à chuva e à neve, quase tinha perdido a vida nos Pirenéus e agora estava ali. Na capital portuguesa em França. O sítio onde, todos lhe garantiam, podia enriquecer e concretizar os seus sonhos. Mas o que via era um bairro de lata. Sentia os pés enterrarem-se na lama. Olhava para as barracas miseráveis e para os fardos de palha que faziam as vezes de uma cama. Mas, Joaquim não estava disposto a baixar os braços. Em Longe do meu Coração retrata com mestria e realismo, o quotidiano dos portugueses que partiram em busca de uma vida melhor, sonhando um dia regressar ricos à terra que os viu partir pobres. Para Joaquim, Portugal estava longe. Era ali, em França, na terra que lhe dava de comer, que queria vingar, que prometia, à força do seu trabalho, derrubar fronteiras e preconceitos. O plano estava traçado. Iria abrir uma empresa de construção, com o seu amigo Albano, enriquecer e, depois de ter casa montada com carro com emblema no capô, estacionado à porta, iria pedir a mão da sua Françoise, a professora de Francês que lhe abriu o mundo das letras e do amor. Mas, cedo Joaquim vai descobrir que há barreiras difíceis de ultrapassar.


O amor é um conceito intrigante. Existem diversas formas de amar, diferentes objectos de amor, formas díspares de viver e sentir este sentimento universal.. São mulheres que, durante o século XX, algumas delas muito à frente do seu tempo, amaram sem limites, nem preconceitos, desafiando convenções e modelos estabelecidos, entregando-se de corpo e alma à sua paixão. Depois do enorme sucesso de As Nove Magníficas, Helena Sacadura Cabral apresenta-nos Mulheres que Amaram Demais. Marie Curie amou a ciência acima de tudo, Gabrielle Chanel, a moda, Marguerite Yourcenar, a sua literatura, a extravagante Gala Dalí entregou-se à arte, Jacqueline Kennedy Onassis viveu sempre perto de homens de poder, a misteriosa Wallis Simpson deixou-se fascinar pelo estatuto e pela riqueza, Golda Meïr amou a terra, o povo e um projecto político, a actriz Marlene Dietrich amou homens, mulheres e a sétima arte, já Madre Teresa de Calcutá entregou-se a Deus e ao outro, sem limites. É a história destas extraordinárias mulheres, o modo como se entregaram ao amor físico, carnal, erótico e sensual, como viveram ao lado de homens e mulheres, companheiros que nunca lhes fizeram sombra, mas que serviram os seus propósitos, a forma como perseguiram os seus objectivos profissionais e de vida.


Se há um facto que as pessoas conhecem sobre o Império Romano é que ele caiu. Foi no ano 476 d.C. que Rómulo Augusto, o último imperador do Ocidente, foi deposto e enviado para um exílio confortável. Por essa altura, já a maioria das províncias do Ocidente tinha sido devastada pelos senhores da guerra germânicos. O mesmo destino abatia-se, agora, sobre Roma. Como é que esta superpotência entrou em decadência e desapareceu é uma das grandes questões da História, uma porta aberta para compreendermos a ascensão e queda de outros impérios e países ao longo da História e daí retirar importantes lições para os dias de hoje. Para Adrian Goldsworthy, autor de Generais Romanos – Os homens que construíram o Império Romano e César – A vida de um colosso, o colapso do Império Romano do Ocidente foi apenas o ponto final num processo que se tinha iniciado séculos antes.

domingo, 24 de outubro de 2010

Perfeitos - Passatempo



ATRAENTE, POPULAR, PERFEITA. OU UMA PERFEITA ABERRAÇÃO?

Finalmente Tally Youngblood é Perfeita. Tem um rosto e um corpo absolutamente fantásticos, o seu guarda-roupa é o máximo, o seu namorado é lindo e a sua popularidade está no auge. Tem tudo o que sempre quis!
Mas por que será que apesar das festas constantes, do luxo da alta tecnologia e da liberdade completa subsiste a sensação de que algo não bate certo? Algo… importante!
É então que Tally recebe uma mensagem do seu passado imperfeito e se lembra de tudo. A diversão acaba de imediato. Agora, ela tem de escolher entre lutar para esquecer o que sabe e lutar pela própria vida. É que as autoridades não pretendem deixar vivo alguém que saiba o que ela sabe.

Aí está o aguardado segundo volume da série Uglies e, tal como com Imperfeitos, tenho dois exemplares do novo livro para oferecer.
Esta série teve um enorme e imediato sucesso de tal forma que aquilo que inicialmente seria uma trilogia acabou por ganhar mais um título.
Para se habilitarem a um destes livros apenas têm de responder correctamente a duas perguntas e esperar pela sorte.
O passatempo acaba no dia 6 de Novembro.



Regras do passatempo

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3) Apenas participantes com moradas de Portugal.
4) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.

