quarta-feira, 19 de março de 2014

Inferno no Vaticano - Passatempo



Depois de ter tido a possibilidade de fazer a crítica a Inferno no Vaticano, tenho o enorme prazer de oferecer um exemplar deste livro que mostra bem como a inventividade dos escritores portugueses merece a nossa atenção.

Para se habilitarem a este exemplar do livro de Flávio Capuleto têm de responder à pergunta abaixo até ao final do dia 27 de Março.

Podem conseguir uma hipótese adicional de ganharem o prémio se fizerem um Like no Facebook do Páginas com Memória e partilharem publicamente o post do passatempo.

Boa sorte a todos e, sobretudo, boas leituras!




Regras do passatempo

1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.
4) O não cumprimento da regra 3) poderá levar a exclusão em passatempos futuros.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Inferno no Vaticano (Flávio Capuleto)

Inferno no Vaticano vai ficar nas prateleiras das livrarias ao lado dos livros de Dan Brown e dos vários outros autores que utilizam o mesmo estilo e exploram as mesmas temáticas com potencial polémico.
Mas não me parece que se comparem, pois na verdade Flávio Capuleto está menos interessado em explorar temas quentes e mais interessado em reflectir.
Basta dar atenção a como este livro investe mais nos diálogos, que são discussões com muitos argumentos e sempre escritas de forma muito cuidada, do quenas cenas de acção e investigação.
Isso mostra a diferença que este livro tem para os outros que referi e que é a intenção de discutir os temas em vez de os tornar em teorias que desafiam a realidade e que ainda querem fazer passar a ideia de que há muitas conspirações em todos os recantos do Vaticano.
Em cada discussão os dois lados surgem e podem mostrar-se ao leitor. E nota-se que Flávio Capuleto até está mais interessado em analisar as novas opções do Papa Francisco do que nessas teorias da conspiração.
Claro que nesta história há um tesouro secreto envolvido nos crimes entre conservadores e reformistas, mas tirando um ou outro extremista os grupos lutam mais na discussão entre a ajuda que a Igreja Católica pode dar à Europa em crise e a conservação do ouro para necessidades futuras.
O interessante é que isso tudo acontece no meio de uma investigação policial feita com bastante eficácia e que mantém o interesse do leitor vivo.
A história tem momentos emocionantes e o papel do detective português é essencial, directo às questões e não se perdendo em mistérios exagerados.
Não há cenas de acção a cada meia dúzia de capítulos, apenas a actuação discreta mas eficaz que esperamos da polícia.
Não posso deixar de destacar, ainda, as cenas "quentes" escritas pelo autor. Bem escritas, que é muitas vezes coisa rara entre os autores destes thrillers.
São cenas que ocupam um lugar de destaque numa história que tem que ver com temas religiosos e isso deve louvar-se, pois assim tanto a alma como o corpo fazem parte deste livro.
Um livro bem interessante, sobretudo por ser diferente do que se estará à espera depois de ser ler o título quase bombástico.




Autor: Flávio Capuleto


Editora: Guerra & Paz


Páginas: 280


Género: Thriller

quinta-feira, 13 de março de 2014

Uma História de Amor Eterno (Sebastian Cole)

O Amor é a força mais importante entre aquelas que fazem mover a Humanidade. Mas não há maneira de viver apenas desse tão grande sentimento.
Se o Amor pode ser eterno, nascido daquele encontro improvável e extraordinário de duas pessoas destinadas uma à outra, não consegue escapar ao facto dessas duas pessoas terem de viver dia a dia.
Para descobrir se o Amor que sentem é, realmente, eterno, têm de investir a vida inteira nele. Apontar ao futuro enquanto enfrentam cada momento presente.
Enfrentando problemas vários, descobrindo-se uma à outra tão ao pormenor que a perfeição deixa de o ser, vendo a relação ser afectada pelo que chega do exterior dela.
A história de Noah e Robin é exactamente assim, a tal ponto que o seu tempo juntos é interrompido para depois arriscarem voltar a estar juntos no momento em que isso parece já improvável.
Nem um nem outro deixam de se amar, mas não conseguem estar juntos como esperariam. Da cena mágica do seu encontro até ao afastamento de 13 anos a sua relação é um emocionante trilho de emoções, sempre inesperado a cada curva, com obstáculos e partes simples de percorrer.
A sua relação adapta-se a cada momento e com ela as personagens evoluiem, conseguindo o autor dar-lhes uma vida que é realista.
Cria-se uma relação muito intensa com Noah e Robin, vive-se com eles aquilo em que eles se transformam.
Não se consegue gostar de ambos durante todo o livro, cada um tendo momentos em que nos exasperam, outros em que nos comovem. Momentos em que são extraordinários e outros que parecem não merecer qualquer benefício da nossa parte.
No final, acabaremos por gostar de ambos, claro! Mas até lá temos de os rejeitar e de os entender em partes iguais.
Admiro um autor que consegue criar personagens assim tão tridimensionais, daquelas que durantes a leitura do livro nos parecem reais e que depois do livro acabado insistem em ficar na nossa memória.
Admiro ainda mais o autor quando consegue tudo isso logo na primeira obra, como se fosse já muito maduro de tantos livros que foi escrevendo!
Com estas personagens que o autor tão bem criou acabaremos por aprender sobre muito mais do que o amor.
Teremos mesmo de reflectir sobre o fim da vida, sobre questões da Alma, sobre até que ponto podemos levar o amor para justificar as decisões que fazemos a propósito do nosso par.
A história de amor de Noah e Robin tem a duração que deixa espaço a uma série de lições de vida e tem os problemas que permitem olhar para a essência do ser humano.
Mais bela é por causa disso, pela maneira como à escala de cada um de nós poderá ressoar e ensinar a viver tanto grandes histórias de amor como o quotidiano amoroso.




Autor: Sebastian Cole


Editora: Editorial Presença


Páginas: 264


Género: Romance