terça-feira, 31 de maio de 2011

Diário Sexual e Conjugal de Um Casal (Marta Crawford)

O mais recente livro da sexóloga Marta Crawford, Diário Sexual e Conjugal de um Casal, surgiu de uma provocação feita a um grupo de indivíduos para que registassem num blogue as suas experiências e dúvidas pessoais em relação à sua vivência sexual e conjugal.
Embora a experiência não tenho surtido o efeito pretendido, serviu como rampa de lançamento para a criação da família referenciada no livro, onde de forma descontraída e descomplexada expressa as suas dúvidas e incertezas.
Uma vez mais a conhecida psicóloga e sexóloga, Marta Crawford partilha connosco as suas ideias sobre relacionamentos, sexualidades, afectos, que considera ser saudáveis, e que devemos estar dispostos a construir em nossas vidas.
De uma forma simplesmente genial, a autora conta-nos a história de um casal fictício Joana e Miguel, convidando-nos a acompanhar durante um ano as suas convivências diárias, relatando-nos as suas fantasias, anseios, paixões, e como através da cumplicidade e entrega mutua descobrem um prazer inolvidável.
No Diário Sexual e Conjugal de um Casal, Marta ensina-nos também um conjunto de truques e jogos de sedução muitos simples, ao alcance de todos, e que segundo ela são a chave para criar e manter a cumplicidade entre o casal, e para reacender a paixão perdida, dando assim uma nova vertente ao livro, tornando-o numa espécie de manual sexual do casal.
Este é um livro escrito de uma forma bastante simples e concisa, que nos mostra o trabalho e a dinâmica por detrás das relações verdadeiramente satisfatórias. Um livro para todos aqueles que desejam verdadeiramente criar uma comunhão com o seu par. Um verdadeiro prazer de leitura.



Autor: Marta Crawford


Editora: Esfera dos Livros


Páginas: 248


Género: Vida Sexual

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Destaques Bertrand

No original "Four Past Midnight" de Stephen King junta quatro histórias. Em Portugal, a Bertrand Editora publicou-as em dois volumes: “Meia-Noite e Dois” lançado a 29 de Abril, e “Meia-Noite e Quatro” lançado a 20 de Maio.



Os dois últimos contos do livro Four Past Midnight:

No terceiro conto, um homem com um livro em atraso é perseguido por uma bibliotecária vinda do passado.

No quarto conto, a máquina fotográfica de um rapaz tira fotografias a um cão demoníaco, que se vai aproximando cada vez mais na imagem.

domingo, 29 de maio de 2011

Aurora Negra (L.J. Smith)

Com excepção do Hunter Redfern o líder dos vampiros e de Aradia, a donzela das bruxas, todos os personagens de Aurora Negra o novo livro da série Mundo da Noite são novos, Este livro conta-nos a história de Maggie Neely à procura do seu irmão Miles, entretanto desaparecido e de sua alma gémea, Delos, o príncipe vampiro.
Quando Miles desaparece numa viagem que fez com a sua namorada Sylvia, Maggie sente algo estranho em relação a Sylvia, e segue-a até ao apartamento desta, onde é drogada e capturada e feita uma escrava. Em conjunto com outros escravos humanos, é enviada para um lugar secreto, governado por impiedosos e famintos vampiros onde os escravos são usados como alimento para aplacar a sua insaciável sede por sangue humano.
Nesse lugar secreto Maggie encontra Aradia, a donzela de todas as bruxas e outros escravos que olham para ela como a sua profética Libertadora. Maggie tem então um estranho sonho, em que um bonito vampiro com olhos de ouro lhe aparece, e lhe diz para fugir. Incapaz de esquecer o sonho, ela fica atónita quando o vampiro do seu sonho a salva de um mutante que se tinha transformado num urso. O seu salvador é Delos, um descendente de Hunter Redfern e o príncipe daquele lugar.
Esta é uma história muito emocionante e imensamente comovente, a autora é excepcionalmente talentosa, acho muitíssimo interessante o facto de ela criar personagens masculinas frágeis, delicadas, muito vulneráveis, em contraponto com as personagens femininas, normalmente fortes, corajosas e independentes.
Este é um livro muito bem escrito, a saga continua excelente. Smith incorpora sentimentos reais em personagens verosímeis, gostei realmente da forma como eles integraram o poder de profetizar, na história. Fica em aberto a forma como todo o Mundo da Noite vai reagir à situação.
Na minha opinião, este é o melhor livro da série Mundo da Noite e tudo por causa de um enredo extraordinariamente bem construído e detalhado, e claro está de Maggie Neely. A autora dá-nos finalmente uma heroína que para além de corajosa e heróica, é credível, é uma pessoa real. Em segundo lugar existem também um conjunto de sub-enredos muito bem estruturados e com boa ligação entre si. Aguardo ansiosamente o próximo livro da série.
Um enredo fabuloso. Um de seus melhores livros. Eu recomendo vivamente a leitura deste livro.



Autor: L.J. Smith


Editora: Planeta


Páginas: 264


Género: Fantasia

sábado, 28 de maio de 2011

Os Contos Completos de Ambrose Bierce (Ambrose Bierce)

Ambrose Bierce é tão famoso pelas circunstâncias que envolveram a sua morte, como pela sua fatalista e amarga escrita. Para além de escritor e jornalista, Bierce era também um veterano da guerra civil Americana. Em 1913, após o seu divórcio e a morte de um dos seus filhos, ele partiu para o México para se encontrar com Pancho Villa e observar a revolução Mexicana em primeira mão.
Ele escreveu a um amigo dizendo:
“Adeus, se ouvires dizer que eu fui apanhado, encostado a uma parede Mexicana e fuzilado, quero que saibas que acho que essa é uma bela forma de partir deste mundo. Bastante melhor que morrer de velhice, doença ou cair das escadas de uma adega. Vou ser um Gringo no México – ah, e é eutanásia!”
Estas foram as suas últimas palavras, após o que desapareceu no México, não mais voltando a ser ouvido, alimentando uma enorme especulação sobre o seu destino, nomeadamente através do romance de Carlos Fuentes “O Velho Gringo”. Um fim apropriado para um autor cuja obra combina uma visão sombria da vida, com elementos de profundo mistério.
As histórias de Bierce sobre a guerra civil são pequenos contos de morte e destruição. Existe um conto que retrata muito bem a sua cínica visão do mundo – alguns de nós terão até visto a versão cinematográfica do mesmo - Incidente na Ponte de Owl Creek. Peyton Farquhar é um fazendeiro do sul capturado atrás das linhas da União quando esta numa missão de espionagem.
Quando a história começa, ele está em cima da Ponte Owl Creek com uma corda em volta do pescoço, pensando na mulher e nos filhos que não voltará a ver. Mas quando os soldados da União tentam enforcá-lo, o laço desfaz-se e ele escapa nadando para uma das margens. Iniciando aí uma dramática fuga que se estende por todo o país, até que finalmente chega a casa, e quando ele se aproxima da esposa, abrindo os braços para abraçar a mulher amada, a corda estica-se por completo… percebemos então que toda a fuga não era mais que um episódio imaginário, no seu descendente caminho para a morte.
Neste pequeno conto, o autor retrata a brutalidade da guerra, a futilidade da vida, e a amarga sagacidade que caracteriza a sua obra.
Ambrose Bierce não sendo para todos os gostos, era no entanto um excelente escritor e esta é uma boa amostra dos seus contos. Embora eu geralmente não aprecie pequenos contos, gosto bastante da escrita dele. Vale a pena ler esta colecção.



