quinta-feira, 23 de junho de 2011

Destaques Gradiva

Aqui fica a lista dos títulos que a Gradiva lançou (ou ainda vai lançar) durante o mês de Junho.



A Vida Que Podemos Salvar (Peter Singer)

Pela primeira vez na História, está ao nosso alcance a erradicação da pobreza e do sofrimento que esta traz consigo. Para que tal se concretize, afirma Peter Singer, é necessário alterar a nossa perspectiva quanto ao que implica viver uma vida ética. E ajuda-nos a provocar essa mudança,propondo um plano que combina filantropia individual, activismo local e consciência política.O autor expõe o argumento irrefutável de que podemos influenciar significativamente as vidas dos outros sem diminuir a qualidade da nossa. A Vida Que Podemos Salvar é um livro que apela à acção, dando voz à esperança e à compaixão sem descurar a investigação rigorosa e o raciocínio cuidado que transparecem em todas as obras deste autor.



O Cemitério de Praga (Umberto Eco)

Durante o século XIX, entre Turim, Palermo e Paris, encontramos uma satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns cadáveres num esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo, desaparecido no mar nas proximidades do Stromboli, o falso bordereau de Dreyfus para a embaixada alemã, a disseminação gradual daquela falsificação conhecida como Os Protocolos dos Sábios de Sião (que inspirará a Hitler os campos de extermínio), jesuítas que tramam contra maçons, maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam padres com as suas próprias tripas, um Garibaldi artrítico com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os massacres numa Paris da Comuna em que se comem os ratos, golpes de punhal, horrendas e fétidas reuniões por parte de criminosos que entre os vapores do absinto planeiam explosões e revoltas de rua, barbas falsas, falsos notários, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e missas negras. Óptimo material para um romance-folhetim de estilo oitocentista, para mais, ilustrado com os feuilletons daquela época. Há aqui do que contentar o pior dos leitores. Salvo um pormenor. Excepto o protagonista, todos os outros personagens deste romance existiram realmente e fizeram aquilo que fizeram. E até o protagonista faz coisas que foram verdadeiramente feitas, salvo que faz muitas que provavelmente tiveram autores diferentes. Mas quando alguém se movimenta entre serviços secretos, agentes duplos, oficiais traidores e eclesiásticos pecadores, tudo pode acontecer. Até o único personagem inventado desta história ser o mais verdadeiro de todos, e se assemelhar muitíssimo a outros que estão ainda entre nós.

Um romance fantástico, de um autor que uma vez mais mostra saber como nenhum outro combinar erudição, humor e reflexão.



A Cidade das Palavras (Alberto Manguel)

Quase todos nós concordamos quanto à desejabilidade do fim do nacionalismo étnico. Esforçamo-nos por construir sociedades que promovam o patriotismo cívico, com valores nos quais todos os cidadãos se revejam. Mas algo não correu bem: revoltas racistas em França, assassínio político nos Países Baixos, atentados bombistas no Reino Unido - serão estes os sintomas de uma experiência multicultural mal-sucedida? Porque nos é tão difícil vivermos juntos, quando as alternativas são verificadamente horríveis?

Com a erudição e o espírito que o caracterizam, Alberto Manguel propõe uma abordagem diferente: devemos ouvir o que visionários, poetas, romancistas, ensaístas e realizadores de cinema têm a dizer sobre construção de sociedades. Talvez as histórias que contamos encerrem as chaves secretas do coração humano. De Cassandra a Jack London, da Epopeia de Gilgamesh ao computador Halde 2001: Odisseia no Espaço, Alberto Manguel estabelece paralelos fascinantes e reveladores entre as realidades individuais e políticas do mundo actual e as realidades do mito, da lenda e da história.



A Última Entrevista de José Saramago (José Rodrigues dos Santos)

"José Rodrigues dos Santos pertence a essa estirpe, por isso as suas entrevistas passam do audiovisual para os livros e parecem sempre frescas, profundas, não são circunstanciais, servem para desvendar o que é evidente e o que está oculto […]. ‘A última entrevista’, sim, e que dor é ter de reconhecer que este ciclo acabou."
Pilar del Río

José Saramago e José Rodrigues dos Santos encontraram-se pela última vez em Outubro de 2009 para uma conversa registada pelas câmaras da RTP. Foi a última grande entrevista do prémio Nobel da Literatura. Oito meses depois, José Saramago morreu em Lanzarote. Para além de uma vasta obra, deixou-nos esta derradeira reflexão sobre o seu trabalho, a literatura, a vida, o mundo e a morte.



Não te Ponhas Com Essa Cara! (Jerry Scott e Jim Borgman)

As personagens dispensam apresentações. As peripécias e o humor também. Mais um álbum da famosa série Zits, dos autores que conhecem como ninguém os meandros da cultura dos adolescentes e das conturbadas relações entre os pais e os filhos «naquela idade».
Gargalhadas garantidas.

Zits de Jerry Scott e Jim Borgman já foram publicados em mais de 1500 jornais internacionais e estão agora disponíveis em livros traduzidos em várias línguas. O humor subtil e, tantas vezes, corrosivo dos autores retrata bem o conflito de gerações entre pais, que viveram numa outra conjuntura histórica, e filhos que vivem na conjuntura da Globalização das novas tecnologias e do consumo desenfreado. A forma sarcástica como o protagonista, Jeremy, é representado faz-nos, muitas vezes, compreender com boa disposição as angústias e as indecisões de muitos adolescentes e os constantes conflitos com os seus pais. A falta de comunicação é-nos apresentada como um dos problemas que subjaz a estas situações de corrente conflitualidade parental.

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