terça-feira, 31 de julho de 2012

Chaplin: Os Primeiros Anos - Vencedor do passatempo




Mais um passatempo de enorme sucesso, nada que surpreenda quando se fala de Charles Chaplin! A vencedora (parece que as mulheres estão sempre em maioria entre os participantes...) é revelada abaixo.

Manuela Adriano Moreira

Parabéns, a editora vai-te fazer chegar o livro em breve!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Isabel I de Inglaterra e o seu médico Português - Vencedor do passatempo




Muito obrigada a todos os participantes. No final só um poderia receber o livro e aqui se revela o seu nome.

Diana Rebelo Barbosa

domingo, 22 de julho de 2012

Vida de Sombras (Louise Erdrich)


Um livro inteligente e intrigante que demonstra os perigos de, no casamento, não se respeitar o espaço da outra pessoa e o perigo de tentarmos manipular o cônjuge.
Ambas as personagens do livro cometem um erro. O marido resolve ler o diário da esposa, devido aos seus ciumes e a esposa resolva manipulá-lo, criando um segundo diário, onde apenas escreve o que quer que o marido leia, guardando o verdadeiro diário em segredo.
A manipulação da verdade e a criação de mentiras são usadas propositadamente para penetrar nas dúvidas de Gil. Mas se esses maus sentimentos, que nunca deveriam existir no seio de um casamento, não estivessem já presentes não levariam ao tipo de actos que Irene descobre no marido e que acaba por reforçar com a sua própria resposta.
Começam por despertar um no outro os piores dos sentimentos, para acabarem por revelar cada um em si próprio o pior da sua natureza para atingirem o outro em que projectam os seus próprios pecados.
Este é um romance que demonstra a facilidade com que uma relação de amor pode passar rapidamente a uma relação de ódio, com o ciúme e a intriga a desempenharem o papel principal nessa transformação!
Tudo agravado pela presença dos filhos, vítimas de pais que, em crescendo, revelam o pior que têm dentro de si e vão com isso destruir o último refúgio dos filhos, a esperança numa solução para a vida familiar.
Um livro cruelmente realista, perturbador, emocionante e arrebatador. Deixou-me muitas vezes o coração ao pé da boca ao longo das suas páginas.
Aconselho a sua leitura a quem esteja preparado para uma história forte que despoleta as mais primitivas das nossas emoções e não aos tradicionais leitores de romances açucarados. Na verdade, em cada uma destas páginas está uma história pungente que podia ser a de qualquer um de nós e não de uma realidade paralela.
Apesar da situação criada parecer pertencer tão exclusivamente ao domínio da ficção, o controle obsessivo e a manipulação irreflectida de que o livro fala são reais nas notícias que vemos repetirem-se dia a dia.
Embora seja um livro de leitura apaixonante, não é para os corações mais fracos.





Autor: Louise Erdrich


Editora: Clube do Autor


Páginas: 230


Género: Romance

Destaques Contraponto

A Contraponto lançou mais um título de Marc Levy que será, como sempre, um sucesso. E, a par disso, lançou igualmente um livro todo ele a gritar "Verão" para que os leitores celebrem a estação quente que começa finalmente a dar um sinal mais permanente da sua chegada.



A Estranha Viagem do Senhor Daldry (Marc Levy)





«Uma história tão original quanto romântica.»

Cosmopolitan


«Marc Levy é um contador de histórias notável.»
Le Parisien


«Simples, comovente e profundo, este é um dos melhores livros de Marc Levy.»
Le Figaro





Londres, 1950
Alice leva uma existência tranquila entre o seu trabalho como criadora de perfumes, que a apaixona, e o seu grupo de amigos, todos eles artistas nas horas vagas. No entanto, na véspera de Natal, a sua vida vai sofrer um abanão. Durante um passeio a uma feira em Brighton, uma vidente prediz que irá viver uma aventura, em busca de um passado misterioso. Alice não acredita nela, mas também não consegue esquecer as suas palavras; subitamente as suas noites passam a ser povoadas de pesadelos, que lhe parecem tão reais como incompreensíveis.
O seu vizinho, o senhor Daldry, um gentleman excêntrico e celibatário empedernido, convence-a a levar a sério a predição da vidente e a encontrar as seis pessoas que a conduzirão ao seu destino.
De Londres a Istambul, Alice e o senhor Daldry partem na sua estranha viagem...



A Ilha (Elin Hilderbrand)








É a fuga de verão perfeita – mas é difícil escapar a alguns segredos...
O novo e inesquecível romance de Elin Hildebrand.











Birdie Cousins é uma mulher que se orgulha de estar sempre preparada para todas as eventualidades, mas o telefonema da sua filha Chess, a anunciar que rompeu o noivado nas vésperas do casamento, é algo que nem ela poderia prever.
Este é apenas o primeiro sinal de que o verão será um período de grandes revelações, ao qual se seguem notícias bem mais trágicas, que levam Chess a entrar numa espiral de desespero. Com o intuito de ajudar a filha, Birdie leva-a para a casa de família na bela e rústica ilha de Tuckernuck, ao largo da costa de Nantucket, juntamente com a filha mais nova, Tate, e a sua própria irmã, India.
Aqui, cada uma delas pensa escapar aos seus problemas; mas quando irmãs, filhas, ex-amantes e segredos bem guardados se juntam numa ilha remota, o que poderia parecer uma fuga pacífica transforma-se em algo mais…
Uma história de verão como só Elin Hildebrand sabe contar, com todos os ingredientes que tornaram os seus empolgantes romances uma presença tão marcante no período estival.

sábado, 21 de julho de 2012

Destaques Marcador

Dois relatos de viagem em estilos muito diferentes e um relato biográfico confessional sobre um caso grave a decorrer na Justiça Francesa são grandes apostas da Marcador neste mês de Julho.
Mas talvez o livro mais importante lançado este mês seja As Armas e os Barões Aventurados, um relato das muitas batalhas que definiram a identidade do nosso país.