Autor: Ambrose Bierce


Editora: Eucleia Editora


Páginas: 606


Género: Contos

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Meu Nome é Victoria (Victoria Donda)

O livro O Meu Nome é Victoria relata-nos a dramática e comovente historia de uma mulher – Victoria Donda, activista dos direitos humanos, filha de prisioneiros políticos, nascida na prisão, a 1ª mulher a ser eleita deputada ao Congresso Nacional Argentino – que um dia descobre que toda a sua vida é uma mentira.
Este livro maravilhosamente escrito, transporta-nos aos lugares mais sórdidos da natureza humana. É um completíssimo relato feito na primeira pessoa, no qual a autora descreve pormenorizadamente como todo o seu mundo ruiu.
Da dificuldade em perceber quem são afinal os nossos, aqueles que nos amam, que cuidam de nós, à imensa dor, ao mais negro desespero, quando percebemos que eles são afinal, os algozes de nossa família, e de nós mesmos.
E como paulatinamente ela se empenhou compulsivamente na recuperação de sua verdadeira história, e de sua família. Reescrevendo ao mesmo tempo a historia e a vida de um país em reconciliação consigo mesmo.
Da infância e adolescência felizes, à mulher adulta, destruída e amargurada em busca de suas raízes e identidade, até à mulher pacificada e preenchida tudo nos é contado de forma nua e crua. Criando no leitor uma torrente desenfreada de emoções contraditórias.
Esta é uma história sobre um drama real e pungente dos nossos dias, na qual uma sobrevivente de um dos períodos mais negros da história Argentina, procura encontrar as pontas soltas de sua vida, de forma a recuperar a sua dignidade pessoal e de sua família, e prosseguir condignamente e em paz uma nova vida.




Autor: Victoria Donda


Editora: Bizâncio


Páginas: 224


Género: Biografia

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Destaques Chiado Editora

Aqui fica a lista dos títulos que a Chiado Editora lançou (ou ainda vai lançar) durante o mês de Maio.

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La Menina - Retrato de Dona Carlota Joaquina Nas Cartas Familiar (Alice Lázaro)

La Menina apela propositadamente ao quadro de Velásquez quando propõe ao leitor o reencontro com uma das figuras mais polémicas da nossa História, a partir da troca de cartas familiares entre as Cortes de Lisboa e Madrid, onde se dá a conhecer o dia-a-dia da jovem Carlota Joaquina. Com esta correspondência desvelam-se particularidades que anunciam já o temperamento vincado da futura rainha, na irrequietude do carácter e no castelhanismo da suta atitude. O mimo e o cuidado que rodeiam a pequena infanta na Corte de D. Maria I são também pretexto para divulgar os meandros onde ela se move, bem como a intriga velada que decorre das relações de bastidores, manejada pelos serviçais espanhóis da sua comitiva, enquanto agentes da política integrista de Carlos III e do despeito secreto de Maria Luísa de Parma. É também uma oportunidade de descobrir aspectos da vida privada da Corte de Lisboa na sua itinerância, festas e usos que surpreendem pelo gosto e pelo requinte discreto do seu quotidiano.

Não Basta Mudar as Moscas... (Jaime Ramos)

Não é um livro pessimista sobre Portugal nem mais um retrato masoquista dos portugueses. É um diagnóstico das fragilidades nacionais onde se valorizam as potencialidades do nosso País. Dentro de 25 anos podemos ser um dos povos mais pobresda UE. Se fizermos as escolhas correctas nada impede que sejamos um dos mais prósperos, em riqueza, e o melhor quanto a bem-estar. Podemos continuar a carregar o fado da tristeza colectiva, amargurados pela corrupção e pela mediocridade das elites, angustiados pelos resultados estatísticos comparados com outros países... Temos a obrigação de mudar o rumo e a política. Na nossa democracia não basta a alternância entre o pessoal dos principais partidos. Urge mudar a Política. Temos de discutir o regime, esgotado e restaurar a democracia, com partidos revitalizados, não aprisionados por aparelhos oportunistas. A saída da crise não se faz com pensamento único, promotor do totalitarismo democrático. Contra o nacional porreirismo do politicamente correcto, de rebanhos dóceis, impõe-se o debate político e ideológico. Sem melhores salários, mais emprego e maiores rendimentos não se melhora a qualidade de vida. A justiça social exige maior igualdade na distribuição da riqueza. O combate à estratificação social exige uma educação selectiva que promova as qualidades individuais. O objectivo da Política é a felicidade das pessoas.


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Beni - Um Italiano Em Moçambique (Mário Lopes)

Após a independência de Moçambique dois jovens vêem-se obrigados a procurar refúgio em Portugal. Durante a escala em Roma, Match recordou-se, com saudade, de uma amigo italiano. Também em fuga, e na terra de Beni, Match reviveu a história atribulada do seu amigo, fascista convicto, militar de Mussolini que fora aprisionado pelos ingleses na Abissínia durante a II Grande Guerra e que, posteriormente, fora deslocado para um campo de concentração na Rodésia do Norte, actual Zâmbia. Conseguira fugir da reclusão num comboio de transporte de cobre e, movido por circunstâncias trágicas que o afectaram emocionalmente, afiançava nunca mais abandonar Moçambique. Rejeitou a pátria e granjeou uma adoração especial pela terra que o recebeu de braços abertos. Em 1975, mais de três décadas se tinham passado desde o auto-degredo de Beni. Enquanto Match e a namorada debandavam, o amigo italiano, ao contrário da maioria dos brancos moçambicanos, decidira permanecer na região que tanto idolatrava, na recente e revolucionária República Popular de Moçambique. Alguns anos depois de residir em Lisboa, Match obtém notícias de Beni. Uma história que finalmente é relatada, com rasgos de ficção,idêntica a milhares de outras, já esquecidas, das colónias portuguesas.

De Taberneiro a Engenheiro (António Santos Ferreira)

Era uma vez um modesto e pacato jovem que, ao passear pelos 9 anos de idade, foi contaminado por "genético virus" que lhe entrgou as chaves para abrir as portas da escola da vida pelo lado de dentro da Taberna dos pais.
Com distanciamento temporal, foi-lhe possível refazer o olhar priviligiado sobre a Taberna que era considerada como um verdadeiro ícone numa aldeia rural da Beira Alta plantada nas faldas da Serra da Estrela e, a partir dela, com a sua inigualável experiência, oferecer aos leitores uma viagem através das memórias da Taberna dos anos 40 a 60.
O êxito dessa Taberna era mostrado pela excelência do vinho, sabor dos petiscos, disponibilidade para ceder espaços de actividade cultural, para práticas de Lazer e ainda pela forte empatia exposta no atendimento. Tais ingredientes, eram cúmplices por vasta afluência, que diariamente desejava ficar de barriga cheia, a caminho do "empanzinamento"...


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Os Empreendedores Não Caem do Céu (António Inácio Gomes)

A coragem é algo inato ou pode ser uma competência a desenvolver? A verdade é que culturalmente somos criados e preparados para ter medo. Da nossa natureza animal, que utiliza o medo como um mecanismo natural de defesa, às intimidações parentais que usam e abusam do "bicho-papão" e personagens afins, o medo é um denominador comum na nossa existência. No entanto, na idade adulta é-nos exigido algo contra natura e antagónico à nossa formação: audácia!