Destaques Esfera do Caos

Uma velha quase analfabeta que rima as palavras em quadras e décimas; uma menina que desperta os apetites sexuais de um tio; uma mulher com medo do escuro; um homem que faz malabarismos com um palito na boca; um galinheiro, um poço, um sobreiro, uma caixinha de cartão.
Personagens inesquecíveis e cenários decrépitos de uma história que tem lugar no Portugal do século XXI, num interior esquecido.

Usando uma finíssima ironia e revelando um domínio perfeito da «arte de bem escrever», o autor conta-nos uma história de alentejanos, pobres, rurais, que no fundo se confrontam, num dia-a-dia feito de riso, raiva e desassossego, com problemas que também são nossos: a violência doméstica, o suicídio, o incesto, a desertificação do interior, a crise de valores.





Lá diz o povo que rir é o melhor remédio. E que a brincar se dizem as coisas sérias. E também as patetices, se tudo correr pelo melhor. Este livro levanta assim questões fundamentais para o futuro da humanidade: Os velhotes não deveriam ter o Viagra comparticipado pelo SNS? Se as pessoas das relações virtuais fossem assim tão interessantes estariam mesmo nos chats? Não seria já altura de perdermos a vergonha e abastecermos a nossa despensa de artigos da Sex Shop? Quando estamos num encontro romântico precisamos mesmo de atender chamadas da treta?
Num ambiente de fast food, conversas virtuais e relações apressadas, podemos falar de quê? De amores sinceros? De amores eternos? Provavelmente não... o mundo gira com demasiada rapidez, até para nos lembrarmos do nome da pessoa com quem dormimos a noite passada!
Nós, os autores, somos uma mulher e três homens, e nesta aventura de dedos cruzados e pensamentos em alvoroço, achámos que fazia sentido escrever sobre relações actuais, de pessoas comuns, de encontros e desencontros, de traições, de mentiras, de desejos, de desilusões.
Temos fantasmas num palco. E um casal perfeito que, na verdade, esconde defeitos. Temos homens que querem tudo ao primeiro olhar e mulheres que sonham com o homem ideal. Queremos rir, queremos fazer pensar, talvez queiramos mesmo um olhar diferente para esta sociedade que esmaga os sentimentos com camiões de areia. Vamos espreitar a felicidade dos outros?
Já não se fazem Homens como antigamente é um mundo que todos conhecem, é uma visita a uma época em que os comportamentos humanos mudam à velocidade da luz, é um Big Brother dos tempos modernos, onde nem os sonhos mais íntimos escapam a esta janela aberta.


Esta é sem dúvida a obra que melhor retrata a personalidade do Condestável, mostrando que foi muito mais que um simples herói da luta entre Castela e Portugal.
• Ensaio introdutório do Professor Fernando Cristóvão, da Universidade de Lisboa, que põe em destaque aspetos inova do res da biografia e da projeção internacional de D. Nuno Álvares Pereira.
• Fac-Símile da edição original, publicada em castelhano, em 1640.
• Versão inédita em língua portuguesa, com tradução do Doutor António Castro Henriques, depois de feita a revisão paleográfica.

Escrita em castelhano e publicada em Madrid, surpreendentemente em 1640, “com privi légio real” filipino, em vésperas da Restauração, esta obra exalta as vitórias do Condes tável e o heroísmo dos portugueses. O que ela tem de original, porém, é o facto de alar gar a biografia do Condestável para além do que se conhecia e copiava da crónica primitiva, acentuando novos factos e lendas, para além de nela se desenvolver, como em nenhuma outra, a identificação dos seus descendentes nobres e a sua importância, retra tando um herói simultaneamente português, castelhano e europeu.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Destaque Guerra e Paz

Ida Maclaird sofre de um mal misterioso e, ao mesmo tempo, assustador – o seu corpo está, lentamente, a transformar-se em vidro, começando pelos pés. Ida regressa à Terra de Santo Hauda, onde acredita que tudo teve início, na esperança de encontrar o único homem que poderá ser capaz de curá-la. Esse homem é Midas Crook, um jovem solitário, que viveu toda a vida naquelas ilhas. Poderá o amor entre eles impedir que Ida se transforme totalmente em vidro?

Esta é a sinopse de A Rapariga dos Pés de Vidro, um livro que a Guerra e Paz acaba de lançar e que valeu a Ali Shaw o Desmond Elliot Prize 2010 logo na sua estreia.
Além da capa deslumbrante, promete ser uma leitura saborosa sobre o próprio alcance do amor!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Destaques Contraponto

Aí estão três livros muito curiosos que a Contraponto lança este mês.
O destaque maior vai para Deixa-me Entrar que deu origem ao fantástico filme estreado o ano passado, mas em géneros muito distintos, tanto Monster High como Rubi podem chegar a públicos inesperados.







