A reedição da tradução de Aquilino Ribeiro de uma das maiores obras literárias de todos os tempos, acompanhada por ilustrações de Gustave Doré, e um livro da autora portuguesa Maria Teresa Horta são mais duas novidades Bertrand para este mês.
A obra literária de Maria Teresa Horta tem frequentemente contribuído para alterar os modelos estéticos ou comportamentais instituídos e tem muitas vezes sido, ao longo das últimas décadas, um sinalizador de mudanças essenciais, quer no âmbito literário, quer inclusivamente de alcance social.
A Paixão segundo Constança H. traz consigo toda a violência e todo o sofrimento daquele a quem coube em sorte viver num mundo em transformação, onde os valores tradicionais da família e os afectos a que nos tínhamos habituado a considerar mais estáveis resvalam, gradualmente, para um terreno movediço e irrespirável.
Considerado o primeiro romance moderno, D. Quixote De La Mancha foi eleito em 2002 o melhor livro de todos os tempos por um conjunto de cem escritores nomeados pelo Instituto Nobel. D. Quixote, um fidalgo de Castela assanhado pela leitura de romances de cavalaria, decide que é seu "ofício e exercício andar pelo mundo endireitando tortos, e desfazendo agravos" e parte à aventura na companhia de seu fiel e prosaico
escudeiro, Sancho Pança. As hilariantes maluquices do Cavaleiro Andante liquidam, com a sua "moral do fracasso", as últimas ilusões da epopeia: aquilo a que Adorno chama "a ingenuidade épica". Depois de D. Quixote, nada mais será igual.
Uma tradução de Aquilino Ribeiro, considerada uma das melhores traduções da obra para a língua portuguesa.
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