Aqui fica a lista dos títulos que a Dom Quixote lançou (ou ainda vai lançar) durante o mês de Junho.
Os Novos Espectros (José Sasportes)
A Senhora Alving, personagem principal deste livro, não gostou do modo como o Senhor Ibsen contou a sua história na peça Os Espectros. Decidiu escrever-lhe para repor a verdade e revelar-lhe a vida autêntica que viveu depois. Uma vida rica, movimentada, bem diferente da que o Senhor Ibsen tinha vaticinado no final da peça. Anos passados, o escritor e a personagem encontram-se.
Tiago Veiga – Uma Biografia (Mário Cláudio)
Tiago Veiga nasceu numa aldeia do Alto Minho em 1900 e nesse mesmo lugar viria a morrer em 1988. Bisneto pelo lado paterno de Camilo Castelo Branco, Veiga protagonizaria uma singularíssima aventura poética na história da literatura portuguesa. A sua biografia, redigida por Mário Cláudio, que o conheceu pessoalmente, não deixará de configurar matéria de suplementar interesse pela relevância das figuras com que Veiga se cruzou, e entre as quais se destacam poetas como Jean Cocteau e Fernando Pessoa, Edith Sitwell e Marianne Moore, Ruy Cinatti e Luís Miguel Nava, políticos como Bernardino Machado e Manuel Teixeira Gomes, pensadores como Benedetto Croce, e até simples ornamentos do mundanismo internacional como a milionária Barbara Hutton.
Domínio Público (Paulo Castilho)
Uma história divertida, cheia de diálogos animados sobre a actual situação portuguesa e que se passa entre Lisboa, o Alentejo e o Douro entre gente da classe média com mais ou menos recursos económicos. Uma sátira aos tempos em que vivemos, protagonizada por mulheres jovens, com os seus dramas: carreira profissional, casamentos falhados, ligações esporádicas e todas as suas dúvidas, certezas e incoerências.
No Meu Peito Não Cabem Pássaros (Nuno Camarneiro)
Em1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo. Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance – três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar. Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens.
Catch-22 (Jospeh Heller)
Passado em Itália durante a II Guerra Mundial, conta a história do capitão Yossarian, comandante de bombardeiros, um herói incomparável e matreiro, que está furioso porque milhares de pessoas que não conhece de lado nenhum o querem matar. Mas o seu verdadeiro problema não é o inimigo – é o seu próprio exército, que está sempre a aumentar o número de missões de voo que os homens têm de cumprir para completarem a sua comissão de serviço.
Lendas da Índia (Filipe Castro Mendes)
Dez anos depois do seu último livro publicado, Filipe Castro Mendes surge agora com este volume que, tal como o nome indica, reúne um conjunto de poemas sobre a Índia e sobre outros temas descritos com o olhar de quem vive naquele país.
Relato de Um Náufrago (Gabriel García Márquez)
Relato de Um Náufrago descreve a experiência de um jovem que, em 1955, caiu ao mar, com outros sete membros da tripulação do contratorpedeiro Caldas da Marinha de Guerra da Colômbia, e que teve a sorte de ser o único sobrevivente. Embora a história tenha sido escrita por Gabriel García Márquez no seu tempo de jornalista do El Espectador de Bogotá, com material resultante de uma longa entrevista ao sobrevivente, os responsáveis pela publicação decidiram que a história seria narrada na primeira pessoa e assinada pelo náufrago.
Quinze anos mais tarde, quando Gabo já tinha escrito Cem Anos de Solidão, decide publicar a história completa em livro e assiná-la como o seu autor.
A Toupeira (John Le Carré)
Smiley e a sua gente deparam-se com um extraordinário desafio: uma toupeira – um agente duplo dos soviéticos – conseguiu infiltrar-se e ascender ao mais elevado nível dos Serviços Secretos britânicos. A sua traição comprometeu já algumas operações vitais e as melhores redes. A toupeira é um dos seus. Mas quem?
Os Cachorros. Os Chefes (Mario Vargas Llosa)
Os Chefes (1959) foi a primeira obra publicada de Mario Vargas Llosa e com ela obteve o seu primeiro reconhecimento literário, o Prémio Leopoldo Alas. O autor refere-se assim ao livro: “Os Chefes é um pequeno microcosmo do que viriam a ser o resto dos meus livros.”
Quando escreveu Os Cachorros (1967) o escritor peruano já era mestre de todas as faculdades da sua narrativa, pelo que este livro acaba por ser uma mostra da diversidade das paixões pessoais e colectivas.
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