segunda-feira, 28 de maio de 2012

Destaques Bertrand

O fim do mês traz mais novidades Bertrand. Aqui ficam elas, com destaque para o continuado trabalho da editora em trazer Aquilino Ribeiro de volta à atenção do público.




Crueldade a Nu (Colleen McCullough)


Da autora de Tim, Pássaros Feridos e A Independência de Uma Mulher.

Carmine Delmonico regressa em mais um thriller de leitura compulsiva.
Em 1968, a América é um país em convulsão e o subúrbio de Carew está a ser aterrorizado por uma série de violações. Quando uma das mulheres arranja finalmente coragem para falar e se dirige à polícia, o violador passa a matar as vítimas seguintes. Para Carmine, parece ser um caso sem quaisquer pistas. Além de que o Departamento de Polícia de Holloman se está a debater com os seus próprios problemas.
Enquanto o assassino traça os seus planos, Carmine e a sua equipa têm de usar todos os recursos ao seu dispor para conseguirem desvendar este caso brutal.





Arcas Encoiradas (Aquilino Ribeiro)


A Bertrand continua a (re)publicar as grandes obras de um dos nomes de referência nas letras portuguesas: Aquilino Ribeiro.
Os estudos etnográficos de Aquilino Ribeiro sobre o Interior português deram origem a Arcas Encoiradas.

«Ainda no quintalejo da planície, mormente na casa há mocinha louçã, ver-se-á luzir a de Alexandria, a dália, o crisântemo bastardo, o nome de despedidas do verão; na horta ser além da couve galega, do cebolinho, dos colondros quando muito medram a alosna, o aipo, a arruda, o alecrim, a alfazema, que entram no condimento das mezinhas com que é vezo seu ou era da sua medicar-se. Mas se a árvore de fruto está na do meio da leira porque a sombra prejudica ao cultivo, com razão dobrada não entra ali planta viva apenas para mimo dos olhos. Ama a terra amor entranhadamente egoísta e a ferocidade lobo insatisfeito. Não lhe toquem no talhadoiro águas; cuidado, a charrua do vizinho não desvie o marco um centímetro para a banda; que a cabra pobre não lhe roa as duas fêveras que se inclinam para o baldio; sem licença não pisem o que é e paga boa décima ao “cães da Fazenda”!»






Aníbal - Cartago e o Pesadelo da República Romana (Robert L. O’Connell)


O’Connell revela de que modo a lenda de Canas tem inspirado e assombrado líderes militares desde então, e as lições que podemos aprender para as nossas guerras presentes e futuras.
Durante milénios, o triunfo de Cartago sobre Roma na Batalha de Canas em 216 a.C. tem inspirado grande respeito e admiração. Foi uma batalha que obcecou lendárias mentes militares, inúmeros exércitos tentaram imitá-la, principalmente na Primeira e na Segunda Guerra Mundial. Contudo, nenhum general conseguiu chegar aos calcanhares desta inesperada, inovadora e brutal vitória militar de Aníbal, naquele que foi o mais custoso dia de combate para qualquer exército da História.
Robert L. O’Connell, um dos nomes mais admirados em História Militar, conta-nos, pela primeira vez, toda a narrativa da Batalha de Canas, dando-nos um entusiasmante relato da batalha apocalíptica da Segunda Guerra Púnica, assim como as suas causas e consequências.
O’Connell demonstra como uma inquieta Roma juntou um gigante exército para castigar o magistral comandante de Cartago, que lhes infligira golpes mortais em Trébia e no Lago Trasimeno. O’Connell descreve a estratégia de Aníbal em cegar os adversários com sol e poeira, envolvendo-os num abraço mortal e fechando-lhes os caminhos de fuga, antes de lançar uma massiva luta de espadas que mataria 48 mil homens. Aníbal – Cartago e o Pesadelo da República Romana transmite de forma brilhante de que modo este ponto central da História de Roma acabou por conduzir à ressurreição da República e à criação do seu império.
Pesquisada de forma soberba e escrita com inteligência e erudição, esta obra é o relato definitivo de uma batalha cuja história continua a ressoar.

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