Foto de Sunfoz |
O proprietário da Livraria Lello admitiu neste sábado a possibilidade de vir a cobrar entrada aos milhares de visitantes para “pagar o desgaste” do espaço. Acrescentou que os turistas organizados em grupos contribuem já com dois euros, recebendo um marcador de livros.
Jornal Público
De facto, uma livraria, mesmo tão magnífica quanto esta, não pode estar reduzida a um local de passeio e turismo.
Trata-se de um negócio e tem de sobreviver num país que não só lê cada vez menos como tem ainda graves problemas económicos.
No entanto, na minha experiência, sempre que lá levo alguém de visita, o ambiente da livraria afecta de tal maneira as pessoas que elas não conseguem deixar de comprar um livro.
Mesmo que não quisessem gastar o dinheiro, mesmo que pudessem ter ido a "livrarias-supermercado" e tido desconto, mesmo
Um livro comprado na Livraria Lello torna-se especial, ganha uma aura que contribui para que a sua leitura seja logo mais inebriante.
E isto deverá acontecer até mesmo para os turistas, havendo uma boa secção de livros noutras línguas.
Parece-me bem, no entanto, a cobrança de entrada aos turistas - com a retribuição através do marcador - pois se estão apenas a tirar fotos, estão a gerar tráfego e desassossego para quem está lá como cliente.
Quanto a mim, só posso tentar ir lá mais vezes e levar mais pessoas para passarem de visitantes a clientes!
Foto de Alex Fan Moniz |