Oskar e Eli. De formas diferentes, são ambos vítimas. É por isso que, contra todas as probabilidades, se tornam amigos.
Oskar tem 12 anos e vive com a mãe num bairro social em Balckeberg, um subúrbio cinzento e pacato de Estocolmo. O pai desapareceu das suas vidas e ele é vítima de violência na escola.
Eli é a rapariga que vai viver para o apartamento ao lado. Eli não vai à escola e só sai de casa à noite. Presos cada um na sua solidão, Oskar e Eli encontram um no outro a compreensão que o mundo lhes nega. E quando o lado mais obscuro de Eli se revela, Oskar descobre o verdadeiro preço da amizade…







Frankie Stein fica em pulgas quando os seus pais lhe dizem que está pronta para ir para a escola. Frankie tem muitas expectativas para o liceu – fazer amigos, fazer brilhar o seu espectacular guarda-roupa em público…
Frankie passara toda a sua vida (os seus 15 dias de existência) no laboratório do pai, e os seus únicos amigos
são os Glitterati (os seus ratos de estimação) e os pais. Para além da pele verde, dos parafusos no pescoço e das costuras que lhe seguram os membros, não há nada de estranho nela. Mas Frankie fica muito preocupada quando descobre que ela e as outros monstros vão ter que se misturar com os normais.

Os amigos da Frankie Stein:
Lagoona Blue é a filha do Monstro do Lago, tem 15 anos, gosta do azul-marinho, adora sushi e seu animal de estimação é uma piranha chamada Neptuna.
Clawdeen Wolf é a filha do Lobisomem, tem 15 anos, a sua cor favorita é ouro, não dispensa bifes e tem um gato chamado Crescent.
Draculaura é filha do Drácula, tem 1599 anos, adora o cor-de-rosa, gosta de frutas e vegetais e anda sempre com um morcego chamado Count Fabulous.
Cleo De Nile é filha da Múmia, tem 5842 anos, a sua cor de eleição é ouro, gosta muito de e uvas e o seu animal de estimação é uma cobra chamada Hissette.
Deuce Gorgon é filho da Medusa, tem 16 anos, gosta do verde, adora comer um prato que ele inventou e tem um rato chamado Perseus.






O que fazer quando alguém se dá conta de que subitamente está no passado – num passado longínquo, não de décadas, mas de séculos?
Bem, em primeiro lugar há que manter a calma – é o que Gwendolyn pensa. E vai-lhe ser necessária muita calma, quando descobre ter herdado da família um invulgar gene que lhe permite viajar no tempo…
Com o arrogante (mas muito giro!) Gideon como companheiro de viagem, daqui em diante as surpresas não param. Por ser a mais jovem portadora do gene, Gwendolyn é escolhida para uma missão muito importante: viajar por várias épocas para impedir alguns erros e, basicamente, pôr o passado em ordem!
Entre alguns acidentes de percurso e algumas discussões, este casal tão desigual envolve-se em aventuras de toda a espécie… e ao longo de todos os tempos. Pouco a pouco, vão descobrindo que seja em que século for os opostos sempre se hão-de atrair, e que o passado já não é o que era…

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A Espada de Avalon (Marion Zimmer Bradley e Diana L. Paxson)

Voltar ao Universo criado Mairion Zimmer Bradley é sempre uma oportunidade imperdível a meu ver. Pois sem dúvida que a saga Brumas de Avalon fazem parte dos meus livros preferidos.
A Espada de Avalon é uma espécie de prequela onde se explica a origem da famosa excalibur e é passada na idade de bronze estando o livro bastante envolvido pela mitologia e helénica o sendo por isso bastante diferente dos outros livros.
A escritra de Diana L. Paxton é bastante agradável e fluida embora tenha de confessar que lhe falta a magia imortal da escrita de Mairion Zimmer Bradley, a meu ver as personagens não são tão interessantes nem marcantes como as de Marion e nem a história consegue ser envolvente. Ainda assim o enredo é bastante bom e meu ver este livro oferece mais uma história de aventura que propriamente de fantasia. No entanto, é uma lufada de ar fresco no universo de Avalon trazendo uma história bem diferente das dos outros livros da saga e só isso já torna o livro mais interessante.
Apesar de, como referi, este livro ser bastante diferente dos livros desta mesma saga continua a ser um bom livro e a ligação aos livros anteriores está feita de forma brilhante quer através dos rituais descritos no livro, quer através da teoria da reincarnação das personagens ao longo da história.
Recomendo este livro a todos os fãs como eu da saga Brumas de Avalon.




Autor: Marion Zimmer Bradley e Diana L. Paxson


Editora: Difel


Páginas: 448


Género: Fantasia

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Destaques Objectiva

O psiquiatra Andrew Marlow tem uma vida pacata e organizada, compensando a solidão com a dedicação ao trabalho e ao passatempo da pintura. Esta ordem é destruída quando o célebre e carismático pintor Robert Oliver ataca um quadro na Galeria Nacional e se torna seu paciente.
Internado numa instituição psiquiátrica, o pintor remete-se ao silêncio absoluto e recusa-se a revelar as razões que o levaram a atacar a obra de arte que retrata o corpo nu de uma mulher subjugada por um grande cisne branco. A única coisa que Oliver faz é desenhar repetidamente a figura misteriosa de uma bela mulher vestida à moda do período vitoriano.
Desesperado por compreender o segredo que atormenta o génio, o psiquiatra embarca numa viagem que o leva a conhecer as mulheres da vida de Oliver e a descobrir um trágico segredo esquecido há mais de cem anos. À entrada do labirinto, Marlow não sabe ainda que também ele será acometido por uma estranha obsessão.