As Armas e os Barões Aventurados - Grandes Batalhas da História Portuguesa (Rui Natário)

Das Batalhas da Fundação até à Guerra das Laranjas, passando pelas lutas da Independência e pelas conquistas do Índico, sem deixar de lado Alcácer Quibir e as guerras da Restauração, As Armas e os Barões Aventurados traça um panorama das maiores batalhas da História de Portugal.

Um retrato fiel e verídico das grandes batalhas da História de Portugal envolvido pelo contexto social e político da época e alicerçado numa profunda investigação histórica. Recheado de sugestões surpreendentes relativas às circunstâncias menos conhecidas e com os detalhes prováveis do que pode realmente ter acontecido. Imperdível!

Os feitos menos conhecidos. As façanhas mais gloriosas.



O Vento dos Outros (Raquel Ochoa)

Viajar, à semelhança de escrever ou guerrear, é um frívolo segundo de desabafo; é uma meditação e um descanso. É viver de ideias novas, porque nunca estancam. Uma viagem é uma obra por fazer. É como uma vida inteira, em ponto pequeno. Viajar é ser um pouco vento, participar da sua magia de forma microscópica.

O Vento dos Outros é uma apaixonante viagem pela América do sul. A cada passo, a vida inteira.

«Nas primeiras horas estava sonolenta e distraída, mal olhava lá para fora. Por isso, quando me apercebi, entendi com surpresa que os Andes se foram dissolvendo, tornando-se rochosos, castanho-claros e, subitamente, transformaram-se em areia. Primeiro a areia subia os montes, numa escalada invasiva, como térmitas silenciosas que tudo querem devorar. Mais adiante passavam a formar dunas, com o traço perfeito das montanhas. De um momento para o outro estava rodeada por elas, perfeitos montes mortos que a chuva abandonou há muito tempo e que, se têm vida, não se manifesta através da mais pequena tira de erva. Mais ainda, tentavam invadir a estrada que as rodas dos veículos pesados expeliam para fora. Chegara ao deserto...»




Choque Cultural (João Lopes Marques)

«As extraordinárias viagens de um lusitano à descoberta dos 5 continentes – o livro de viagens mais divertido do ano.»

Uma extraordinária viagem pelo mundo, na senda dos costumes, aberrações, e manias dos vários povos do globo.
Choque Cultural é um livro útil, interessante e divertido que nos leva a conhecer a expressão mais intensa da cultura dos outros povos. 

Um livro de viagens pelos 5 continentes, protagonizado por um viajante intrépido, cheio de bom humor.
Crónicas verdadeiras, pejadas de autenticidade, juventude e alguma ingenuidade.
Histórias cheias de curiosidades sobre países mais e menos perto tanto em termos geográficos como em termos culturais.





Um Amor Proibido (Florent Gonçalves)


Florent Gonçalves, luso-francês, 42 anos, diretor da prisão feminina de Versalhes, é detido com grande aparato pelas forças policiais francesas e acusado de ter mantido um caso no interior da instituição com uma das detidas.
A história chega imediatamente à imprensa francesa. As insinuações multiplicam-se, as notícias são recheadas com novos pormenores a cada dia.
Mas quanto de tudo isso é verdade?

Em Um Amor Proibido, Florent Gonçalves abre o coração e conta toda a verdade sobre os acontecimentos.
Conta a história tal como realmente aconteceu, restaurando a verdade dos factos e prestando homenagem a uma história de amor surpreendente, que veio a florescer no mais improvável dos cenários.
Florent Gonçalves perdeu tudo: família, amigos e o emprego. A sua honra foi manchada.
Está a ser julgado nos tribunais do país onde vive.

Este livro tocou de tal forma os leitores franceses que se juntaram, de forma espontânea, em comités de apoio ao autor.

terça-feira, 17 de julho de 2012

A Arca - Passatempo




Tessalonica, 1917. No dia em que Dimitri Komninos nasce, um incêndio devastador varre a próspera cidade grega, onde cristãos, judeus e muçulmanos vivem lado a lado. Cinco anos mais tarde, a casa de Katerina Sarafoglou na Ásia Menor é destruída pelo exército turco. No meio do caos, Katerina perde a mãe e embarca para um destino desconhecido na Grécia. Não tarda muito para que a sua vida se entrelace com a de Dimitri e com a história da própria cidade, enquanto guerras, medos e perseguições começam a dividir o seu povo.
Tessalonica, 2007. Um jovem anglo-grego ouve a história de vida dos seus avós e, pela primeira vez, apercebe-se de que tem uma decisão a tomar. Durante muitas décadas, os seus avós foram os guardiões das memórias e dos tesouros das pessoas que foram forçadas a abandonar a cidade. Será que está na altura de ele assumir esse papel e fazer daquela cidade a sua casa?



Com o apoio da Civilização, inicia-se mais um passatempo aqui no blogue, tornando este mês de Julho muito apetecível.
Para poderem levar para a praia o exemplar que temos a concurso d'A Arca, devem responder correctamente às duas perguntas que lanço abaixo.
Boa sorte a todos e não deixem de participar até ao dia 24 deste mês!







Regras do passatempo

1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.
4) O não cumprimento da regra 3) poderá levar a exclusão em passatempos futuros.
5) Os participantes que sejam seguidores do blog terão uma chance extra no sorteio dos livros. As pessoas que não forem seguidoras terão a chance correspondente à inscrição.

Destaques MyBooks

O mês de Julho traz dois lançamentos da MyBooks traz dois autores da segunda metade do século XIX pouco conhecidos no nosso país, mas importantíssimos para compreender os caminhos das literaturas romena e americana.
Além disso, assinala-se também o lançamento do site da editora - http://www.mybooks.com.pt/ - onde poderão ver o catálogo que já chegou aos catorze títulos no seu curto mas rico período de actividade.



O Génio Vazio (Mihai Eminescu)

Era uma noite triste. A chuva caía miúda nas ruas não pavimentadas de Bucareste, que, serpenteavam, estreitas e lamacentas, por entre as casas pequenas e mal acabadas que, constituem a maior parte da capital da Roménia. Quem se atrevesse a dar um passo em frente, dava por si em charcos de lama que o borrifavam com água pegajosa. Das tabernas e lojas, através das montras grandes e encardidas, filtrava-se uma luz baça, ainda mais enfraquecida, pelas gotas de chuva que inundavam os vidros. De vez em quando, surgia uma janela com, cortinas vermelhas, onde uma mulher exibia os seus encantos numa semi escuridão...