Este é um ensaio que resulta da tentativa de explorar os fundamentos da coragem, priveligiando uma interpretação mais pragmática e menos teórico-conceptual. Fala-se de coragem e empreendorismo, abordando desde temas de interesse geral à análise de factos históricos e várias situações vivenciadas pelo autor descritas em exemplos práticos. Ser empreendedor não depende da formação dessa disciplina na escola, mas sim da capacidade do meio social passar valores, princípios e confiança às suas crianças e jovens, ao invés de incutir o medo e o pavor de arriscar quando chega a altura de ganharem a sua independência.

Em países nórdicos, contrapondo o exemplo latino-ibérico, os jovens a partir dos dezoito anos sentem-se envergonhados ao terem de pedir dinheiro aos pais para lazer, é costume aproveitarem as férias para trabalharem. Em Portugal, por outro lado, confunde-se cada vez mais esta relação de dependência financeira como um estado de permanente dívida dos progenitores para com os filhos.

Este livro pretende, modestamente, ser uma fonte de inspiração para a mudança, para o contrariar desta passividade, tenta contribuir para uma nova forma de olhar a vida, de dar um empurrão positivo para que se crie, para que se acredite nas ideias e para que, principalmente, se ponham em prática planos de negócio. O autor baseia-se em várias experiências que vão desde a sua actividade como executivo de topo em empresas multinacionais, até ao voluntariado que exerce no programa "Vida Nova" visando a reinserção social de indivíduos "sem abrigo".

A Républica - A Promessa Não Cumprida (José M. Magalhães)

A República - a Promessa não Cumprida, é um mergulho no tempo, aos horizontes da nossa memória colectiva, em busca de explicações possíveis que ajudem a compreender aquela sensação de inevitabilidade de um país sucessivamente adiado. É também um grito de inconformismo, de revolta contra o estado deplorável a que chegou a III Républica, pela crise moral, pelo abalo dos seus valores e falta de vergonha. É ainda, um alerta para a necessidade de mudança ou refundação do regime.


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Até Sempre Sr. Doutor (Helder Trindade)

No momento em que o Seviço Nacional de Saúde está a ser fortemente questionado na sua sustentabilidade, este romance descreve a vida de um médico que um dia virou as costas à profissão. Raul, assistiu à ascenção do Serviço Nacional de Saúde, viveu os ideais da medicina na periferia e nos grandes centros e um dia foi viver para uma aldeia piscatória. O que terá feito Raul virar as costas ao grande Hospital e ir viver com os homens do mar?

Deus Não É Para Aqui Chamado (Licínio Nunes)

Um missionário evangélico americano recebe um chamamento Divino, para partir para Espanha e aí salvar os jovens perdidos no flagelo da droga. Armado com as suas certezas inabaláveis, os obstáculos transformam-se em vantagens e as ameaças em oportunidades. A obra nasce, o juízo Divino mantém-se em suspenso.

Os destinatários da salvação, esses buscam a esperança e encontram o esquecimento. O Mundo já não existe para eles, pois já não o conhecem. E as outras pessoas, nesse tal Mundo? Essas, muito provavelmente, dormem melhor, à noite. Quando chegar a sua vez, já niguém falará por elas.


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Era Uma Vez Um Cervo (Anabela Pinto)

F. é uma mulher solteira, independente e tem um grupo de amigas. Um dia, num café, vê um cervo do outro lado do passeio; ninguém mais o vê. A partir deste momento, F. vê a sua vida alterada, os seus trabalhos editoriais atrasados; a sua vida sofre profundas alterações. A partir desse momento adquire qualidade próprias dos animais e sente o que nunca tinha sentido antes. Quando decide procurar um médico, descobre que este conhece bem a sua história e dá-lhe a conhecer o seu destino enquanto última depositária de um mistério que durava há dois séculos. No final, a sua comunhão com a natureza é total, sofrendo todas as transformações físicas necessárias para a simbiose perfeita.

Antropologia Filosófica (Roberto Conceição)

Esta obra aborda as condicionantes da acção humana que desfazem a crença na liberdade incondicional do ser humano como nos faziam crer os existencialismos libertatários, mas uma existência com compromissos, deveres,laços e crenças. Aborda também a problematização da Paz Perpétua de Kant como percursora da globalização, e as relações entre desejos individuais e do dever, relação entre estados e caminho a tingir pelo ser humano até à maioridade.

Faz um resumo dos mestres do passado como o cartesianismo, o hegelianismo e a teodiceia Cristã desde o dualismo: cidade de deus - cidade terrena; circularidade na história, ou seja, todos os impérios nascem, vivem, entram em queda e morrem de Paulo Osório que coincide com a visão de Heinneman. Aborda também Hegel e a dialéctica do senhor e do escravo. Faz ainda uma análise do behaviorismo e do cognitivismo e também uma síntese e compreensão de Hussert e Heidegger.

Por fim faz uma análise da sociedade dos nossos dias, como sendo egoísta, vide homo malignus de Jacob, pragmática, acomodada, a sociedade máscara, onde se tem que esconder os problemas e a aparentar felicidade. Sociedade Consumista. Como conclusão apresenta uma ideia nova: uma Economia Simbólica em que os símbolos infinitos permitiram uma maior riqueza dos estados pobres e ricos.


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Reminiscências De Olvído (Cláudio Carneiro)

Reminiscências de Olvido foram escritas para dar a conhecer aos vindouros o que, nos anos trinta, quarenta e cinquenta do século XX, era a vida pelas aldeiras de Trás-os-Montes e Alto Douro; a utilidade dos animais domésticos nos trabalhos da lavoura, pois não havia máquinas motorizadas, cujos utensílios de trabalho, além da charrua, eram os do tempo de Jesus. Olvido, aqui, é o autor desta obra e Reminiscências são os dezassete episódios que constituem o livro.

Reminiscências denunciam as promessas feitas e não cumpridas pelo politiquismo soez, baixo e sujo, mas que ganha bem, enquanto o Povo, para sobreviver, se obriga a vender a sua força de trabalho ao estrangeiro como escravo. Olvido, em viagens maravilhosas e movimentadas, mostra paisagens de sonho, inebriantes, desta nossa Pátria pequena, simples,rústica e pastoril, que os antigos nos legaram.Como escreveu o poeta Tomás Ribeiro: Jardim da Europa à beira-mar plantado.

A Letter to the President of the U.S. (Rachid Acim & Maria do Céu Pires Costa)

"What I found most striking in this dialogue of the poets - besides the quality of imagery and language used - is the interaction, sometimes subtle sometimes overt, between Rachid and Maria do Céu. They interact as to the themes dealt with in the poems, some of them born in a stimulus - response fashion, continuously inspiring each other's views and emotions towards the human factor and their circumstances - their glories and miseries - and aspiring to a longed-for "Relief" or a "World Player" to be said by everyone and longing to be aswered!
A. Gaspar Chair to APPI - Associalção Portuguesa de Professores de Inglês"

"From his poetic rough drafts, his tendency to reflect on his thoughts and reconsider them, his habit to look at things with a bird's-eye view, dwelling on his transcendent Sufi spirit and his ability to read, R. Acim had acquired a special style peculiar to him, hence marking a new trend in the genre of poetry wherein the true and the beautiful do converge in utter beauty and harmony."
M. Do Céu Pires Costa

"Maria do Céu Pires Costa had poetry as a springboard for motivating students, enhancing their taste for reading and expressing their feelings and emotions through poetry. She cherished lessons of imparting to her students the beauty amd mysteries of poetic experiences. The poems compiled for this collection portray different moments in her life... all of them spontaneous, heartfelt echoes blessed by God".
R. Acim


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Vila Flor (Abílio Aires)

Da Ave Que Emigrou! Não pareço o que sou, Nem sou o que pareço, Sou ave que emigrou, Já nem a mim me conheço. Quando penso que sou um, Logo num instante outro sou, Por pouco não sou nenhum, Sou o pouco que ficou. Sou o que esta sociedade, Aos poucos me transformou, Para dizer a verdade. Não sei mesmo o que sou, Sou resto de saudade, Da ave que emigrou!

