O escritor espanhol, Paco Diago López, lançou-se nesta obra com vários propósitos, mas aquilo que dá mote ao livro é a perspectiva de encontrarmos uma história de proximidade, cumplicidade, e a forma como a casualidade dos encontros podem conduzir ao companheirismo e ao afecto. É nos apresentados a vida de quatro amigos, que se conhecem desde os tempos passados no orfanato e que fizeram o seu crescimento, evolução, juntos até ao fim da vida. As diferentes personalidades dos protagonistas: Paulino, Tito, Doro e Júlio complementam-se entre si, gerando uma tal força de união que a partir de um certo momento que nunca mais se poderão separar, mesmo a de Júlio cujo espírito e força vital continuam presentes, tocam, influenciam o mundo de eles, apesar da sua forma física já não estar ao lado dos seus amigos.
Estamos perante um livro muito bem escrito, não sendo de estranhar, nem alheio o facto de o autor ter já provas dadas como guionista e jornalista. Salienta-se, de sobremaneira, a envolvência que o autor faz projectar com esta obra e a mensagem que pretende transmitir: a dos valores. Os valores dos personagens são um canto à integridade humana, enaltecendo a sua responsabilidade daquilo que está à disposição e ao alcance, de cada um, para cumprirem e atingirem os objectivos a que se propõem. Todavia isto nunca é desgarrado as consequências de cada acção, os vasos comunicantes entre a liberdade individual, a constância de carácter e o verdadeiro sentimento de amizade.
Encontramos um enfoque muito grande na integridade pessoal, que é o componente base dos personagens que, com o esforço solidário vão adquirindo aquele valor e a força para abordarem situações, provações de uma forma complementar entre eles, as fraquezas de uns são as forças de outros, a timidez de um ultrapassada pelo atrevimento do outro, contribuindo sempre para a força do grupo, do todo. A responsabilidade surge-nos na obra, como referimos, interdependente da cumplicidade, eles conhecem muito bem cada um dos amigos, pelo que serão capazes de conseguir atingir as metas pessoais, mas o custo inerente a esse objectivo, tocando-nos e fazendo nos reflectir sobre o que é a verdadeira liberdade. E por fim, a constância, quaisquer obras não são o resultado de um dia de esforço, entusiasmo, sedução, mas da tenacidade contínua, num mundo para conseguir o que desejam têm de ter capacidade de sacrifício, de luta, sem nunca esmorecer.
O argumento em si mesmo é um álbum de recordações dos quatros personagens, desde crianças até à velhice, na qual, todas as contrariedades da vida deles, inicialmente enquanto crianças e depois homens, que se vão desenrolando pelo romance, e são enfrentadas em conjunto, em entreajuda, simbiose, solidariedade. É uma obra que emociona o leitor, a escrita flui de forma ágil e amena, discorrendo perante os nossos olhos essas quatro vidas; vidas, que apesar do que pudéssemos crer, são distintas mas unidas pelo eixo comum dos laços que envolvem os personagens e conclui com um final surpreendente. Escrever sobre relações sinceras é sempre uma tarefa difícil, mas Paço Lopez Diago demonstra o seu talento, fazendo-nos interessas por estes temas.
Uma história que reforça o valor das pessoas que merecem serem por nós queridas, estimadas. Mostra como decisões e acontecimentos comuns podem marcar decisões tão importantes e transversais para a própria vida, que há pessoas sem maldade neste mundo. Retiraríamos da obra duas ou três frases emblemáticas: “Doro observava, de igual modo o seu amigo, convencido que sabia interpretar cada gesto, cada palavra” ou quando se refere que cada homem livre é um escravo do amor.
Um livro para guardar no coração, que poderíamos encapsular nas palavras de Emily Dickinson: “Todo o meu património pessoal são os meus amigos”.
Estamos perante um livro muito bem escrito, não sendo de estranhar, nem alheio o facto de o autor ter já provas dadas como guionista e jornalista. Salienta-se, de sobremaneira, a envolvência que o autor faz projectar com esta obra e a mensagem que pretende transmitir: a dos valores. Os valores dos personagens são um canto à integridade humana, enaltecendo a sua responsabilidade daquilo que está à disposição e ao alcance, de cada um, para cumprirem e atingirem os objectivos a que se propõem. Todavia isto nunca é desgarrado as consequências de cada acção, os vasos comunicantes entre a liberdade individual, a constância de carácter e o verdadeiro sentimento de amizade.
Encontramos um enfoque muito grande na integridade pessoal, que é o componente base dos personagens que, com o esforço solidário vão adquirindo aquele valor e a força para abordarem situações, provações de uma forma complementar entre eles, as fraquezas de uns são as forças de outros, a timidez de um ultrapassada pelo atrevimento do outro, contribuindo sempre para a força do grupo, do todo. A responsabilidade surge-nos na obra, como referimos, interdependente da cumplicidade, eles conhecem muito bem cada um dos amigos, pelo que serão capazes de conseguir atingir as metas pessoais, mas o custo inerente a esse objectivo, tocando-nos e fazendo nos reflectir sobre o que é a verdadeira liberdade. E por fim, a constância, quaisquer obras não são o resultado de um dia de esforço, entusiasmo, sedução, mas da tenacidade contínua, num mundo para conseguir o que desejam têm de ter capacidade de sacrifício, de luta, sem nunca esmorecer.
O argumento em si mesmo é um álbum de recordações dos quatros personagens, desde crianças até à velhice, na qual, todas as contrariedades da vida deles, inicialmente enquanto crianças e depois homens, que se vão desenrolando pelo romance, e são enfrentadas em conjunto, em entreajuda, simbiose, solidariedade. É uma obra que emociona o leitor, a escrita flui de forma ágil e amena, discorrendo perante os nossos olhos essas quatro vidas; vidas, que apesar do que pudéssemos crer, são distintas mas unidas pelo eixo comum dos laços que envolvem os personagens e conclui com um final surpreendente. Escrever sobre relações sinceras é sempre uma tarefa difícil, mas Paço Lopez Diago demonstra o seu talento, fazendo-nos interessas por estes temas.
Uma história que reforça o valor das pessoas que merecem serem por nós queridas, estimadas. Mostra como decisões e acontecimentos comuns podem marcar decisões tão importantes e transversais para a própria vida, que há pessoas sem maldade neste mundo. Retiraríamos da obra duas ou três frases emblemáticas: “Doro observava, de igual modo o seu amigo, convencido que sabia interpretar cada gesto, cada palavra” ou quando se refere que cada homem livre é um escravo do amor.
Um livro para guardar no coração, que poderíamos encapsular nas palavras de Emily Dickinson: “Todo o meu património pessoal são os meus amigos”.
Autor: Paco Diago López
Editora: Alfabeto
Páginas: 256
Género: Romance
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