«Amigo leitor
Sempre acreditei que todo o escritor, admita-o ou não, tem entre os seus livros alguns como favoritos. Essa predilecção é raro ter a ver com o valor literário intrínseco da obra ou com o acolhimento que ao aparecer lhe dispensaram os leitores ou com a fortuna ou penúria que lhe tenha proporcionado a sua publicação. Por qualquer estranha razão, sentimo-nos mais próximos de algumas das nossas criaturas sem sabermos explicar muito bem o porquê.
De todos os livros que publiquei desde que comecei neste estranho ofício de romancista, lá por 1992, Marina é um dos meus favoritos.»
Carlos Ruiz Zafón, in carta ao leitor de Marina (Junho de 2008)
É já amanhã que sai o livro favorito do autor de A Sombra do Vento.
Marina, que o próprio autor classificou como "possivelmente o mais indefinível e difícil de catalogar de quantos romances escrevi, e talvez o mais pessoal", foi escrito em 1999 e levou uma década a chegar aos leitores portugueses que já se deixaram fascinar pelo romancista barcelonês.
Por todos estes factores, a expectativa só pode ser grande!
Marina, tal como a obra que consagrou Zafón, é um romance mágico de memórias, escrito numa prosa ora poética ora irónica, assente numa mistura de géneros literários (entre o romance de aventuras e os contos góticos) e onde o passado e o presente se fundem de forma inigualável.
Classificado pela crítica como “macabro, fantástico e simultaneamente arrebatador”, Marina propõe ao leitor uma reflexão continuada sobre os mistérios da condição humana através do relato alternado de três histórias de amor e morte.
Ambientada na cidade de Barcelona, a história decorre entre Setembro de 1979 e Maio de 1980 e depois em 1995 quando Óscar, o protagonista, recorda a força arrebatadora do primeiro amor e as aventuras com Marina, recupera as anotações do seu diário pessoal e revisita os locais da sua juventude.
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