A pobreza é uma afronta à dignidade humana, assente numa situação de negação de direitos fundamentais. Sem voz para reclamarem os seus direitos e sem meios para reverterem a sua situação, as vítimas da pobreza vêem-se enredadas numa teia de obstáculos e impossibilidades, que perpetuam a exclusão.
Apesar do crescimento económico verificado durante a última década em quase todas as regiões do mundo, milhares de milhões de pessoas continuam a viver em situação de pobreza.

“A pobreza é a mais grave crise mundial de direitos humanos, e este livro revela por que motivo e de que forma podemos mudar a maré.”
Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda e Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos

Irene Khan, Secretária-Geral da Amnistia Internacional, defende que as análises económicas não mostram toda a verdade e que as medidas económicas por si só não são suficientes para pôr fim aos problemas da pobreza.
Numa discussão estimulante, enriquecida pelas suas experiências pessoais e por estudos sociológicos realizados em todo o mundo, Irene Khan encara a pobreza como a pior crise mundial de direitos humanos da actualidade, pois encurrala as pessoas num ciclo vicioso de privação, insegurança, exclusão e impotência silenciosa.
Como solução para o flagelo, a autora acredita que o principal desafio consiste em dar às vítimas da pobreza as ferramentas necessárias para reivindicarem os seus direitos fundamentais e serem responsáveis – em vez de vítimas – do seu destino. Faz ainda um apelo veemente e urgente à protecção dos direitos humanos na luta para acabar com a pobreza. Porque é uma questão que diz respeito a todos. E porque é preciso dar voz aos que não a têm.



Leonard Cohen, o consagrado músico, conta neste romance a história do jovem Lawrence Breavman. Filho único de uma família abastada, Lawrence procura fora de casa o que não consegue encontrar junto do pai doente e da mãe neurótica: amor e beleza.
Na companhia de Krantz, o melhor amigo, explora avidamente o mundo, que gira obsessivamente em torno de um único eixo: o sexo oposto.
Na ânsia de abafar um passado deprimente e castrante que chegou ao fim com a morte do pai, é através das mulheres que Lawrence vai tacteando e conhecendo a vida, mesmo quando a carne e o desejo se transformam numa prisão tão sufocante como o passado.
O seu jogo favorito Lawrence descobre-o em Nova Iorque, onde se refugia depois de terminada a faculdade e de um êxito precoce como poeta. É aqui que conhece Shell, a mais linda das mulheres, com quem partilha o prazer das sedutoras palavras e dos íntimos silêncios. Descobre, por fim, o amor completo, na plenitude inebriante do êxtase que oferece e dos sacrifícios que exige.




A julgar pelas aparências, Zachary King é um homem cheio de sorte. Tem tudo na vida: um emprego estável e bem pago, um apartamento de graça em Manhattan, e uma noiva lindíssima e muito bem-sucedida.
Mas à medida que o dia do casamento com Hope se aproxima, Zack sente-se cada vez mais perseguido pelas recordações de Rael, o melhor amigo que morreu num acidente de carro, e pelos sentimentos complexos que nutre por Tamara, a viúva de Rael.
Para complicar o cenário, o pai que Zack não via há vinte anos decide aparecer precisamente no momento em que Zack enfrenta um problema de saúde, uma crise no trabalho e os dilemas de um coração dividido.
Zack desespera com as tentativas de reconciliação do pai, mas não consegue ficar indiferente à
sua determinação feroz em transformar radicalmente a sua vida. Inspirado pelo pai, Zack decide
não ficar preso a uma vida que não quer, acreditando que tudo pode mudar.
Os resultados são… inquietantes.
O amor é uma coisa complicada…

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Homens – caçá-los, domá-los, amá-los - Passatempo


Aqui está um daqueles livros que, mesmo aqueles que não o queiram confessar, terão curiosidade em "espreitar".
Estas confissões são sobre um dos grandes tabús de que a sociedade adora falar!
Em jogo estão três exemplares que a Objectiva disponibilizou ao blog, sendo que para se habilitarem a vencer apenas terão de responder correctamente a duas perguntas.
As respostas podem facilmente ser encontradas aqui no blog entre os Destaques Objectiva.
O prazo acaba a 25 de Outubro e desejo boa sorte a todos.



Regras do passatempo

1) Ser seguidor do blog.
2) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
3) Apenas participantes com moradas de Portugal.
4) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.