A Mãe de George (Stephen Crane)

Entre 1850 e 1880, a população de Nova Iorque tinha duplicado, de 500 mil habitantes para mais de um milhão, o que deu origem a uma nova classe de cidadãos, comprimidos em miseráveis bairros de moradias. A Bowery era uma espécie de albergue de criminosos de rua, vagabundos e prostitutas, delimitado por Park Avenue, a sul.Nessa época, muitos dos jornais importantes de Nova Iorque tinham sede nas imediações, pelo que Stephen Crane foi atraído por esta zona de Manhattan, convencido de que nunca escreveria algo de verdadeiro se não tivesse contacto com as duras condições de vida na Bowery.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Destaques Saída de Emergência

Nomes sonantes reunidos nas novidades Saída de Emergência deste mês, mas também alguns títulos de autores portugueses. A ler com atenção!



Excalibur (Bernard Cornwell)


Artur esmagou a revolta de Lancelote, mas o preço foi elevado. A traição de Guinevere deixou-o fragilizado e os seus inimigos saxões pretendem aproveitar-se dessa vulnerabilidade. O caos ameaça dominar a Bretanha. Mas Artur já deu provas do seu génio militar e, à medida que a próxima batalha se aproxima, prepara-se para abrir caminho até à vitória em Monte Badon e reconquistar a mulher que perdeu.
Mas quais serão as consequências das intrigas de Mordred, agora o herdeiro ao trono da Bretanha, e da magia da sacerdotisa Nimue, que querem exterminar Artur?
Não perca a conclusão da trilogia dos Senhores de Guerra, a saga em que Cornwell dá nova vida ao mito arturiano, combinando com perícia a lenda e os factos históricos.




Medusa (Clive Cussler)

No arquipélago da Micronésia, desaparece um laboratório subaquático confidencial financiado pelo governo dos Estados Unidos que desenvolvia uma pesquisa biomédica crucial sobre a rara medusa-azul. Em simultâneo, 
ao largo da Bermuda, uma batisfera é atacada por um veículo submarino.
Só Kurt Austin poderá salvar os seus tripulantes de uma morte no fundo do mar. Suspeitando de uma ligação entre os dois acontecimentos misteriosos, 
Austin coloca a equipa da NUMA em ação.

Não faz ideia do que o espera: uma série de experiências médicas hediondas... uma organização criminosa com ambições inacreditáveis... um vírus novo e secreto que ameaça desencadear uma pandemia mundial.
Austin e a NUMA estiveram em situações de apuro antes, mas, desta vez, não são apenas as suas vidas que estão em risco... São as vidas de milhões de pessoas.






A Anatomia do Segredo (Leslie Silbert)

Inglaterra 1593:
Três semanas antes da sua enigmática morte, o famoso e sedutor Christopher Marlowe goza um enorme sucesso como dramaturgo. Rival de Shakespeare e espião ao serviço da Rainha da Inglaterra, Marlowe conhece o submundo de Londres como a palma das próprias mãos.

Nova Iorque, actualidade:
Kate Morgan, uma jovem licenciada em história da arte, trabalha como detective numa agência privada com ligações à CIA. A hábil e encantadora Kate é contratada pelo jovem milionário Medina para desvendar o mistério de um tomo escrito há mais de 400 anos que tem em seu poder.

Na busca de uma perigosa verdade, ela envolve-se numa intriga que a leva dos Estados Unidos à Inglaterra, dos desertos da Tunísia a uma Itália deslumbrante.

E quando as páginas amareladas começam a desvendar os seus segredos... o que esconderá este manuscrito? O que fará com que séculos mais tarde ainda leve alguém a matar?



Legião (Simon Scarrow)

Cato e Macro, dois soldados das legiões romanas, têm servido a causa dos Imperadores por todo o Império, desde a Bretanha até à Ilha de Creta, e enfrentam agora o caos que ameaça o Egipto.
O gladiador rebelde Ajax procura vingança pela morte do seu pai às mãos de Cato e Macro. Os seus homens têm-se disfarçado de soldados romanos e atacado bases navais, navios mercantes e cidades.
Cato e Macro são encarregues da tarefa de perseguir o guerreiro renegado antes que percam o controlo da situação no território. Decidem juntar forças à Terceira Legião na esperança de destruir o seu inimigo no campo de batalha, mas o astuto gladiador colocou outros planos em movimento…

Uma história de vingança, traição e morte, Legião leva-nos numa grande jornada pelo rio Nilo acima no momento em que o Império Romano enfrenta um novo perigo. Conseguirão Cato e Macro resistir à brutalidade dos seus inimigos?








Portugal, Rating AAA (Alexandra Silva Malta)

Hoje, mais do que nunca, assistimos a um jogo estratégico em que se manipula informação para condicionar o peso que os diferentes protagonistas têm. Hoje há entidades cujo papel é analisar países e colocá-los numa escala de valor… É uma nova arte de guerra. Mas com isto, torna-se fundamental que saibamos olhar para o nosso país e possamos ter uma opinião válida. Baseada em factos.
É importante fazer algo para cuidar do amor-próprio de um país, de uma cultura, de um povo. Do amor-próprio de ser português. Não é preciso recuar 500 anos para falar da glória de Portugal. Basta olhar para o lado para encontrar: genialidade, irreverência, atrevimento, inovação, competência.
Todos os dias há portugueses a fazer maravilhas, a criar, a liderar o Mundo, e a merecer o nosso reconhecimento e orgulho.
É nestes exemplos de dedicação e sucesso que nos devemos inspirar quando temos desafios para vencer. Porque há portugueses que se superam todos os dias. Porque estamos entre os melhores do mundo em muita coisa.

Faça como os líderes mundiais: conheça melhor o seu país. Mude a cultura do “coitadinho” para a cultura do “somos bons e queremos ser melhores”. Conheça melhor a sua Herança. Saiba tudo o que não lhe dizem sobre o valor do seu país.


