quarta-feira, 7 de março de 2012

Destaques Esfera do Caos

A Esfera do Caos preencheu os dois primeiros meses do ano com várias novidades onde se destacam dois autores que se inserem no âmbito poético.




A autora, uma revelação autêntica! O livro, talvez a semente de uma rebelião no panorama da poesia portuguesa contemporânea!

Imagine-se uma obra poética em que os textos podem assumir a forma de um diálogo, ou de uma receita de culinária, e em que se cruzam salmos com música reggae, e em que se descrevem pinturas surrealistas, e em que se retratam operários e mulheres camponesas… Imagine-se ainda que nessa obra se misturam ideias irónicas e absurdas, o sagrado e o profano, o amor e a infância… Imagine-se finalmente que essa obra surge marcada por um estilo invulgar: que causa perplexidade mas que, ao mesmo tempo, leva a alma ao rubro.

Neste livro, as palavras, destrancadas, encarnam numa prosa poética ímpar e luminosa.





A poesia da dinastia Tang, na China (618-907), e a poesia haiku, que há-de surgir mais tarde no Japão, são registos do instante, totalizante, intuitivo e, por isso mesmo, simples e conciso. Com uma subtileza encantadora, este livro capta a essência destas tradições poéticas.

A poesia de Rui Rocha sugere, tal como acontece com a fluidez e plasticidade da caligrafia chinesa, a visibilidade dos sentidos do que se contempla mas não pode ser inteiramente expresso. É um relato sensível do aqui e agora do lugar. É essencialmente o estar que transcende a dimensão do texto, reservando um espaço para o silêncio entre as palavras, o tecido intersticial que afinal confere sentido ao próprio texto. É, por fim, a fluência do rio raso sobre o leito arenoso de que fala Bashō e a percepção do sublime nos ritmos e tempos dos dias, das noites, das estações do ano, do cosmos onde algo de maravilhoso parece existir entre o que é substancial e o que não é.

Desta obra emerge uma poética do branco, a cor do enigma, e da luminosidade personificada pela lua cheia tão ao gosto dos poetas da China e do Japão.





Pela primeira vez em Portugal, um livro sobre o pensamento de James Madison, um dos mais notáveis Founding Fathers dos EUA e um dos maiores expoentes do republicanismo liberal, do federalismo e de diversas tendências fulcrais da ciência política moderna — um extraordinário pensador e líder político praticamente esquecido no continente europeu.

“Este livro de José Gomes André constitui o mais importante estudo já publicado em língua portuguesa sobre o pensamento político de James Madison. É não só um magnífico exemplo de rigor e erudição, mas também uma verdadeira fonte de inspiração para os tempos conturbados que agora vivemos.”
Viriato Soromenho-Marques

Num momento de crise da democracia e de cepticismo quanto ao futuro da União Europeia, é urgente conhecer os fundamentos teóricos do republicanismo e do federalismo. James Madison, um dos mais esclarecidos estadistas norte-americanos, defendeu a possibilidade de se criar uma república federal, desde que sustentada em sólidos alicerces políticos, sociais, jurídicos e constitucionais. As suas propostas colocam em primeiro plano o federalismo como instrumento de cooperação, o pluralismo como núcleo central de uma comunidade livre e a cidadania como fonte de legitimação das sociedades liberais.





Melancias, abóboras, pimentinhas... Muitos têm sido os nomes dados aos ecologistas em Portugal. Colocados à margem, o seu percurso tem sido pouco estudado, não obstante estarmos num dos países onde a intervenção de ambientalistas e ecologistas na esfera pública revela maior eficácia prática.
Este livro aborda as origens, a evolução e as dinâmicas dos três partidos ecologistas existentes (PEV, MPT e PAN), os projectos políticos verdes que não germinaram e a acção de personalidades e grupos que têm defendido a causa ambiental junto da sociedade civil ou do Estado.

Recuando até às origens da defesa do ambiente em Portugal, esta obra, que percorre mais de seis décadas, oferece-nos um enquadramento internacional das ideias ecologistas e da evolução dos partidos verdes na Europa Ocidental e permite-nos conhecer melhor os principais partidos e associações ecologistas portugueses. Fruto de uma rigorosa pesquisa documental e de quase três dezenas de entrevistas a algumas das principais figuras do ecologismo no nosso país, o livro revela também algumas das estratégias de diversas forças políticas para se adaptarem à emergência do ideário verde.





Podemos matar um sinal de trânsito?
Um divertimento político-filosófico acerca da profundidade do quotidiano

Sem ser um romance, este livro é como um romance: no fundo, conta uma história que queremos saber como acaba. Sem ter a forma de um ensaio, é um ensaio: tem uma tese, mas não a impõe, nem arregimenta os argumentos em ordem clássica, dei­xando ao leitor o trabalho, que aqui é um gosto, de descobrir o seu próprio caminho marítimo para a Índia. Acima de tudo, este livro é um divertimento, mas também é filosofia por ser pensamento estruturado para lá das fronteiras das disciplinas, e tam­bém é política por questionar dinâmicas profundas da nossa vida colectiva.

O trabalho de perceber a profundidade do quotidiano transformado num prazer — a ‘divulgação filosófica’ no seu melhor!

Neste livro somos confrontados com factos que passam nos jornais e nas televisões como episódios anedóticos, mas que descobrimos serem afinal muito mais sérios do que parecem. O autor, entretanto, leva-nos a descobrir com um novo olhar o que pensávamos estar cansados de saber.

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