O Vampiro Lestat II (Anne Rice)

Mais um livro muito envolvente da saga Crónicas Vampíricas. O que me agradou bastante através deste e dos outros livros foi que desfiz a imagem que tinha de Lestast como unicamente, um vampiro, belo, frio e mau.
Mais uma vez com Lestat somos levados a viajar com Lestat pelos mais variados lugares desde dos Druidas, a Nova Orleães e à vida Boémia de Paris do século XVIII. Mas Lestast é muito mais que um vampiro belo e perverso que gosta de se divertir. Na verdade Lestast é um génio atormentado, que vive obcecado com descobrir a origem da sua espécie independentemente do preço a pagar.
A sensualidade e prazer são apenas uma máscara para os seus verdadeiros propósitos. Com eles vamos sendo arrastados ao longo do livro numa demanda interminável e viciante. Assim que começamos a ler o livro é impossível parar pois somos imediatamente seduzidos por Lestat, pelas sua viagens e pelos seus objectivos.
Há uma tensão crescente ao longo do livro que explode quando Lestat perde a cabeça e mostra aos mortais o que é passando assim a estar em perigo permanente.
Anna Rice prova mais uma vez ser uma mestra do romance sobrenatural e do mistério. O segundo volume do O Vampiro Lestat é tão bom ou melhor que o primeiro.




Autor: Anne Rice


Editora: Europa-América


Páginas: 264


Género: Fantasia

domingo, 17 de outubro de 2010

Destaque Esfera dos Livros


Longe do Meu Coração é o novo romance de Júlio Magalhães que a Esfera dos Livros edita.
Depois dos sucessos de Um Amor em Tempos de Guerra e Os Retornados – Um amor nunca se esquece, que levaram a que o jornalista fosse reconhecido também como autor bestseller, este promete ser mais um livro a salpicar a realidade nacional de emoções fortes.

Joaquim não queria acreditar no que os seus olhos viam. Tinha saído a salto de Portugal, viajado apertado em camionetas de gado, andado quilómetros e quilómetros a pé, à chuva e à neve, quase tinha perdido a vida nos Pirenéus e agora estava ali. Na capital portuguesa em França. O sítio onde, todos lhe garantiam, podia enriquecer e concretizar os seus sonhos. Mas o que via era um bairro de lata. Sentia os pés enterrarem-se na lama. Olhava para as barracas miseráveis e para os fardos de palha que faziam as vezes de uma cama. Mas, Joaquim não estava disposto a baixar os braços. Longe do meu Coração retrata com mestria e realismo, o quotidiano dos portugueses que partiram em busca de uma vida melhor, sonhando um dia regressar ricos à terra que os viu partir pobres. Para Joaquim, Portugal estava longe. Era ali, em França, na terra que lhe dava de comer, que queria vingar, que prometia, à força do seu trabalho, derrubar fronteiras e preconceitos. O plano estava traçado. Iria abrir uma empresa de construção, com o seu amigo Albano, enriquecer e, depois de ter casa montada com carro com emblema no capô, estacionado à porta, iria pedir a mão da sua Françoise, a professora de Francês que lhe abriu o mundo das letras e do amor. Mas, cedo Joaquim vai descobrir que há barreiras difíceis de ultrapassar.

sábado, 16 de outubro de 2010

Wicked Lovely - Amores Rebeldes (Melissa Marr)

Há muito tempo que não tinha tanto prazer em ler um livro de fantasia. Finalmente começaram a chegar a Portugal alguns livros sobre fadas que confesso que são dos meus seres mitológicos preferidos Mas as fadas deste livros são seres muito diferentes das pequenas criaturas com asas a que estamos habituadas, são antes criaturas por vezes belas, mas sempre poderosas e perigosas mais conhecidas pelos Sidhe.
Ash vê as fadas desde criança, algo que ela herdou da família e vive com a sua avô que desde cedo lhe transmite uma serie de regras para que as fadas não descubram que ela as pode ver. No entanto o Rei do Verão, o rei de, por assim dizer, as fadas que tem o mínimo de princípios quer fazer de Ash sua consorte e rainha, mas ela está apaixonada pelo seu amigo Seth e não está minimamente interessada em se tornar uma fada.
O livro é uma delícia do início ao fim. Começando pela capa que a meu ver é lindíssima, à história que é muito original mas baseada em antigas lendas em que os mortais eram raptados pelos espíritos das fadas e nunca mais eram vistos, às pequenas citações que dão inicio a cada capítulo sobre as antigas crenças nas fadas que provem provavelmente da pesquisa da autora para escrever o livro que deve ter sido facto exaustivo para escrever o livro.
O livro tornou-se para mim uma autêntica obsessão até conseguir acabar de o ler.




Autor: Melissa Marr


Editora: Saída de Emergência


Páginas: 288


Género: Fantasia

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Médico de Córdova - Vencedores do passatempo


Mais três leitores premiados. Espero que gostem da leitura!

Susana Catarina da Silva Ferreira (Susana Ferreira)

Paula Cristina Almeida Torres (sushibaby)

Eduarda Ferreira Andre (duda)

Destaque Civilização

Heresia marca o início de mais uma prometedora trilogia de S. J. Parris no domínio do thriller histórico.
Neste caso o protagonista é um monge, também mágico, cientista e herético, de seu nome Giordano Bruno que no período do pré-Iluminismo enfrenta perigos e descobertas.