A Saga de Alex 9 (Bruno Martins Soares)

Dois planetas em diferentes etapas de desenvolvimento. Duas guerras que podem levar ao extermínio. Uma profecia desconhecida. Qual será o papel de Alex 9?

Estamos no século XXII. Alex 9 é uma órfã adotada por uma poderosa corporação e treinada para ser a mais temível arma de combate que já existiu. Envolvida numa missão da qual desconhece os contornos, é lançada para os confins do espaço e só acorda duzentos anos depois na Terra.
Mas não é a nossa Terra. Este novo planeta em tudo semelhante ao nosso vive numa Idade Média onde impérios se enfrentam em sangrentas batalhas. E a chegada de Alex 9 veio baralhar tudo pois cumpre uma antiga profecia. Atacada por forças misteriosas que procuram destruí-la, a jovem também encontra aliados inesperados e,
quem sabe, algo que sempre julgou não estar destinado a si.
Numa saga repleta de perigos, para sobreviver Alex 9 terá de desvendar os mistérios que levaram dois mundos distantes no espaço e no tempo a embrenharem-se em guerras sangrentas. E com armas magnéticas, espadas japonesas, batalhas de naves e cargas de cavalaria a concorrerem entre si, só uma mulher como Alex 9 tem hipóteses de o fazer. Mas qual será o preço?

Destaques Chá das Cinco

Neste mês a Chá das Cinco juntou Sherrilyn Kenyon com aquela que tem sido apelidada da sua herdeira natural, Kim Harrison.
São dois livros a continuar as sagas que têm feito sucesso, Dark-Hunter (Kenyon) e Hollows (Harrison).
Os fãs deverão ficar deliciados a pensar em levar estas leituras para férias!


Bruxa Endiabrada
Título original: For a Few Demons More

Em Hollows os vampiros são apenas o início...

Apesar de namorar com um vampiro e viver com outro, Rachel Morgan conseguiu sempre manter-se um passo à frente dos problemas… até agora. Um tenebroso assassino em série fez das ruas de Cincinnati o seu terreno de caça e ninguém está a salvo, seja humano, Inderlander ou morto-vivo. Talvez a única maneira de parar esse assassino seja uma misteriosa relíquia que se encontra nas mãos de Rachel Morgan, destemida caçadora de recompensas e bruxa temerária. Mas revelar tal artefacto poderá dar início a uma batalha apocalíptica entre as diversas raças sobrenaturais de Hollows. A decisão pode salvar vidas… ou matar muitas mais! Mais uma vez, Rachel não pode falhar pois o preço a pagar é alto de mais.





O Diabo Também Chora
Título original: Devil May Cry

Sin, um antigo deus Sumério, era um dos mais poderosos do seu panteão… até à noite em que Ártemis lhe roubou a divindade e o deixou a um passo da morte. Durante milénios, o ex-deus convertido em Predador da Noite procurou recuperar os seus poderes e vingar-se de Ártemis. Mas agora tem peixes mais graúdos — ou demónios mais graúdos — com que se preocupar. Os letais gallu, que tinham sido enterrados pelo seu panteão, começam a despertar e estão famintos de carne humana. O seu objetivo: destruir a humanidade. Sin é o único que os pode deter… se uma certa mulher não o matar primeiro. E para quem apenas conheceu a traição, agora Sin terá de confiar numa pessoa que não hesitará em o entregar aos demónios. Ártemis pode ter roubado a sua divindade, mas outra mulher roubou-lhe o coração. A única pergunta é: irá ela mantê-lo… ou dá-lo a comer aos que o querem morto?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Chaplin: Os Primeiros Anos - Passatempo



Acredito que Charlot (nome português que ficou para The Tramp), a encarnação de Chaplin no cinema, é uma figura adorada por todos. Por isso e por ser um livro fundamental para cinéfilos ou meros admiradores deste realizador / actor / argumentista / compositor, tenho o imenso prazer de me juntar à Bizâncio para oferecer um exemplar da obra Chaplin: Os Primeiros Anos.




Para se habilitarem ao livro têm de responder a duas perguntas sobre o livro ou a figura nele explorada. Nada que uma breve pesquisa não permita resolver rapidamente.
Têm até dia 20 de Julho para participarem. Boa sorte a todos, mesmo se só um pode ganhar!




Regras do passatempo


1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.
4) O não cumprimento da regra 3) poderá levar a exclusão em passatempos futuros.
5) Os participantes que sejam seguidores do blog terão uma chance extra no sorteio dos livros. As pessoas que não forem seguidoras terão a chance correspondente à inscrição.

Destaques Bizâncio

Neste mês de Julho a Bizâncio traz-nos uma única novidade, A Linguagem Corporal do Amor, mas recupera alguns títulos que estavam esgotados. Nesse campo destaca-se O Vento dos Khazares de Marek Halter, autor que a editora tem trazido em força ao contacto com os leitores portugueses.



A Linguagem Corporal do Amor (Allan e Barbara Pease)

Tudo o que precisa de saber sobre a linguagem corporal do amor, dos autores de Linguagem Corporal – Porque é que os homens coçam a orelha e as mulheres mexem na aliança.
Compreender o jogo da sedução; 
A arte do flirt e os seus sinais; 
Encontros ultra-rápidos, primeiros encontros, festas, encontros na Internet e outras missões-suicidas; 
Na alegria e na tristeza: os segredos das relações duradouras. 

Saiba como usar a linguagem corporal para ser bem-sucedido no amor e encontrar o seu parceiro para a vida. A Linguagem Corporal do Amor vai ajudá-lo a identificar a linguagem corporal correcta e a corrigir o que tem feito mal. Não fique sozinho, use adequadamente a sua linguagem corporal e encontre o amor para sempre.





O Vento dos Khazares (Marek Halter)

Na época de Carlos Magno, o império cristão de Bizâncio estende-se até à Rússia, o grande califa de Bagdade propaga a sua fé em Alá e, algures no Cáucaso, um reino converte-se ao judaísmo. Mil anos depois Marc Sofer lança-se à descoberta de um fascinante enigma: porque decidiu o povo khazar converter-se à religião judaica? Porque foram literalmente apagados da história? Uma intriga política contemporânea.