52 Quase Poemas (António B. Coutinho)

À volta de 52 semanas giram 52 poemas. Tome 1 por semana, Receita para males, De espiríto, do coração, Fraqueza, desilusão,apatia. Vai ver que a sua vida agradece, com um ano cheio de poesia...


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Retalhos Romanescos das Nossas Aldeias Raianas da Beira Baixa (Emílio Magro Martins)

Na vida há sempre um antes e um depois. E entre eles existe uma quebra - feliz ou infeliz. Estas são cinco histórias, com uma raíz que nos pode ser familiar, acrescentadas de ficção por vezes poética, com o fim de criar ritmos mais agradáveis e proporcionar ao leitor o desejo de nelas se perder e conhecer o seu fim.

A Menina do Tennessee (Sara Martins)

Estados Unidos da América - Anos 60 - Ursula é uma simples rapariga a viver numa pequena cidade do Texas. Para além do carinho da tia, ela encontra o prazer da alegria e algo mais com o primo Tommy, sempre que os visita no Tenessee. Com o passar do tempo ambos descobrem um sentimento intrigante, que supostamente nao deveriam sentir um pelo outro. O facto é que não o podem assumir e dolorosamente tentam abstrair-se dele. Mas estaria o destino a ser assim tão cruel com eles? Quando Ursula descobre um segredo que poderá mudar tudo, a esperança renasce. A realidade já nao é a mesma.

Mas as circunstâncias que a levaram a descobrir uma verdade escondida à muito tempo trazem tambem consequências. Rodeada sempre por quem a poderia amar, Ursula nao consegue esquecer o seu amor por Tommy. O tempo vai passando. Só uma mudança na sua vida poderá trazer-lhe a esperança de ser feliz, mesmo sem ele. Dividida entre o seu amor por Tommy e a tristeza que a revelação lhe poderia causar, Ursula decide deixar tudo para trás e atravessar parte dos Estados Unidos para esquecê-lo. Em Miami conhece e vive o glamour e a magia da época. Quando menos esperava, o destino mostra-lhe que guardara a bonança depois da tempestade. Afinal também ela tinha uma verdade a ser-lhe revelada.

"O que é nosso a nós retorna", já dizia o ditado.


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Maria A Idade da Adolescência (Carla Pais)

Uma história baseada em factos veridicos, que conta o percurso de uma jovem adolescente, nascida numa aldeia rodeada de pessoas humildes, que em nada estariam preparados para adivinhar a traição de um crescimento conturbado. Maria, uma excelente aluna, que aos seis anos passa pela amarga experiencia de ser molestada, vive a vergonha e o trauma adquiridos por esta prática, levando-a a enverdar por caminhos sinuosos e dramáticos, entre eles a anorexia e toxicodependência, com apenas quinze anos. Os pais de Maria, alheios a toda esta realidade, são arrastados para um mundo desconhecido. O mundo da adolescência para o qual nao estariam preparados. Este livro relata momentos angústiantes e marcantes na vida de uma adolescente, que viaja entre duas vidas paralelas, utilizando a mentira como aliada para esconder, até ao fim, todo o seu sofrimento, ao mesmo tempo que vai deixando sinais de desequilibrio. Sinais esses que só o seu anjo da guarda perceberá, acabando por salvá-la de um final trágico.

ComSentidos (Maria João Veiga)

Cores, sons, cheiros, paladares e texturas - é a percepção que, através dos nossos cinco sentidos, temos do mundo que nos rodeia. ComSentidos é o relato da viagem através desse universo, ao qual se junta, afinal, um sexto sentido - a intuição.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Beijo da Meia-Noite (Lara Adrian)

Após testemunhar um brutal ataque de vampiros Renegados à porta de um clube nocturno, Gabrielle Maxwell mergulha numa terrível guerra desconhecida da maioria dos seres humanos. Uma guerra em os guerreiros da Raça lutam para manter o mundo livre dos vampiros que sucumbiram à tentação do sangue e se tornaram Renegados. Mal sabe ela que este mundo, onde já tinha estado anteriormente, desta vez não mais a deixará sair.
Os vampiros de Lara Adrian são descendentes de extraterrestres que se despenharam na terra há séculos atrás. Os extraterrestres originais eram predadores vorazes, que foram exterminados por seus próprios filhos. Mas uma parte do monstro original ainda se esconde nos seus genes, e os vampiros lutam contra um enorme desejo de sangue, que os conduzirá à morte através dos guerreiros da Raça, caso sucumbam a essa tentação.
O Beijo da Meia-Noite, o primeiro Volume da saga "Raça da Meia-Noite”, conduz-nos a este mundo pelo olhar de Gabrielle Maxwell e Lucan Thorne. Gabrielle desconhece que é uma reprodutora da Raça - uma fêmea humana geneticamente compatível com a Raça (todas as crianças vampiro são do sexo masculino). Lucan Thorne é um Gen 1, (a primeira geração de descendentes dos extraterrestres que iniciaram o extermínio seus pais), um guerreiro da Raça que luta arduamente contra os vampiros renegados. Mas isso não impediu a sua atracção por Gabrielle, mesmo sentindo que ela emparelharia melhor com outro vampiro.
Gostei muito desta história. Talvez porque iniciei a leitura com a expectativa de ser impressionada. Em vez disso dei por mim ansiando por mais, querendo rapidamente saber o que viria a seguir. O enredo move-se a um ritmo muito bom, as personagens estão muito bem construídas e são credíveis. Acabei o livro, muito bem-disposta, ansiando por mais, desejando iniciar a leitura do segundo livro da serie imediatamente.
Em O Beijo da Meia-Noite, Lara Adrian criou um mundo extraordinário, muito bem elaborado e pensado. Há uma serie de detalhes muito agradáveis, que embora não fazendo parte do enredo principal, conferem uma maior realidade à história. Por exemplo, gosto da natureza hierárquica e animalesca dos vampiros, ilustrada na primazia dada a Lucan por Dante durante a alimentação.
Desde o inicio que eu acreditava no relacionamento entre Gabrielle e Lucas, e adorei a forma como ele se desenvolveu, e como Gabrielle foi transportada para o mundo da Raça. As cenas de amor entre eles são tórridas.
Este é um inicio fantástico para uma nova série de fantasia sobre vampiros urbanos. Eu acho que se as histórias continuarem assim tão boas, dentro em breve, qualquer comparação entre Lara Adrian e os outros será mera coincidência. Eu estou viciada.