Inglaterra, 1583. Um país inundado pela paranóia e pela conspiração, mas um porto de abrigo para um monge radical em fuga. Giordano Bruno, com as suas teorias de astronomia, fugiu da Inquisição para a corte de Isabel I. Ali, atrai as atenções de Francis Walsingham, chefe dos espiões e inimigo dos conspiradores católicos. Bruno é infiltrado na Universidade de Oxford, que se crê ser um antro de dissidentes franceses. Rapidamente Bruno dá por si envolvido nas intrigas do colégio universitário e distraído por uma bela jovem. Pouco depois, começa a investigar uma série de assassinatos horríveis, relacionados entre si por cartas com pistas. As cartas sugerem que as vítimas eram culpadas de heresia. Mas estará Bruno a ser ajudado ou induzido em erro, ou será ele o próximo alvo? Perseguindo um assassino astuto e determinado pelos claustros sombrios de Oxford, Bruno apercebe-se de que nem sempre os sábios conseguem distinguir a verdade da heresia. Mas alguns estão prontos a matar por ela!

Destaques Clube do Autor

Por esta altura já todos sabem que há uma nova e promissora editora em Portugal.
A Clube do Autor - um belo nome, sem dúvida - prepara-se para ter uma abordagem capaz de seduzir todo o público sem deixar de lado uma exigência alta.
Os seus primeiros títulos já estão aí.






Dama de Espadas – Crónica dos Loucos Amantes, de Mário Zambujal, o escritor que ao longo dos anos tem conquistado várias gerações de leitores, é uma obra singular sobre as conturbadas relações entre homens e mulheres, um livro bem-humorado e despretensioso, escrito no registo único e inconfundível inaugurado com Crónica dos Bons Malandros.














De Takiji Kobayashi, Kanikosen – O Navio dos Homens é um clássico japonês convertido em best-seller internacional com mais de 1 600 000 exemplares vendidos só no Japão. Classificado pelo Le Monde des Libres como “uma obra-prima”, Kanikosen surpreende pela actualidade do tema (a precariedade laboral e as inevitáveis consequências sociais) e pela força e crueza do relato.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Paradoxo do Amor (Pascal Bruckner)

Este livro é bastante difícil de comentar pois não se trata de um romance ou de uma história de ficção mas de um ensaio que é de facto bastante interessante quer do ponto de vista histórico quer do ponto de vista filosófico e psicológico.
A primeira coisa sobre a qual o livro nos esclarece é que a forma como nós vemos o amor é muito recente e teve origem na Revolução Francesa e na conquista das liberdades individuais. Pois até há bem pouco tempo os casamentos nada tinham a ver com amor, eram antes um negócio para ambas as partes e paras ambas as famílias, muito poucas vezes o amor vinha à baila, quando muito o amor podia desenvolver-se depois do casamento.
Com a Revolução Francesa houve uma transformação profunda na sociedade e nas mentalidades. Cada indivíduo passou a ser teoricamente livre para fazer o que quiser. Actualmente na sociedade ocidental cada pessoa pode namorar e casar com quiser, é livre para o fazer, mas por outro lado ao casar e prender há pessoa que ama deixa de ser livre, por isso como muito bem indica o título do livro o amor é um paradoxo e autor explica esta sua teoria de uma forma muito romântica e sensual.
Não é um livro para distrair ou para passar o tempo, mas para levar à reflexão. Um livro sem dúvida muito interessante.




Autor: Pascal Bruckner


Editora: Europa-América


Páginas: 196


Género: Ensaio

Destaque Porto Editora

Sai hoje para as prateleiras das livrarias o primeiro volume de uma trilogia passada na Istambul do século XIX da autoria de Jason Goodwin .
Tratam-se de thrillers históricos protagonizados por um eunuco da corte do Império Otomano que, neste primeiro volume intitulado O Fogo de Istambul e que valeu ao autor o Edgar Award, tenta encontrar os responsáveis por uma vaga de crimes que têm vindo a ameaçar o poder na corte.


Estamos em 1836. A Europa modernizou-se e o Império Otomano tem de lhe seguir os passos. No entanto, poucos dias antes de o sultão Mahmud II proclamar um édito reformista, uma vaga de crimes macabros ameaça romper o frágil equilíbrio do poder na corte. Quem estará por detrás destas mortes?
Todos os indícios apontam para os janízaros, a antiga elite do exército otomano.
Apenas um homem da inteira confiança do sultão poderá descobrir o enigma: esse homem é Yashim Togalu. Investigador insólito, amante de culinária e de romances franceses, possui a extraordinária capacidade de passar despercebido e ter acesso a todas as zonas do palácio, incluindo o harém do sultão. Conseguirá ele travar a conspiração que ameaça destruir o império?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Finalmente Sol - Vencedor do passatempo


Aqui fica o vencedor de mais um passatempo. Parabéns e aos restantes, continuem a participar!

