domingo, 5 de agosto de 2012

Destaques Quetzal

A Quetzal abriu o mês de Agosto com três lançamentos entre os quais mais um título de Kingsley Amis e um policial da escritora islandesa Yrsa Sigurdardóttir.


Lembro-me de ti (Yrsa Sigurdardóttir)


Três jovens propõem-se recuperar uma velha casa de uma aldeia abandonada, algures nos Fiordes Ocidentais islandeses. Mas não imaginam o cataclismo que este inofensivo trabalho vai desencadear. Na outra margem do fiorde, um psiquiatra investiga o suicídio misterioso de uma mulher mais velha que poderá estar ligado ao desaparecimento do seu próprio filho.
Estas duas intrigas vão convergir para uma história de um enorme suspense que os críticos têm considerado tratar-se da melhor que até agora saiu da pena de Yrsa Sigurdardóttir – Lembro-me de Ti foi galardoado com o Prémio de Ficção Policial Nórdica de 2011, e os direitos de adaptação ao cinema comprados pelo produtor islandês radicado em Hollywood Sigurjón Sighvatsson (Wild at Heart e The Killer Elite, entre dezenas de outros).

Um thriller policial arrebatador, uma leitura saborosamente arrepiante.




A Porta do Sol (Elias Khoury)


Há histórias que salvam vidas. Usando o método de Xerazade, o narrador de A Porta do Sol tece um longo e contínuo fio de histórias com que pretende resgatar a vida de um homem. Esse homem, em coma profundo na cama do hospital, é o seu pai espiritual e um herói da resistência palestiniana.
No furor de o reanimar através da memória, é todo um povo e a sua epopeia que o narrador faz reviver diante dos olhos do leitor: os acontecimentos da guerra civil no Líbano, os episódios mais marcantes da sua vida e os dolorosos itinerários de um punhado de homens e mulheres apanhados pela história, após a sua expulsão da Galileia em 1948.
Inspirado na estrutura narrativa de As Mil e Uma Noites, A Porta do Sol é um romance amplo, pungente, e considerado de forma unânime o grande relato do êxodo palestiniano.




Gosto Dito Aqui (Kingsley Amis)


Garnet Bowen, antigo jornalista e autor de um único livro, vive agora de alguns trabalhos avulsos e sustenta com dificuldade os seus três filhos. A mulher e a sogra convencem-no a aceitar um trabalho que implica passar uma temporada num país do Sul da Europa, investigando a verdadeira identidade de um escritor misterioso.
Bowen odeia sair de Londres e sempre desprezou a ideia de viajar pelo continente, mas não vai conseguir evitar a ida. E aí vai ele para um país em que o álcool é barato; o sol, opressivo; a comida estranha; e as raparigas, ilegíveis, nos sinais que dão de recetividade e repúdio – esse país é Portugal.
Neste fabuloso entretenimento que é Gosto Disto Aqui – o mais autobiográfico dos romances de Kingsley Amis –, o nosso perplexo herói vai passar por consecutivos apuros e desastres cómicos, que culminam numa situação amorosa com uma jovem mulher e um hostil representante da fauna de insetos locais.

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