Jess é uma professora de Londres que é atacada sem razão aparente. Assustada ela refugia-se na casa da irmã, no País de Gales, a fim de recuperar, mas a sua paz é perturbada pelo choro de uma misteriosa criança. Dois mil anos antes, o vale abaixo da casa é o cenário de uma batalha entre Caratacus, rei das tribos britânicas, e o exército romano invasor. Caratacus é capturado e levado para Roma com Cerys, a mulher e a filha Eigon.
Jess fica fascinada pela história de Eigon e viaja até Roma, quer para pesquisar mais sobre a vida de Eigon quer para fugir do seu agressor que a seguiu até Gales.
A Princesa Guerreira é uma muito prazenteira epopeia que mistura suspense, História e romance, tudo isto infundido com o sobrenatural. Quer Jess e Eigon são muito fáceis de gostar nos seus papéis de heroínas do romance e os leitores terão prazer em descobrir o destino de ambos. Por outro lado os vilões não têm quaisquer remorsos e perseguem ambas as mulheres inexoravelmente para aniquilá-las, conferindo um elemento de suspense e de perigo à história.Assim, falamos de algo épico onde cada momento da demanda é fácil e apetecível de saborear, a autora tem um dom para usar as palavras de forma a transportar o leitor de um século para outro de forma natural e suave. Cada cenário é evocador e real na medida em que o leitor esquece que estão a testemunhar uma cena do passado distante. A qualidade da escrita é muito fluída, nunca nos sentimos atirados abruptamente de um cenário para o outro.
Encontramos uma história empolgante mas também sombria. Quer os relatos situados no passado, quer no presente, estão ancorados na realidade, onde cenários galeses e italianos complementam a narrativa. Ambos serem muito ricos no seu elementos históricos e compatíveis com os elementos sobrenaturais. Erskine combina com mestria estes locais cheios de atmosfera idílica com um enredo quer histórico quer moderno para tecer uma história que facilmente prenderá os leitores à medida se aproxima em crescendo para um final épico.
De igual modo, os personagens secundários como os amigos e a irmã de Jess e os três outros personagens masculinos, que até ao final descobrimos que são amigos ou inimigos ajudam a manter a trama ligada ao presente. Os leitores que acham que o conceito de uma faceta sobrenatural os impedirá de se ligarem verdadeiramente à história encontrarão prazer na leitura, descobrimento de imensos pormenores e anotações históricas, bem com o desenvolvimento dos personagens.
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