Pessoas Felizes – A Natureza e as Origens da Felicidade
(Paul Martin)

«Qualquer governo que deseje verdadeiramente promover a felicidade nacional deve dar uma grande prioridade ao combate ao desemprego.»

Paul Martin 

Em tempos de crise é possível ser-se feliz? 
A fama, o dinheiro e os bens materiais permitem-nos alcançar a felicidade? 
E o que é exactamente a felicidade e como se alcança? 
A felicidade está codificada geneticamente? 
Pode comprar-se? 

Estas são grandes questões que não permitem respostas simples, mas felizmente já temos a ciência para nos ajudar. E Paul Martin apresenta, nesta notável obra, muitas respostas e pistas importantes para podermos ser Pessoas Felizes. 

«As políticas económicas de uma nação podem ter um grande impacto na felicidade.» 
«A felicidade média de uma população tende, de facto, a declinar se aumentar a disparidade de riqueza entre os muito ricos e os muito pobres.» 
«Elegemos governos que agem como se o crescimento económico e os rendimentos crescentes fossem a chave da felicidade.»



As Vantagens de Ser Introvertido 
(Marti Olsen Laney)

«Entra em parafuso» quando há coisas demais a acontecer? 
Sente as suas energias restauradas quando passa algum tempo a sós?
Nas reuniões é preciso que lhe perguntem as suas opiniões e ideias? 
Tende a reparar em detalhes que escapam à maioria das pessoas? 
A sua festa ideal é uma reunião de poucos amigos, mais do que uma grande celebração? 
Sente-se frequentemente como uma tartaruga rodeada de lebres por todos os lados? 


As boas notícias são que é um introvertido. As óptimas notícias são que, celebrando as forças interiores e a singularidade de se ser um «Intro», este livro mostra a todos os introvertidos, e aos extrovertidos que os amam, de que forma trabalhar com o seu temperamento, para apreciar melhor a vida, os relacionamentos, o convívio social, e os relacionamentos no local de trabalho. Encontrará neste livro estratégias para lidar com diversas situações, tácticas de gestão das suas energias, e centenas de sugestões valiosas, não apenas para sobreviver, mas para ser bem sucedido num mundo de extrovertidos.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Isabel I de Inglaterra e o seu médico Português - Passatempo





Aproveitando a oportunidade que tive de trocar algumas ideias com a autora Isabel Machado, vou agora sortear um exemplar do seu livro.
Continuando com a divulgação deste trabalho, poderão encontrar no vídeo acima mais alguns detalhes sobre a obra. Detalhes esses que serão indispensáveis à participação neste passatempo que termina no dia 17 deste mês. Boa sorte a todos!





Regras do passatempo

1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.
4) O não cumprimento da regra 3) poderá levar a exclusão em passatempos futuros.
5) Os participantes que sejam seguidores do blog terão uma chance extra no sorteio dos livros. As pessoas que não forem seguidoras terão a chance correspondente à inscrição.

Isabel I de Inglaterra e o seu médico Português (Isabel Machado)


Na sua estreia literária Isabel Machado relata-nos a fascinante história de Isabel I de Inglaterra e daquele que viria a tornar-se o seu amigo, confidente, informador e médico pessoal, o médico judeu português Rodrigo Lopes. 
Da chegada de Rodrigo a Londres, onde assistiu à coroação de Isabel I, a um reino em transformação alicerçado no sonho de uma soberana muito para lá do seu tempo, passando pela morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir e subsequente ocupação Filipina de Portugal ou da conivente cumplicidade à amizade e cuidados profissionais do médico para com a Rainha, tudo nos é deliciosamente descrito pela autora.
Isabel I é uma personagem fascinante, inúmeras vezes mal explorada e desenvolvida por autores que concentram o interesse apenas na sua vida amorosa em detrimento da totalidade do papel político por ela desempenhado.
Tal não acontece neste romance, a autora mostra-nos uma Rainha de inteligência superior, senhora de uma enorme consciência politica, consagrada ao seu país e ao seu povo. Uma Rainha evidenciando uma imensa tolerância e respeito pelo livre pensamento e liberdade religiosa, demonstrada aliás em toda a sua plenitude ao aceitar um judeu convertido como seu médico pessoal.
Embora não aparentando, Isabel I e Rodrigo são personagens que têm muito em comum. Rodrigo, sendo um médico judeu convertido ao cristianismo, é de certa forma uma vítima do preconceito, sendo olhado de soslaio por uma parte da sociedade. Por seu lado, Isabel antes de ser rainha foi considerada filha ilegítima pelo pai e depois permaneceu prisioneira da irmã durante o reinado desta. A marginalização de que ambos foram vítimas levou estes dois personagens a desenvolver uma grande cumplicidade.
Decorrente da pluralidade das personagens, quer na história de Rodrigo quer na história da Rainha, a narrativa desenrola-se de forma lenta e pausada, acelerando gradualmente à medida que o enredo se vai revelando cada vez mais intrincado.
O livro relata de forma rigorosa o tempo histórico retratado, da coroação da rainha, à história de Espanha e de um Portugal dominado pelo rei Filipe de Espanha. A corte como uma fonte de intriga, ambição e traição, ajuda a manter o leitor interessado no livro do início ao fim.
Uma obra de escrita clara e intimista, através da qual a autora nos oferece uma leitura fácil e agradável. Recomendo vivamente.






Autor: Isabel Machado


Editora: Esfera dos Livros


Páginas: 512


Género: Romance Histórico

segunda-feira, 9 de julho de 2012

À conversa com Isabel Machado

Foi através de email que a autora Isabel Machado recebeu as minhas perguntas. Sem evitar nenhuma, mesmo aquela sobre o seu futuro trabalho, antes aproveitando para se alongar em alguns temas importantes.
A entrevista tentou, como sempre, falar da obra - neste caso, de Isabel I de Inglaterra e o seu médico Português - mas também do próprio percurso da autora e do que o seu trabalho contribui para a sua visão da actualidade do país.
Espero que gostem do resultado final.





