Ambrose Bierce é tão famoso pelas circunstâncias que envolveram a sua morte, como pela sua fatalista e amarga escrita. Para além de escritor e jornalista, Bierce era também um veterano da guerra civil Americana. Em 1913, após o seu divórcio e a morte de um dos seus filhos, ele partiu para o México para se encontrar com Pancho Villa e observar a revolução Mexicana em primeira mão.
Ele escreveu a um amigo dizendo:
“Adeus, se ouvires dizer que eu fui apanhado, encostado a uma parede Mexicana e fuzilado, quero que saibas que acho que essa é uma bela forma de partir deste mundo. Bastante melhor que morrer de velhice, doença ou cair das escadas de uma adega. Vou ser um Gringo no México – ah, e é eutanásia!”
Estas foram as suas últimas palavras, após o que desapareceu no México, não mais voltando a ser ouvido, alimentando uma enorme especulação sobre o seu destino, nomeadamente através do romance de Carlos Fuentes “O Velho Gringo”. Um fim apropriado para um autor cuja obra combina uma visão sombria da vida, com elementos de profundo mistério.
As histórias de Bierce sobre a guerra civil são pequenos contos de morte e destruição. Existe um conto que retrata muito bem a sua cínica visão do mundo – alguns de nós terão até visto a versão cinematográfica do mesmo - Incidente na Ponte de Owl Creek. Peyton Farquhar é um fazendeiro do sul capturado atrás das linhas da União quando esta numa missão de espionagem.
Quando a história começa, ele está em cima da Ponte Owl Creek com uma corda em volta do pescoço, pensando na mulher e nos filhos que não voltará a ver. Mas quando os soldados da União tentam enforcá-lo, o laço desfaz-se e ele escapa nadando para uma das margens. Iniciando aí uma dramática fuga que se estende por todo o país, até que finalmente chega a casa, e quando ele se aproxima da esposa, abrindo os braços para abraçar a mulher amada, a corda estica-se por completo… percebemos então que toda a fuga não era mais que um episódio imaginário, no seu descendente caminho para a morte.
Neste pequeno conto, o autor retrata a brutalidade da guerra, a futilidade da vida, e a amarga sagacidade que caracteriza a sua obra.
Ambrose Bierce não sendo para todos os gostos, era no entanto um excelente escritor e esta é uma boa amostra dos seus contos. Embora eu geralmente não aprecie pequenos contos, gosto bastante da escrita dele. Vale a pena ler esta colecção.
Ele escreveu a um amigo dizendo:
“Adeus, se ouvires dizer que eu fui apanhado, encostado a uma parede Mexicana e fuzilado, quero que saibas que acho que essa é uma bela forma de partir deste mundo. Bastante melhor que morrer de velhice, doença ou cair das escadas de uma adega. Vou ser um Gringo no México – ah, e é eutanásia!”
Estas foram as suas últimas palavras, após o que desapareceu no México, não mais voltando a ser ouvido, alimentando uma enorme especulação sobre o seu destino, nomeadamente através do romance de Carlos Fuentes “O Velho Gringo”. Um fim apropriado para um autor cuja obra combina uma visão sombria da vida, com elementos de profundo mistério.
As histórias de Bierce sobre a guerra civil são pequenos contos de morte e destruição. Existe um conto que retrata muito bem a sua cínica visão do mundo – alguns de nós terão até visto a versão cinematográfica do mesmo - Incidente na Ponte de Owl Creek. Peyton Farquhar é um fazendeiro do sul capturado atrás das linhas da União quando esta numa missão de espionagem.
Quando a história começa, ele está em cima da Ponte Owl Creek com uma corda em volta do pescoço, pensando na mulher e nos filhos que não voltará a ver. Mas quando os soldados da União tentam enforcá-lo, o laço desfaz-se e ele escapa nadando para uma das margens. Iniciando aí uma dramática fuga que se estende por todo o país, até que finalmente chega a casa, e quando ele se aproxima da esposa, abrindo os braços para abraçar a mulher amada, a corda estica-se por completo… percebemos então que toda a fuga não era mais que um episódio imaginário, no seu descendente caminho para a morte.
Neste pequeno conto, o autor retrata a brutalidade da guerra, a futilidade da vida, e a amarga sagacidade que caracteriza a sua obra.
Ambrose Bierce não sendo para todos os gostos, era no entanto um excelente escritor e esta é uma boa amostra dos seus contos. Embora eu geralmente não aprecie pequenos contos, gosto bastante da escrita dele. Vale a pena ler esta colecção.
Autor: Ambrose Bierce
Editora: Eucleia Editora
Páginas: 606
Género: Contos
Sem comentários:
Enviar um comentário