terça-feira, 22 de março de 2011

Destaques Dom Quixote

A Dom Quixotes lança diversos títulos para as livrarias neste final de mês. A maioria dos títulos já foi colocado à venda ontem, os restantes seguirão o mesmo destino nos últimos dias do mês.
A oferta é diversificada mas destaca-se, claro, Philip Roth.


A Humilhação (Philip Roth)
Acabou tudo para Simon Axler, o protagonista deste livro de Philip Roth. Um dos mais destacados actores de teatro americanos da sua geração, agora na casa dos sessenta, perdeu a magia, o talento e a confiança. Quando sobe ao palco sente-se louco e faz figura de idiota. Esgotou-se a confiança nas suas faculdades: imagina que as pessoas se riem dele, já não consegue fingir que é outra pessoa.
Depois das sombrias meditações sobre a moral e a morte em Todo-o-Mundo e O Fantasma Sai de Cena, e do amargamente irónico olhar retrospectivo sobre a juventude e o acaso em Indignação, Roth acrescentou mais um ao grupo dos seus inesquecíveis romances recentes.






O Metódo Prático da Guerrilha (Marcelo Ferroni)

O Metódo Prático da Guerrilha é uma obra de ficção, sobre ambição e loucura, que, partindo de factos reais – a última expedição revolucionária de Che Guevara –, subverte a história documentada, recriando personagens e situações. É também uma história de amor e um thriller sobre os poucos que permaneceram ao lado do combatente até ao fim.








E Agora, Zé Ninguém? (Hans Fallada)

Alemanha, finais dos anos 20. Apesar da grave crise económica que afecta a vida de muita gente, Johannes e Emma, carinhosamente chamada Cordeirinha pelo seu caloroso marido, levam a vida com confiança e entusiasmo. Acreditam que apoiando-se no amor, podem superar todas as dificuldades, mas rapidamente se apercebem de que a sorte não está do seu lado e que a realidade é muito mais dura de enfrentar do que tinham imaginado.
Uma história de sobrevivência obstinada com que Hans Fallada, um dos mais importantes escritores da língua alemã, consegue tocar os corações de todas as idades.









A Noite das Mulheres Cantoras (Lídia Jorge)

Neste novo romance de Lídia Jorge, há uma pergunta que o percorre da primeira à última página: quantas vítimas se deixam pelo caminho para se perseguir um objectivo? A acção decorre no final dos anos 80 do século XX e invoca um tema de inesperada audácia – o da força da idolatria e a construção do êxito – visto a partir do interior de um grupo, narrado 21 anos mais tarde, na forma de um monólogo.










Deixem Falar as Pedras (David Machado)

No dia em que se ia casar, Nicolau Manuel foi levado pela Guarda para um interrogatório e já não voltou. Alternando a narrativa dos sucessivos infortúnios de Nicolau Manuel – que é também a história de Portugal sob a ditadura, com os seus enganos, perseguições e injustiças, Deixem Falar as Pedras é um romance maduro e fascinante sobre a transmissão das memórias de geração em geração, nunca isenta de cortes e acrescentos que fazem da verdade não o que aconteceu, mas o que recordamos.








Os Terraços de Junho (Urbano Tavares Rodrigues)

Quase todos estes contos se caracterizam pelo insólito, pelo mágico, pelo surpreendente. Pairam entre o real e o irreal numa fascinante contradança de amor, aventura e desespero. E, contudo, como em toda a obra do autor, o social nunca é esquecido. Mas é na segunda parte, num conjunto de textos intitulado “Angústia com Licor de Rosas”, que o onírico prevalece e a intensa pulsão poética da escrita de Urbano Tavares Rodrigues ganha contornos de invulgar sedução.

Sem comentários:

Enviar um comentário