- Porque escolheu o romance histórico como género para a sua obra de estreia?
Na verdade, foi um desafio que me lançaram e que aceitei logo, perfeitamente consciente da loucura que estava a fazer. De qualquer forma, sempre gostei deste género literário e adoro história. Da experiência que tive, estou convencida que só quem goste muito de história deve avançar para uma coisa destas. O trabalho de pesquisa pode desmotivar o mais afoito! Chega a ser brutal.


- Que romances históricos leu que a fizeram sentir-se mais inclinada a este género?
Tenho lido muitas coisas, a começar pelos incontornáveis Walter Scott e Alexandre Herculano. Devo dizer que gosto muito dos pré-românticos e dos românticos ou dos romancistas e poetas de inspiração romântica, incluo neste grupo desde Jean-Jacques Rousseau, Victor Hugo, o nosso Almeida Garrett, Chateaubriand, ou os americanos Nathaniel Hawthorne e o magnífico Walt Whitman. Todos estes autores me marcaram muito na juventude, claro que nem todos fizeram exactamente romance histórico. Entre os mais recentes, gosto muito de Gore Vidal, Amin Maalouf, mas tento ler coisas diferentes, nos últimos anos também incluí Phillippa Gregory, de que não gostei logo, admito, tem uma linguagem e um ritmo muito próprios mas que aprendi a apreciar porque os seus romances se passam imediatamente antes e durante a dinastia Tudor. Desta época, há um romance histórico brilhante, da Hilary Mantel, chamado Wolf Hall, sobre Thomas Cromwell, o controverso ministro de Henrique VIII. Entre os autores portugueses, há excelentes romances históricos contemporâneos, muito diferentes entre si, de Fernando Campos a Saramago, entre muitos outros mais jovens, não quero referir nomes porque acho injusto se me esquecer de algum.


- Que outras influências tem a sua escrita?
Não sei responder directamente a essa pergunta, talvez os outros o possam fazer melhor do que eu, não tenho o distanciamento necessário. O que posso dizer é que também fui muito marcada por grandes romances de crítica social ou de grande densidade psicológica de Charles Dickens, Stendhal, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, Flaubert, Emile Zola. Eu quis escrever uma história que trouxesse algo de novo e que pudesse ser lida por toda a gente, sem banalizar. Límpida, clara, mas com uma linguagem agradável, com pormenores, ensinando também. Sentia uma responsabilidade enorme por trazer pela primeira vez para a literatura portuguesa esta figura decisiva da história mundial e outras suas contemporâneas. Quis humanizá-las, torná-las familiares ao público português, respeitando sempre muito o contexto histórico. Quis enquadrar as personagens no período em que viveram, explorando a política, a religião, a medicina, a espionagem, as diferenças entre as classes sociais. E, claro, cruzando a história dos dois países, com uma perspectiva crítica.


- Como se consegue escrever um romance histórico de 512 páginas?
Praticamente enlouquecendo, nós e os que estão à nossa volta. Com muito trabalho. Muito trabalho. Alguns momentos de desespero mas tem de se acreditar. Pus na secretária um pequeno livrinho, que comprei há uns anos, com o título Keep Calm and Carry On, aquele slogan fabuloso dos cartazes ingleses durante a II Guerra Mundial e que, de repente, ficou na moda. Com determinação e trabalho tudo se consegue. Agora, acho que houve um factor fundamental que foi o prazo que eu tinha para escrever. Sou muito desorganizada com papéis, a minha secretária e o chão à volta é um caos, perco-me no meio dos meus próprios apontamentos, dos livros, das fotocópias, é mesmo muito mau, mas sou extremamente cumpridora. Sou incapaz de falhar um prazo. Portanto, mesmo que caísse para o lado no final, como veio a acontecer, tinha que entregar o livro no dia previsto. Acho que isso ajuda. Ser cumpridor é fundamental porque nem nos ocorre que iremos falhar. Podemos morrer a seguir mas honramos o compromisso.


- Quanto tempo lhe durou a pesquisa e, depois, a escrita em si mesma?
Não chegou a um ano, quase um ano, no total. Uma verdadeira loucura. Nos meses finais, não fazia mais nada, vivia quase totalmente alienada da realidade. A pesquisa desenvolve-se no início mas, na verdade, nunca me abandonou completamente. Estava sempre a confirmar factos, pequenas coisas, aparentemente mínimas, mas muito importantes. Coisas que só nos ocorrem quando já estamos a escrever, por se tratar de uma época bastante recuada colocam-se imensas dúvidas no meio de uma cena, de uma descrição, pormenores do dia a dia, dos hábitos daquela época, até dos legumes que se comiam numa determinada altura do ano, as flores que havia, os materiais, os objectos, tudo o que se possa imaginar.


- Porquê este período histórico em concreto? Alguma atração especial por Isabel I de Inglaterra?
Primeiro, escolhi a figura, Isabel I. Porque é uma mulher que sempre admirei, que se impôs num mundo de homens, governando de uma forma muito sui generis, muito feminina, uma mulher brilhante, cultíssima, manipuladora, com um humor extraordinário, mas contraditória, carente, insegura, indecisa, atrevida, picante, de uma vaidade absurda. Consegue sobreviver até chegar ao trono devido à sua inteligência, astúcia e determinação. E depois, confundindo tudo e todos, vai impor a sua vontade: não casa, evita as guerras até ao limite, pacifica o reino, cria uma igreja anglicana moderada, apoia a literatura e as artes em geral e projecta Inglaterra no mundo. Isabel I altera a ordem de poder na Europa para sempre. O período histórico também era irresistível: o Renascimento é uma das épocas mais fascinantes da Europa, com todas as convulsões religiosas, políticas, artísticas e científicas que trouxe. 