Autor: Lara Adrian


Editora: Quinta Essência


Páginas: 386


Género: Fantasia

terça-feira, 24 de maio de 2011

Lisboa, um Melodrama (Leopoldo Brizuela)

Doze anos depois do estrondoso sucesso da novela Inglaterra, Leopoldo Brizuela vencedor do prémio Clarín e Municipal, regressa com um grande romance que acontece numa noite lisboeta em Novembro de 1942, onde se cruzam amor, política e música. Desta vez Brizuela arrisca uma nova peça para um velho dilema: um romance não serve para mudar o mundo, mas serve para se mudar a si mesmo.
Em primeiro lugar tenho de referir que Leopoldo Brizuela surpreende! O livro Lisboa, Um Melodrama é realmente um melodrama, e apesar da sua homenagem ao cinema dos anos 40, o livro é decididamente moderno na sua concepção e execução. Cheio de sentimentos, emoções e paixões, melodramático, ao autor é pródigo em criar climas de intercâmbio entre as personagens intensamente atraentes.
Lisboa, um melodrama tem a precisão arquitectónica de uma ambiciosa peça de teatro musical. Uma pura ficção de personagens reais e vibrantes com a cadência sentimental e melancólica do fado e do tango.
Neste romance a ficção e a realidade sobrepõem-se. Os tempos incertos e turbulentos da II Guerra Mundial com Lisboa como pano de fundo servem de motivação para a sua emoção, estrutura hábil e prosa extremamente cuidada, cheia de nostalgias, vicissitudes, paixões e ansiedades, e sobretudo, os segredos de uma galeria de personagens variadas.
O trabalho de pesquisa deste autor foi extenso e dei por mim a pesquisar na Internet vários pormenores e referências, com que Brizuela nos vai brindando ao longo do livro. A fusão entre as personagens reais e fictícias é assombrosa, e atrevo-me a dizer que a sua integração no romance foi habilmente conseguida como parte de um conjunto de intrigas, confissões e tragédia épica.
Não posso dizer que tenha gostado tanto de Inglaterra como gostei de Lisboa, um Melodrama, mas o retrato do privado e do político, e a ideia da neutralidade (estatuto que tinham Portugal e Argentina) e de que modo podemos ser neutrais na vida intrigou-me.
Leopoldo Brizuela altera a história para dizer o que quer. Em todo o caso nota-se que o autor trabalha com a imagem que a gente tinha dessa época e usa-a para intuitivamente aproximá-la da verdade histórica.
Não posso também de deixar de salientar que a tradução das Edições Dom Quixote está excelente, tendo em consideração que eles publicaram um livro com diferença de um ano para o original.
Recomendo vivamente a todos os que gostaram dos livros anteriores do autor ou de qualquer um que aprecie um bom romance inteligente onde cruzam amor, política e música. Da minha parte resta-me aguardar ansiosamente pelo próximo romance de Leopoldo Brizuela. É sem duvida um escritor que nos faz pensar e passar bons momentos, ao mesmo tempo que aprendemos que a realidade e ficção também se misturam.




Autor: Alexandra Bullen


Editora: Dom Quixote


Páginas: 728


Género: Romance

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Desejo (Alexandra Bullen)

Desta vez a minha análise vira-se atentamente para o livro O Desejo de Alexandra Bullen.
A vida nem sempre foi um mar de rosas para a jovem Alexandra que, antes de figurar sob as luzes da ribalta como uma das melhores dramaturgas da sua geração, trabalhou como empregada de mesa, de bar, jardineira, leitora de argumentos, instrutora de yoga e assistente pessoal. Alexandra é uma norte-americana de “gema” e estudou em Nova Iorque na famosa universidade NYU (New York University).
Este livro marca a sua estreia no plano literário internacional e, segundo outros críticos, foi arrebatadora.
O aspecto do livro é um pouco ‘’cinzento’’. Nele podemos ver uma jovem e bonita rapariga vestida com um lindo vestido violeta (não esquecer!), com um ar de impotência e tristeza bem assente. As cores despegadas de vida da capa reflectem perfeitamente o tipo de história que o grafismo representa.
O argumento é suportado por duas pedras basilares, Olivia e Violet. Olivia Larsen vive desolada porque a sua irmã Violet faleceu. Na minha opinião, a autora aproveitou muito bem esta situação inicial para fazer uma precoce tomada de posição emocional sobre o desenrolar da história. As emoções de Olivia são eximiamente exploradas, talvez um pouco “ad nauseam”, mas torna-se até aceitável tendo em conta que os alicerces emocionais do enredo tinham que ser bem fundados.
Já perdeu alguém próximo e que lhe dizia bastante? A provável resposta é SIM! Se já perdeu alguém próximo encontra-se na posição de Olivia na acção. Como qualquer pessoa que sente a falta de alguém, Olivia desespera e a sua mente planta-lhe constantemente jogos viciados na sua cabeça. Viciados porquê? Porque mesmo que Olivia esteja à altura das expectativas nada vai mudar o facto de a sua irmã estar morta, e ela nada pode fazer quanto a isso. Quem nunca esteve na mesma situação? Podemos sentir a tristeza enraizada profundamente no coração de Olivia, tamanha é o cunho de subtileza e elaboração imprimido pela autora.
Olivia anda “perdida” no mundo desde que o trágico destino “levou” a sua irmã. Uma das suas incursões levam-na acidentalmente até uma costureira que diz possuir um vestido mágico, e que realiza um desejo a quem o ousar vestir. Olivia como qualquer pessoa que acabou de sofrer uma trágica perda está céptica, e em certa medida desiludida com o mundo que a rodeia, numa postura muito “down to earth”. Apesar disso decide então vestir o traje e pede a única coisa que tanto desejava, o regresso de Violet. Nesta parte a autora decide por em causa todos os valores morais do Homem. Será que alguém no lugar de Oliva não teria pedido outra coisa? A questão fica no ar, num tom muito pertinente e crítico pelo qual a autora não teve qualquer cerimónia de enveredar.
Apesar da descrença inicial de Olivia, Violet regressa e Olivia ganha uma segunda oportunidade para ser feliz. Mas nem tudo é como Olivia espera, e Violet sabendo do poder dos vestidos insiste que Olivia a leve ao encontro da costureira para que possa aceder a mais vestidos, e consequentemente mais desejos. Mais uma brilhante incursão moral da autora que mostra que uma simples pessoa com um simples e honroso desejo pode ser manipulada por uma terceira pessoa com interesses não tão puros. Afinal não é isto que acontece diariamente à nossa volta?
Mas Olivia depressa descobre que a magia não resolve tudo, e que para sermos felizes temos que nos chegar à frente e desafiar todos os obstáculos que nos são impostos.
“Quando a oferta é muita o pobre desconfia”, avisa o adágio mas neste caso depois da desconfiança inicial passei a confiar, quase cegamente, no talento de Alexandra. Com uma confiança e uma maturidade literária inabalável, Alexandra guia-nos por um mundo de fantasia, amor, escuridão e por fim redenção.
Todos nós temos profundos desejos que gostaríamos de ver realizados… Mas será que se a oportunidade nos fosse facultada, nós a agarraríamos com unhas e dentes e iríamos adiante sem sermos corrompidos por uma mundo cada vez mais materialista e emocionalmente despegado?





Autor: Alexandra Bullen


Editora: Planeta Manuscrito


Páginas: 272


Género: Romance

Destaques Bizâncio

Aqui fica a lista dos títulos que a Bizâncio lançou (ou ainda vai lançar) durante o mês de Maio.



Os Filhos da Droga (Christiane F.)

"Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituta…"

Este testemunho impressionante tem tido um impacto imenso por todo o mundo desde que foi publicado pela primeira vez. O relato desta adolescente sensível e inteligente, que menos de dois anos após ter fumado o seu primeiro «charro» se prostitui depois das aulas para pagar a sua dose diária de heroína, e o pungente testemunho da sua mãe fazem de Os Filhos da Droga um livro sem paralelo. Estas páginas ensinam-nos muito, não apenas sobre a droga e o desespero, mas também sobre a deterioração do mundo de hoje.



A Física do Futuro (Michio Kaku)

Em A Física do Futuro, Michio Kaku apresenta-nos uma esmagadora, apaixonante e provocadora visão do século que aí vem, com base nas entrevistas feitas a mais de trezentos cientistas que, neste momento, já estão a inventar o futuro nos seus laboratórios. O resultado é uma descrição plena de rigor científico sobre os desenvolvimentos que poderemos esperar na medicina, na informática, na inteligência artificial, na nanotecnologia, na produção de energia, etc. Em 2100, possivelmente, controlaremos os computadores com pequenos sensores no nosso cérebro e, como os mágicos, deslocaremos os objectos à nossa volta com o poder da mente.

As nossas casas inundadas de inteligência artificial e as nossas lentes de contacto com Internet permitir-nos-ão aceder a toda a informação que queiramos, à escala mundial, e ficar na presença de quem desejarmos num piscar de olhos. Os automóveis conduzir-se-ão sozinhos, com GPS, deslocando-se em almofadas de ar, sobre campos magnéticos. Através da medicina molecular os cientistas poderão criar qualquer órgão do corpo humano e curar doenças genéticas. Milhões de pequenos sensores de ADN, e nanopartículas, patrulharão as nossas células sanguíneas procurando detectar os primeiros sinais de doença, e os avanços genéticos permitir-nos-ão abrandar ou mesmo reverter o processo de envelhecimento. A esperança média de vida alargar-se-á espantosamente. Naves espaciais usarão a propulsão a laser, e talvez seja até possível apanhar o elevador espacial, carregar no botão «para cima» e fazer uma visita ao espaço, depois de, em minutos, percorrer milhares de quilómetros.

Porém, estas espantosas revelações são apenas a ponta do iceberg. Kaku fala-nos dos robôs que exprimem emoções, de visão de raio X, de foguetões de antimatéria e da capacidade de criarmos novas formas de vida. Aborda também o desenvolvimento da economia mundial e coloca algumas questões: quem serão, no futuro, os vencedores e os derrotados? Quem terá emprego? Que nações prosperarão? Simultaneamente, Michio Kaku explica-nos os rigorosos princípios científicos que estão subjacentes a estes progressos, qual a taxa provável a que progredirá esta ou aquela tecnologia, quão longe chegará, quais as limitações e obstáculos que terá de ultrapassar. Uma visão apaixonante, devidamente fundamentada, dos anos que nos esperam até 2100. A Física do Futuro é uma odisseia plena de desafios sobre os próximos cem anos e a sua emocionante revolução científica.




Webcedário (ABC Dário)

Em frases doces e poéticas, fortes e bombásticas, amigas e em rede, ou curtas e directas, é às letras de todos os tipos, de todos os estilos, de todos os alfabetos, e aos seus amigos números, que este livro é dedicado. Letra por letra!

domingo, 22 de maio de 2011

Viagem Extraordinária nas Terras do Conde Drácula – Vol. I (Arthur Ténor)

A leitura de Viagem Extraordinária nas Terras do Conde Drácula Vol. I foi extremamente agradável para mim. Esta divertidíssima história, está escrita de uma forma que agarra o leitor e o transporta para dentro da própria aventura. O leitor é convidado a emergir no fabuloso mundo do escritor.
Com uma trama, um enredo e umas personagens muito bem construídas, bastou a leitura de apenas algumas páginas para rapidamente ser sugada para dentro da história. O autor usa uma narrativa tão elaborada e criativa que nos permite um lugar na fila da frente, mesmo lá junto a acção.
No livro, Thédric Tibert o nosso (meio élfico) herói, em consequência de uma aventura anterior, é enviado numa missão de salvamento aos Cárpatos, a terra de Vlad III o imaginário e famoso conde Drácula. E é desta forma que o élfico Thédric inicia a caça ao vampiro, confrontando-se directamente com a morte, na difícil missão de salvar a jovem.
Com muitas cenas de acção e passagens cheias de adrenalina, o nosso protagonista dá conta do recado como herói carismático, inteligente e cheio de humor criando óptimas cenas de suspense.
Viagem Extraordinária nas Terras do Conde Drácula é um livro repleto de aventura, emoção e acção com um ritmo bem acelerado. Ideal para a uma plateia jovem ou para aqueles que querem ‘viajar’, sem compromisso, por um fantástico mundo, proporcionando excelentes momentos de leitura.



Autor: Arthur Ténor


Editora: Europa-América


Páginas: 136


Género: Fantasia

Destaques Civilização

E as restantes novidades deste mês, pensadas para e sobre um público mais novo.


iiiiiii

Timeriders (Alex Scarrow)

Liam O’Connor deveria ter morrido no mar em 1912. Maddy Carter deveria ter morrido num avião em 2010. Sal Vikram deveria ter morrido num incêndio em 2026. No entanto, momentos antes da morte, alguém aparece misteriosamente e diz: “Pega na minha mão.” Mas Liam, Maddy e Sal não são salvos. São recrutados por uma agência secreta, cujo único propósito é resolver problemas na história. Porque existem viagens no tempo, e há quem queira voltar atrás para mudar o passado. É por isso que existem os Timeriders: para nos proteger. E para evitar que as viagens no tempo destruam o mundo. No primeiro livro desta série, a equipa acabada de recrutar é lançada numa aventura mesmo antes de acabar o seu treino. Paul Kramer, um físico brilhante do futuro, tem planos para alterar o passado – para conduzir a Alemanha nazi à vitória contra os Aliados e para assegurar um Reich Mundial sob o seu domínio […].

Fuga da Prisão - Cachorros Espiões (Andew Cope)

Batata: É trapalhão e tudo lhe acontece – mas é bom com engenhocas Estrela: superesperta e pronta a atacar...São os Cachorros Espiões, seguidores fiéis das pegadas da mãe LISA (Licenciada para Salvamento e Ataque). O Batata e a Estrela estão numa missão muito arriscada para salvar a Lisa do malvado Chefão! Ele esteve na prisão a conjecturar a vingança e, a não ser que os cachorros o consigam impedir, a Lisa corre perigo de vida. Será que os Cachorros Espiões serão capazes de entrar em acção e de cumprir a missão, salvando a própria mãe?



iiiiiii

Daizy Estrela (Cathy Cassidy)

Conhece a extraordinária Daizy Estrela. Ela é fixe e divertida e o sexto ano não pode correr melhor com as suas inseparáveis amigas Willow e Beth. Mas o Pai engendra um plano louco que lhe vai virar a vida do avesso, e Daizy fica tão aterrorizada que nem consegue contar a ninguém… quando se dá conta, já está presa numa rede de segredos. Será que Daizy vai perceber que quando parece afundar-se, a família e os amigos estão lá para a ajudar?

