Uma velha quase analfabeta que rima as palavras em quadras e décimas; uma menina que desperta os apetites sexuais de um tio; uma mulher com medo do escuro; um homem que faz malabarismos com um palito na boca; um galinheiro, um poço, um sobreiro, uma caixinha de cartão.
Personagens inesquecíveis e cenários decrépitos de uma história que tem lugar no Portugal do século XXI, num interior esquecido.
Usando uma finíssima ironia e revelando um domínio perfeito da «arte de bem escrever», o autor conta-nos uma história de alentejanos, pobres, rurais, que no fundo se confrontam, num dia-a-dia feito de riso, raiva e desassossego, com problemas que também são nossos: a violência doméstica, o suicídio, o incesto, a desertificação do interior, a crise de valores.
Lá diz o povo que rir é o melhor remédio. E que a brincar se dizem as coisas sérias. E também as patetices, se tudo correr pelo melhor. Este livro levanta assim questões fundamentais para o futuro da humanidade: Os velhotes não deveriam ter o Viagra comparticipado pelo SNS? Se as pessoas das relações virtuais fossem assim tão interessantes estariam mesmo nos chats? Não seria já altura de perdermos a vergonha e abastecermos a nossa despensa de artigos da Sex Shop? Quando estamos num encontro romântico precisamos mesmo de atender chamadas da treta?
Num ambiente de fast food, conversas virtuais e relações apressadas, podemos falar de quê? De amores sinceros? De amores eternos? Provavelmente não... o mundo gira com demasiada rapidez, até para nos lembrarmos do nome da pessoa com quem dormimos a noite passada!
Nós, os autores, somos uma mulher e três homens, e nesta aventura de dedos cruzados e pensamentos em alvoroço, achámos que fazia sentido escrever sobre relações actuais, de pessoas comuns, de encontros e desencontros, de traições, de mentiras, de desejos, de desilusões.
Temos fantasmas num palco. E um casal perfeito que, na verdade, esconde defeitos. Temos homens que querem tudo ao primeiro olhar e mulheres que sonham com o homem ideal. Queremos rir, queremos fazer pensar, talvez queiramos mesmo um olhar diferente para esta sociedade que esmaga os sentimentos com camiões de areia. Vamos espreitar a felicidade dos outros?
Já não se fazem Homens como antigamente é um mundo que todos conhecem, é uma visita a uma época em que os comportamentos humanos mudam à velocidade da luz, é um Big Brother dos tempos modernos, onde nem os sonhos mais íntimos escapam a esta janela aberta.
Esta é sem dúvida a obra que melhor retrata a personalidade do Condestável, mostrando que foi muito mais que um simples herói da luta entre Castela e Portugal.
• Ensaio introdutório do Professor Fernando Cristóvão, da Universidade de Lisboa, que põe em destaque aspetos inova do res da biografia e da projeção internacional de D. Nuno Álvares Pereira.
• Fac-Símile da edição original, publicada em castelhano, em 1640.
• Versão inédita em língua portuguesa, com tradução do Doutor António Castro Henriques, depois de feita a revisão paleográfica.
Escrita em castelhano e publicada em Madrid, surpreendentemente em 1640, “com privi légio real” filipino, em vésperas da Restauração, esta obra exalta as vitórias do Condes tável e o heroísmo dos portugueses. O que ela tem de original, porém, é o facto de alar gar a biografia do Condestável para além do que se conhecia e copiava da crónica primitiva, acentuando novos factos e lendas, para além de nela se desenvolver, como em nenhuma outra, a identificação dos seus descendentes nobres e a sua importância, retra tando um herói simultaneamente português, castelhano e europeu.