Joana Pereira (joana)

Destaque Asa

Já está nas livrarias desde ontem o livro Rio Homem, primeiro romance do conhecido actor André Gago e que tem este sereno mas sugestivo booktrailer.


Segundo é revelado pela Asa, o livro obrigou a que o autor fizesse uma investigação de dez anos para melhor poder cruzar a história de um foragido da Guerra Civil de Espanha e a da aldeia comunitária que o acolheu do lado de cá da fronteira.

Em plena Guerra Civil de Espanha, Rogelio – um jovem galego de ideais republicanos – e alguns dos seus companheiros de guerrilha entram em Portugal clandestinamente com o propósito de apanhar, na cidade do Porto, um navio que os leve aos Estados Unidos e os liberte para sempre da ameaça do fuzilamento e da prisão.
Porém, no momento em que Rogelio se afasta do grupo para testar a segurança da próxima etapa da viagem, desconhece que virou do avesso o próprio destino: doravante completamente só num país que desconhece, o jovem sofrerá uma experiência próxima da morte que, paradoxalmente, o fará renascer como homem no seio de uma comunidade algo visionária, visitada e admirada por grandes intelectuais – a aldeia de Vilarinho da Furna. Aí encontrará o amor, de muitas maneiras.
Exaustivamente investigado, narrado com mestria e beleza e com uma galeria de personagens admiráveis (entre as quais não podemos deixar de reconhecer, por exemplo, Miguel Torga), Rio Homem cruza duas histórias magistrais – a de um refugiado que perdeu todas as suas referências e a da aldeia comunitária que o acolheu e que hoje jaz submersa na albufeira de uma barragem.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Imortal - Passatempo


Tenho hoje três exemplares de Imortal, um delicioso título de fantasia editado pela Planeta.
Para se habilitarem, respondam a três simples questões e esperem pelos resultados do sorteio.
As respostas podem ser encontradas aqui no blog e podem ser enviadas até dia 20 de Outubro.
Boa sorte a todos, ainda que por mais que gostasse não possa premiar todos os participantes.


Regras do passatempo

1) Ser seguidor do blog.
2) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
3) Apenas participantes com moradas de Portugal.
4) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.

Sonhar as Estrelas (Linda Gillard)

Mais uma vez Linda Gillard conseguiu fazer um extraordinário trabalho. O facto de já ter entrevistado esta autora ajudou-me a entender um pouco mais a sua escrita.
Os seus livros nunca são vulgares, ou semelhantes ao de qualquer outra autora. As suas intenções não são de todo comerciais. Antes pelo contrário, pretende realmente oferecer algo ao leitor com o seu livro do que um mero romance de cordel.
Neste seu romance traz-nos Marianne uma mulher cega com um passado muito trágico em que perdeu o seu marido e filho antes de nascer. Quando pensamos numa mulher cega com um passado destes, na nossa mente torna-se logo uma vítima sem grandes possibilidades de vida, quanto mais de romance...
É extraordinária a forma como a autora descreve o dia a dia de Marianne e o que ela sente através dos seus outros sentidos e que nos dá uma perfeita perspectiva de como será a vida de alguém cego. No entanto não a mostra como uma vitima, mas como uma mulher lutadora e cheia de sonhos.
Kier é claramente um herói romântico próximo do tradicional, duro e um bocadinho machão, mas também muito sensível. Mas o mais interessante é que não a trata como uma vítima mas por aquilo que ela é como pessoa.
Este livro é mais uma grande lição de vida, com uma escrita fluida e clara e uma maravilhosa descrição das paisagens de Edimburgo.




Autor: Linda Gillard


Editora: Europa-América


Páginas: 244


Género: Romance

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Destaques Europa-América

Aqui ficam alguns dos títulos que a Europa-América vai editar este mês e que merecem toda a atenção dos leitores, entre eles mais três livros de bolso a recuperarem obras um pouco esquecidas de grandes autores.


Balthazar Jones vive na Torre de Londres com a sua esposa, Hebe, e com a Sr.ª Cook, uma tartaruga centenária, e é um dos guardas do histórico local. (Sim, alguns beefeaters vivem na Torre.) E não é tarefa fácil ser guarda numa das maiores atracções turísticas de Londres.
Entre as estranhas personagens que habitam o labirinto de casas antigas e escadas em caracol, contam-se Ruby Dore, a dona do bar Rack & Ruin, que ficou a saber que está grávida; o reverendo Septimus Drew, um inveterado solteirão que ninguém sonha que tem um carreira de êxito como escritor de livros eróticos; o galante tratador de corvos que só pensa em vingar a morte de um dos seus queridos animais; Valerie Jennings, a melhor amiga de Hebe, que está apaixonada pelo pica-bilhetes Arthur Catnip; e o fantasma de Sir Walter Raleigh, cujos ruidosos passeios nocturnos e vício do tabaco perturbam o merecido sono dos habitantes da Torre.
A paixão de Hebe e Balthazar, outrora forte, enfraqueceu desde a morte do filho do casal. Hebe consola-se com o seu trabalho na Secção de Perdidos e Achados do Metro de Londres, onde devolve objectos perdidos aos seus donos (entre malas e chaves, contam-se estranhas preciosidades como um óscar de Dustin Hoffman, 157 dentaduras e um cofre inviolável). Balthazar não derramou uma lágrima desde o trágico incidente, e Hebe está cada vez mais distante do marido.
O casamento está por um fio quando a rainha confia a Balthazar a tarefa de conceber um jardim zoológico na Torre, para abrigar as estranhas oferendas peludas e de quatro patas que os dignitários estrangeiros oferecem à monarca. É então que o dia-a-dia na Torre se torna muito agitado. Os pinguins fogem e as girafas são roubadas. E Balthazar está em apuros. E, como se não bastasse tudo isto, a sua querida tartaruga desaparece e Hebe abandona-o. Nestas circunstâncias, o que pode fazer um guarda da Torre de Londres?