- Sente-se na sua obra uma vontade de mostrar o lado mais humano de cada personagem, isto é propositado? Qual a intenção disso mesmo perante o leitor?
Sim, é rigorosamente propositado. Foi, aliás, um dos principais objectivos a que me propus desde início.  Eu não queria escrever um daqueles romances históricos em que os acontecimentos se sucedem uns aos outros, sem pausas para pensar, reflectir. Acho que este não é um livro que se lê de um fôlego. Quis dar densidade às personagens. Densidade e coerência, mesmo na sua aparente incoerência, como é o caso de Isabel I. Acredito que todos nós somos, acima de tudo, pessoas e a nossa forma de ser determina tudo o resto. Eu queria que os leitores “vissem” aquelas figuras, que lessem as suas pequenas reacções, que as interiorizassem. Quis defini-las com muito cuidado. Em primeiro lugar a rainha, foi um trabalho muito interessante porque é difícil encontrar uma personalidade mais complexa do que Isabel I. E todos os outros. Por exemplo, William Cecil, Francis Walsingham e Robert Dudley, os principais conselheiros do reinado, eram com certeza pouco conhecidos de muitos portugueses, todos muito diferentes entre si. Quis vincar bem a personalidade de cada um na forma como se exprimiam, como falavam com a rainha, os seus gestos, as roupas que vestiam.  Walter Raleigh é outro caso, não poderia passar ao lado da sua extravagância, daquela vaidade insana, daquele excesso que encantou Isabel, sempre atraída por homens belos e exagerados. Era fundamental para mim aprofundar a componente humana, as angústias, as paixões, as vaidades, os medos, o amor, a raiva, o ciúme, sentimentos que todos conhecemos mas que expressamos de maneiras tão diferentes. Penso que nenhum leitor, ao fim de algumas páginas, está à espera que o William Cecil entre aos gritos pelos aposentos da rainha, como ponho o Robert Dudley ou, mais tarde, o conde de Essex a fazer. Mas ninguém a vergava como ele. Ou que o Francis Walsingham recorra à lisonja ou aos floreados para falar com a rainha. É directo, quase brutal. Gosto de personagens bem marcadas e dos contrastes, do ridículo, do absurdo.

- Com que ideia ficou de Isabel I de Inglaterra? E de Rodrigo Lopes?
Fiquei com a ideia de que era uma mulher bastante marcada pela sua infância e juventude. Muito atormentada pelo passado. Começo o livro com um pesadelo por isso mesmo. Acho que o principal motivo que a levou a não casar - para além da sua indecisão crónica - foi o medo. Medo de ser infeliz, medo de perder o apoio popular, medo de subjugar o reino a interesses de fora. Precisou de ter o poder todo mas era brutalmente carente. Surpreendeu-me muito a sua dificuldade em tomar decisões. Foi talvez a maior surpresa para mim, imaginamos sempre Isabel I como uma mulher de pulso de ferro, que corta a direito e decide rapidamente e com frieza. Pois, era exactamente o contrário. Não conseguia decidir. Mas depois, sempre que o perigo era real e imediato, não hesitava, como aconteceu com a ameaça da Invencível Armada. Foi o momento mais brilhante do seu reinado. 
Com o Rodrigo Lopes foi um trabalho muito diferente. Não há quase nada sobre a personalidade dele, o que existe é preconceituoso, racista, completamente parcial, era um estrangeiro e um judeu e é sob essa perspectiva que ele é descrito. Inventei-lhe uma personalidade que me pareceu coerente com as actividades que desenvolve, fazendo-o aparecer desde cedo como um homem muito ambicioso e insatisfeito com a estagnação, alguém que quer sempre mais. Sendo o primeiro físico residente numa grande instituição hospitalar de Londres, existe uma única descrição de um tratamento inovador que fez, compus a personagem como alguém com sucesso profissional, sempre em busca de conhecimento, baseando-me em estudos de outro médico português que fez furor na Europa, mais ou menos na mesma época, Amato Lusitano. Por outro lado, para agradar à rainha, sabe-se que lhe lia livros, tinha de ser sofisticado, inteligente, culto, interessante. Isabel I era exigentíssima com a escolha dos raros eleitos que partilhavam a sua privacidade. Acima de tudo, era um português que eu quis tratar bem, não ocultando as debilidades do seu carácter, como eu as imagino. Também não há nada que nos fale das suas relações com a família, os amigos, os colegas. Casou realmente com Sarah Anes e estava integrado na comunidade portuguesa de Londres, isso é tudo real. Mas o seu contexto familiar, a história de amor com Sarah e a grande amizade com Heitor Nunes, também uma personagem real, são romanceados. 


- A versão que chegou aos nossos dias do relato sobre Alcácer Quibir e a ocupação espanhola parece-lhe a correcta?
Não, não me parece nada correcta e deixo isso bem claro no livro. Ninguém nos contou na escola que uma boa parte da nobreza e do alto clero de Portugal foi subornada por Filipe II. Só nos disseram que ele invadiu Portugal, o que é rigorosamente verdade também. Mas até chegar à invasão, entre a batalha de Álcacer-Quibir e a entrada das forças de Filipe II, passam-se dois anos, dos quais nós praticamente nada sabemos. O que se ensina na escola é a morte de D. Sebastião, seguida da morte de Luís de Camões e a perda da independência. E tudo o que se passou entretanto? A corrupção, a compra das elites por parte do rei espanhol e a desavença entre os portugueses? É evidente que muita nobreza e boa parte da elite militar foram desbaratadas no norte de África. Mas se os pretendentes se tivessem unido, pressionado o cardeal D. Henrique, o grande responsável pela desgraça, Filipe II não teria tido a vida tão facilitada. É neste contexto que desenvolvo uma outra personagem, que me parece fascinante, o D. António, prior do Crato e outros heróis portugueses, da nobreza e do povo, que não se resignaram e se levantaram em armas contra o mais poderoso exército do mundo, mesmo sem qualquer preparação. Foram momentos de grande heroísmo que quis homenagear, digamos assim. Aliás, Portugal aparece sempre na história com uma nota de afecto, também propositada, em todos os capítulos aqui passados, no Crato, em Coimbra, Lisboa, Santarém, Peniche, Cascais ou Estoril. Alguns destes locais foram cenários reais de momentos muito dramáticos. 