Bat-Cuecas (Jeremy Strong)

A Bat-Cuecas, um orangotango fêmea, é muito peluda e completamente louca. Adora saltar de árvore em árvore e também adora tarte de maçã. Mas, acima de tudo, adora a família, os Amores, e todas as aventuras divertidas que vivem juntos. Ema Amores, a mãe, trabalha como dupla de cinema e toda a família vai assistir às filmagens. Mas alguém preparou um plano maquiaveeeeeélico e as coisas poderão dar para o torto… será a Bat-Cuecas capaz de salvar a situação?


iiiiiii

Grandes Bigodes… e Outra História (António Torrado - Autor e Carla Manso - Ilustradora)

Grandes Bigodes conta a história de um senhor muito bem-posto, muito elegante e muito direito que muito se orgulha dos seus enormes bigodes. Um dia alguém lhe diz que tem uma ponta maior do que a outra e é então que tudo se modifica. A outra história é um verso que conta a epopeia de uma aranha que consegue escapar de sete, setenta, setecentos, sete mi…. Muitos, muitos alfaiates.

Piii! Piii! (Toca, Bebé)

Um livro de formato grande adequado a mãozinhas pequenas. Páginas muito coloridas repletas de actividades lúdicas para os mais pequeninos, que iniciam a aprendizagem das texturas, das cores, das formas e dos veículos.


iiiiiii

Livro das Abas (Toca, Bebé)

Um livro de formato grande adequado a mãozinhas pequenas. Páginas muito coloridas repletas de actividades lúdicas para os mais pequeninos, com abas, papel brilhante e texturas.

Vê se adivinhas 2 (Eunice Rosado - Ilustradora)

Depois do sucesso e, um segundo livro com novas adivinhas populares para as crianças se divertirem e aprenderem. Das mais populares e conhecidas até outras que exigem mais atenção, todas elas são ilustradas com “pistas” de resolução.



iiiiiii

Flores (Mark Welford e Stephen Wicks)

Ideias simples para decorar com flores do jardim e da florista. Descubra as melhores combinações de flores, faça experiências com formas e texturas contrastantes e escolha a jarra perfeita para os seus arranjos.

Siga instruções claras, passo a passo, para fazer um pequeno bouquet, um botão de lapela para um casamento e para trabalhar com espuma floral […].

Diabetes: o livro de cozinha (Fiona Hunter)

Com este livro, comer pode continuar a ser um dos melhores prazeres da vida, assim como a parte mais importante do seu tratamento para a Diabetes. São mais de 220 receitas de pequenos-almoços, almoços e jantares saudáveis. A autora, Fiona Hunter, é uma nutricionista com mais de 25 anos de experiência e Heather Whinney é famosa pelas suas receitas simples mas criativas.


iiiiiii

Cozinha Japonesa com Harumi (Harumi Kurihara)

Em Cozinha Japonesa com Harumi, a mais conhecida autora de livros de culinária do Japão, Harumi Kurihara, selecciona os seus pratos preferidos e apresenta mais de 60 receitas caseiras que pode fazer para a família e os amigos. Harumi pretende que todos sejam capazes de confeccionar as suas receitas e mostra como é fácil cozinhar comida japonesa no dia-a-dia, sem ser preciso fazer compras em lojas especializadas. Usando muitos dos seus ingredientes favoritos, Harumi apresenta receitas para sopas, entradas, snacks, festas, pratos principais e encontros familiares que são rápidas e simples de preparar, numa abordagem despretensiosa a um tipo de comida e vida elegante [...].

Conservas (Lynda Brown)

Veio das compras e procura uma receita de doce de morango? A sua horta teve uma produção excessiva de feijão-verde? Quer fazer um chutney invulgar, conservar frutos de Outono ou experimentar fazer salsichas? Use este livro de referência e encha a sua despensa de conservas caseiras, numa época em que se está a redescobrir o prazer de cozinhar em casa.

sábado, 21 de maio de 2011

Destaques Civilização

Aqui deixo a lista das novidades da Civilização para Maio.


iiiiiii

Deste Lado da Luz (Colum McCann)

Na viragem do século XX, Nathan Walker muda-se para a cidade de Nova Iorque para executar o trabalho mais perigoso do país: escavar o túnel sob o rio Hudson que servirá o metro entre Brooklyn e Manhattan. Nas entranhas do leito do rio, os trabalhadores – negros, brancos, irlandeses e italianos – escavam em conjunto, com a escuridão a ocultar as diferenças. Mas, à superfície, os homens mantêm a distância até um acidente dramático num dia de Inverno forjar um laço entre Walker e os seus colegas que irá abençoar e ao mesmo tempo amaldiçoar três gerações. Quase noventa anos depois, Treefrog encontra os mesmos túneis e cria um lar no meio de drogados, alcoólicos, prostitutas e criminosos que constituem a comunidade esquecida dos sem-abrigo.

Ilusão Perfeita (Jodi Picoult)

Uma mulher acorda num cemitério ferida e a sangrar, completamente amnésica. Não sabe quem é nem o que faz ali. É socorrida por um polícia que acabara de chegar a Los Angeles. Alguns dias mais tarde, é apanhada de surpresa ao ser finalmente identificada pelo marido, nada mais nada menos do que Alex Rivers, o famoso actor de Hollywood. Cassie fica deslumbrada pelo conto de fadas que está a viver. Mas nem tudo parece correcto e algo obscuro e perturbador se esconde por detrás daquela fachada de glamour. E é só quando a sua memória começa gradualmente a regressar que a sua vida de cenário perfeito se desmorona e Cassie enfrenta a necessidade de fazer escolhas que nunca sonhou ter de fazer.



iiiiiii

O Último dos Mad Men (Jerry Della Femina)

Em 1970, Jerry Della Femina escreveu este retrato fiel, recheado de coscuvilhices, de como era trabalhar na Madison Avenue durante a era dourada da publicidade – as noitadas, os almoços de três martinis, o sexo nos sofás e, claro, o próprio trabalho em si de publicitar produtos. Esta é a historia de como era na realidade a Madison Avenue dos anos 60. Causou sensação, foi um bestseller e afirmou-se como um clássico de culto. Anos mais tarde inspirou a galardoada série Mad Men.

Cleópatra (Stacy Schiff)

A biógrafa vencedora do Prémio Pulitzer traz de regresso à vida a mulher mais intrigante da história mundial: Cleópatra, a última rainha do Egipto. Cleópatra foi uma hábil estratega e negociadora que reformulou os contornos do mundo antigo. Num regresso magistral às fontes clássicas, Stacy Schiff separa os factos da ficção, de forma a resgatar esta rainha fascinante, cuja morte trouxe uma nova ordem mundial, uma geração antes do nascimento de Cristo. Rico em pormenores e com uma abrangência impressionante, esta é a reconstituição profundamente original de uma vida deslumbrante.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Destaques Esfera dos Livros

Novidades Esfera dos Livros para Maio



António Champalimaud (Isabel Canha e Filipe S. Fernandes)

António Champalimaud foi o maior empreendedor do século XX português, um verdadeiro construtor de impérios. Durante 64 anos, desde os 18 anos até à sua morte, a sua vida foi inteiramente dedicada aos negócios. Herdeiro, multiplicou a pequena fortuna que lhe foi legada pelo pai e pelo tio e, quando perdeu quase tudo, exibiu a sua gesta de Midas, com aquele raro toque dos que bisam reconstruir impérios. Um homem seco, magro, com um olhar vivo e fala sincopada, convicto das suas afirmações, de uma inteligência rara, enérgico, corajoso, provocador, polémico, determinado e apaixonado pelo risco.

