Este pequeno livro é delicioso. Apesar de ser de ficção científica e, como eu já disse antes, não ser fã do género confesso que este livro me surpreendeu e deslumbrou.
Claro que me lembrou a época em que foi publicado com toda a histeria e fascínio à volta dos extraterrestres. Mas achei brilhante a ideia do autor de apresentar um extraterrestre como se fosse um amigo imaginário. Esse conceito de amigo imaginário, que ainda agora assusta muitos leigos, naquela altura era vista com bastante receio.
Por isso quando Mathew começa a falar sozinho e aparentemente tem um amigo imaginário, os pais do menino entram em pânico pois ele já tem 11 anos e a irmã também já teve um amigo imaginário o que foi bastante problemático.
Tenho de confessar que não gostei muito da caracterização da mãe de Mathew, que é caracteriza de forma machista como uma mulher histérica e sem grande discernimento, mas temos também te ter em conta que nos anos 60 a mulher era vista de uma maneira completamente diferente da actual.
Eu achei o livro além de muito interessamte verdadeiramente hilariante em alguns momentos. Como as atitudes estranhas que Mathew tem na escola devido a Chochy, mostrando uma inteligência muito superior aos professores foram momentos que quase me fizeram chorar de tanto rir principalmente por toda gente olhar para o miúdo como se fosse louco. Muitas vezes como leitora tive vontade de gritar um pouco com as personagens para lhes dizer a verdade sobre Mathew.
Claro que alguns momentos são também muito tocantes como o sofrimento dos pais de Mathew que não conseguem entender o filho, sobretudo do pai, que consegue tocar o leitor e pensar no que faríamos se tivéssemos no lugar dele.
Um livro pequenino mas que vale o seu peso em ouro.
Autor: John Wyndham
Editora: Editorial Presença
Páginas: 156
Género: Ficção Científica
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