A presente obra complementa o retrato humano, social e poético do autor, que nos foi oferecido no seu livro de memórias Confesso que Vivi. É formada por diversos cadernos, agrupados por estilos que variam entre a carta, a palestra, o poema e a narrativa de viagem, e temas que vão desde a divagação poética, viagem efectuada pelo autor ao fundo de si mesmo, até ao relato de experiências vividas ou ao discurso sobre o papel social do poeta. A última parte do livro refere em especial a situação política no Chile.
É, sobretudo, um retrato psicológico do autor, mas um retrato instantâneo, com toda a verdade e naturalidade que a ausência de pose determina.








A continuação de Entrevista com o Vampiro e O Vampiro Lestat.
A viagem de Lestat até uma caverna numa ilha grega desperta Akasha, rainha dos malditos e mãe de todos os vampiros, do seu sono de seis mil anos.
Desperta e sedenta de sangue, Akasha traça o seu maléfico plano para dominar o mundo dos vivos.
Num concerto em São Francisco, Lestat ignora que entre os fãs há centenas de vampiros dispostos a destruí-lo por ter revelado a condição dos seus semelhantes.
Um misterioso sonho é partilhado por um grupo de homens e vampiros. Quando todos se aproximam, o sonho torna-se mais claro e tudo aponta para uma tragédia indescritível.








Escritos Íntimos – Charles Darwin
A presente colectânea de textos permite conhecer a personalidade de Darwin nos momentos cruciais da vida deste homem sábio, brando e humorado. Da carta que, nos seus tempos de estudante, envia ao seu pai, para que ele abençoe a sua viagem, até às notas escritas quando se tornou pai de família, o controverso teórico da evolução revela uma perfeita conduta de cavalheiro.
Antes do seu casamento, traçou um quadro no qual pesava os prós e os contras da cerimónia. Depois do enlace, Darwin corresponde-se com a sua mulher, que quer salvá-lo dos perigos do ateísmo.
O interesse destes textos não é somente conhecer as várias facetas de Darwin mas também remeter a escrita para uma zona de fronteira, onde a ciência confina com a intimidade. Pois a curiosidade científica de Darwin centra-se nele próprio ou nas pessoas que preza e que o rodeiam na vida quotidiana. Da primeira viagem às observações pacientes e ternas sobre o crescimento dos seus filhos, nestes textos íntimos, o sábio homem da ciência revela-se como ser humano.

A História Mais Bela do Mundo – Rudyard Kipling
Por vezes restringida a O Livro da Selva e a contos humorísticos que escrevia para os filhos, a obra de Rudyard Kipling, autor galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1907, é em grande medida desconhecida. Em particular, o considerável corpus de contos e romances nos quais o seu espírito curioso, fazendo jus ao humor inglês, é certeiro.
N’A História Mais Bela do Mundo, Kipling leva a crer que a inspiração surge dos detalhes mais prosaicos que só o artista pode transcender, que só várias coincidências e contingências dão azo a uma obra de arte e que a arte sublima o real e o maravilhoso ombreia com a ciência.

Feliz Insucesso precedido de Cocorocó – Herman Melville
Herman Melville, sem dúvida o maior romancista americano do século XIX, não foi somente o autor de Moby Dick mas também de um grande número de obras-primas de vários géneros. Nestas breves prosas, Melville resumiu a profundidade e a refinada imaginação das suas obras maiores: os dois contos – publicados em revistas em meados de 1850, num dos períodos mais criativos de Melville – revelam um autor ora realista, que se deleita na sordidez e nos detalhes da América do seu tempo, ora fulgurante, forçando a escrita até ao delírio. Sob os sainetes de Melville, revela-se incessantemente um caleidoscópico conhecimento enciclopédico, que invoca vários aspectos da tradição, impregnados na acidez corrosiva do mundo moderno. Mistura explosiva de géneros que assenta na improvável transfiguração do real quotidiano, os contos oscilam ora entre a alegria e a resignação ora entre a salvação e o fracasso.