Ganhou ao longo da vida vários cognomes: o último imperador, o guerreiro, o tycoon, o caçador, o predador, a velha raposa, o capitão da indústria e barão da finança, o lobo solitário, o mais rico de Portugal. Isabel Canha e Filipe S. Fernandes trazem-nos a biografia completa de António Champalimaud, onde traçam uma história onde não faltam ingredientes. Desde um divórcio olhado de soslaio num país conservador, ao exílio no México, durante cinco anos, fugindo a um mandado de captura no âmbito do processo Sommer, o confisco de todos os seus bens, o refúgio no Brasil, a morte dramática de dois dos seus filhos, a reconstrução da fortuna quando regressou aos negócios em Portugal, em 1992, guerras judiciais várias e a venda do grupo aos espanhóis do Santander.

Odiado por uns, admirado por outros, António Champalimaud tinha um carisma difícil de descrever. Disse um dia: «Sou eu. Não me vergo a ninguém.»




A Mulher que Amou o Faraó (Helena Trindade Lopes)

Quando Ísis, a velha cantora de Amon, abriu a porta da sua memória à neta Tity, estava longe de imaginar que iria entrar numa emocionante viagem ao encontro de si própria e da história recente do país dos faraós, o Egipto… Amenhotep IV, no ano cinco do seu reinado, decide abandonar Waset, terminar com o culto tradicional e fundar uma nova capital numa zona inóspita e desgastada pelos ventos, na margem leste do rio Nilo. Deu-lhe o nome de Akhetaton. O lugar da primeira vez. Era nesta nova cidade que sonhava escrever uma nova página da História do Egipto.

Junto da sua mulher, a tão encantadora quanto perigosa Nefertiti, cuja beleza enfeitiçava os homens, e com o apoio do seu ajudante de campo, o confidente e fiel amigo Ahmés. Mas a intriga, a desconfiança e a traição instalam-se e o sonho cedo cai por terra, graças àqueles que lhe são mais próximos. Só uma pessoa permanece ao seu lado, a jovem Ísis, a cantora de voz doce, que tudo faz em nome de um grande amor. E cuja história de paixão e coragem é digna de ser contada durante muitas e muitas gerações.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Carmilla (J. Sheridan Le Fanu)

As histórias de vampiros foram sempre usadas para expressar erotismo e sexualidade, e uma das primeiras, Carmilla de seu nome, não é excepção. Bastante antes de Bram Stoker sequer sonhar Drácula, Joseph Sheridan Le Fanu criou um luxuriante e assombroso mistério gótico, que gira em torno de uma jovem e bela mulher imortal com um estranho gosto por sangue.
Quando uma misteriosa carruagem tem um acidente no seu castelo, o pai de Laura oferece-se para cuidar de uma jovem senhora chamada Carmilla, que ficou bastante atordoada com a colisão. Laura vê-se confrontada com a lembrança de uma figura estranha, que a visitou quando criança - e Carmilla alega que há algum tempo atrás elas tiveram uma visão mútua em que se viram uma a outra.
De uma forma impressionante, Carmilla e Laura ligam-se imediatamente, as enigmáticas palavras de Carmilla ("Tu és minha, tu serás minha, tu e eu somos uma só") exercem um estranho fascínio em Laura.
A medida que os dias passam, Laura está cada vez mais enfeitiçada pela sedutora Carmilla, apesar do estranho comportamento da jovem (e da sua estranha semelhança com uma antiga pintura existente no castelo, de uma mulher chamada Mircalla), e está ficando cada vez mais doente e nervosa. Entretanto eles visitam um velho amigo, que revela a verdadeira e chocante natureza de Carmilla... e o que ela vai fazer a Laura.
Carmilla é um verdadeiro romance gótico no melhor sentido da palavra - uma narrativa luxuriante repleta de palácios em ruínas, aldeias abandonadas, sangue e luar. E, Le Fanu insere um nada subtil romance lésbico na história, Carmilla parece estar tão apaixonada por Laura que sente um irresistível desejo pelo sangue desta. Muitos beijos conversas apaixonadas, e Carmilla sempre deslizando para o quarto de Laura.
A escrita de Le Fanu é absolutamente primorosa. Ele envolve esta estranha história num ambiente fantasmagórico através de um exuberante estilo literário que nos delicia em permanência e alguns momentos profundamente assustadores, como quando Laura acorda e vê Carmilla coberta de sangue.
Apesar da brevidade da história, é verdadeiramente maravilhosa a forma como o autor de uma forma rápida e eficaz, delineia e constrói os seus personagens. Laura é uma menina estranhamente doce e fascinada por Carmilla, e esta é uma personagem maior que a vida – Carmilla é sensual, obsessiva, vibrantemente erótica e extremamente assustadora.
Stoker trouxe os vampiros para o centro das atenções, mas Carmilla sedutoramente introduziu o mistério e fascínio pelo vampiro muito antes disso. Carmilla é uma voluptuosa e misteriosa história, que deverá ser lida pelos amantes do erotismo e dos vampiros.


Autor: J. Sheridan Le Fanu


Editora: Quadra


Páginas: 152


Género: Fantasia

terça-feira, 17 de maio de 2011

Destaques Esfera do Caos

Aqui fica a lista dos títulos que a Esfera do Caos lançou (ou ainda vai lançar) durante o mês de Maio.



O Segredo da Flor do Mar (Eduardo Pires Coelho)

Numa noite de tempestade, uma nau portuguesa embateu num recife e naufragou no estreito de Malaca. O navio era comandado pelo Governador da Índia, D. Afonso de Albuquerque, que regressava a Goa com o saque da conquista do sultanato mais rico de toda a Ásia. Durante séculos, centenas de expedições tentaram encontrar os despojos da nau “Flor do Mar” que, segundo especialistas, estão avaliados em noventa mil milhões de dólares. O navio nunca foi encontrado… até hoje!

Filipe Silva trabalha no mercado financeiro em Boston, mas o destino leva-o a prosseguir as pesquisas do seu pai sobre a “Flor do Mar” e a vida de D. Rodrigo de Mascarenhas…




O Eremita Galego (Pedro Miguel Rocha)

Conseguiríamos viver isolados, tendo somente o mar e o silêncio como companheiros?

Este livro conta-nos a história de um professor universitário de filosofia, de 50 anos, que, a dada altura, vergado por conflitos pessoais e profissionais, e por uma devastadora intriga que o leitor acompanhará com emoção, sente uma incontornável neces­sidade de se refugiar na costa galega, num casebre abandonado. Viverá, então, a partir daí e durante vários anos, totalmente isolado do mundo, relegado, por opção própria, à quase exclusiva companhia do mar.




Ser Como Tu (Miguel Almeida)

Os poemas de Miguel Almeida transportam-nos por anseios e receios, por opções, feitas ou que ficam por fazer, que valem como outras tantas viagens de um Eu, numa busca constante de sentido para si próprio e para o Mundo.

Numa frase célebre, o poeta russo Osip Mandelstam disse que “na poesia é sempre de guerra que se trata”. Num registo diferente, Carl Von Clausewitz diz-nos que “a paz é a continuação da guerra por outros meios”. E esse também se pode dizer que é o ponto de vista assumido em Ser Como Tu.

Em guerra incessante consigo próprio, o Eu que está por detrás dos poemas de Miguel Almeida mostra-nos que as piores guerras, as mais constantes e perigosas, não são as que travamos com os outros, mas as que travamos connosco próprios e com as nossas circunstâncias. Mas estas também são as guerras que nos trazem as conquistas mais importantes e decisivas.