- Iremos ter mais livros seus versando este mesmo tema? Já existem planos para o próximo? Podemos saber algo sobre a figura histórica?
Ainda não posso adiantar nada, apenas que estou em início de pesquisa.


- Como vê o actual estado da Literatura Portuguesa? E do Romance Histórico em particular?
Acho que a literatura portuguesa atravessa um momento de grande pujança, grande vigor, com muita qualidade. Para além dos grandes nomes consagrados da segunda metade do século XX, apareceu nos últimos 10, 15 anos, uma geração fabulosa de escritores. O romance histórico está bem e recomenda-se. Há cada vez mais autores, o género está em franca expansão e isso é óptimo. Acredito que o romance histórico capta novos leitores, as pessoas gostam muito de aprender história de forma lúdica, que é um dos grandes objectivos deste género literário. Há para vários gostos e ainda bem. A diversidade é uma mais-valia.


- O que está a ler neste momento ou leu recentemente que recomende aos leitores?
O drama da pesquisa é que se fica de tal maneira imerso em informação histórica que se tem pouco tempo para ler, mas vai-se arranjando aos bocadinhos. Por isso, não resisto a partilhar o que vou tentando ler, nos intervalos, um livro delicioso que uma amiga me emprestou há duas semanas, do Bill Bryson, que escreveu há uns anos a Breve História de Quase Tudo. Este chama-se Em Casa. Um livro diferente, vale a pena.


- De todas as actividades que já desempenhou, qual a que a preencheu mais?
Do passado, talvez a grande reportagem, em televisão, e a reportagem alargada na imprensa. Mas guardo memórias maravilhosas dos anos de ensino. Tenho uma admiração imensa pela figura do educador, do professor. Foi uma grande entrega, eu ensinava português e francês, duas disciplinas normalmente odiadas, como a matemática, e, por isso mesmo, foi muito difícil mas muito gratificante. Vivia intensamente as dificuldades dos alunos, esforcei-me sempre por simplificar, acho que é esse o caminho. Acredito que um professor consegue fazer milagres. De vez em quando, sinto saudades da televisão mas adoro o que estou a fazer agora. Talvez seja esta a actividade que mais me preenche.


- Que balanço faz da sua participação no Canal Parlamento? A nossa democracia está de boa saúde?
Foi insuficiente, saí por minha vontade, por motivos de saúde e de princípio, recusei-me a vir para casa com uma baixa de longa duração, sou ferozmente contra isso, excepto em casos muito graves, mas saí com grande frustração e pena. Sempre sonhei fazer reportagens no Canal Parlamento. Pequenos documentários também, há muitas formas de aproximar os cidadãos do seu Parlamento e dar a conhecer o que ali se faz. Quanto à democracia, são os cidadãos que devem controlá-la. Avançou-se muito em Portugal porque tínhamos um grande atraso mas a democracia é um trabalho permanente, nunca nos devemos alhear porque isso seria matá-la. A democracia vem da população. Votar é um dever, é o principal dever. Outro é participar mais. As pessoas têm imensa força, todas as conquistas da humanidade se deram com muito, muito esforço. Devíamos abandonar a nossa zona de conforto. Choca-me que exista em Portugal ainda tanto medo. É talvez das coisas que mais me choca. Ainda se vive amordaçado em Portugal.


- Depois de ter vivido nos Estados Unidos e em Macau, como olha para a Europa e para Portugal em particular?
Precisamente por ter vivido nos Estados Unidos e na Ásia, acredito profundamente no ideal europeu. Acho a União Europeia uma conquista maravilhosa, juntar quase 3 dezenas de países com línguas, história, culturas diferentes, que se guerrearam durante séculos, é um exemplo para a humanidade. A Europa é pioneira nas lutas pela liberdade, pelos direitos humanos, como a época de Isabel I bem mostra. Acho que se deve fazer tudo, tudo para salvar a Europa. Mas sou muito crítica, há muitos anos. A guerra nos Balcãs devia ter acordado a União Europeia, incapaz de resolver um conflito brutal, um genocídio, às suas portas que, ainda por cima, era mostrado em directo e a cores pela televisão diariamente. Foi terrível assistir à ineficácia das negociações durante anos. Acredito nas capacidades do ser humano. Acredito em Portugal também. Vivemos momentos muito difíceis mas se há coisa em que os portugueses são especialistas é a sobreviver a crises. Tenho de reconhecer que até um optimista como eu às vezes desespera...mas quero terminar com uma nota positiva e dizer que acho que existe um génio português.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Destaques Civilização

No mês de Julho destaca-se o lançamento de mais uma obra do Prémio Nobel Naguib Mahfouz. Mas também para o público juvenil há novidades!



Miramar (Naguib Mahfouz)

Um romance coeso e de grande carga emocional sobre vidas que se cruzam, Miramar desenrola-se na Alexandria do início dos anos 60. Seis personagens, todas agora exiladas por força das circunstâncias, tornam-se residentes da elegante e decadente Pensão Miramar. A figura central é Zohra, a bela camponesa cuja relação com as outras cinco personagens simboliza a essência da realidade política e social da época.




A Arca (Victoria Hislop)

Tessalonica, 1917. No dia em que Dimitri Komninos nasce, um incêndio devastador varre a próspera cidade grega, onde cristãos, judeus e muçulmanos vivem lado a lado. Cinco anos mais tarde, a casa de Katerina Sarafoglou na Ásia Menor é destruída pelo exército turco. No meio do caos, Katerina perde a mãe e embarca para um destino desconhecido na Grécia. Não tarda muito para que a sua vida se entrelace com a de Dimitri e com a história da própria cidade, enquanto guerras, medos e perseguições começam a dividir o seu povo.
Tessalonica, 2007. Um jovem anglo-grego ouve a história de vida dos seus avós e, pela primeira vez, apercebe-se de que tem uma decisão a tomar. Durante muitas décadas, os seus avós foram os guardiões das memórias e dos tesouros das pessoas que foram forçadas a abandonar a cidade. Será que está na altura de ele assumir esse papel e fazer daquela cidade a sua casa?






O Feitiço da Clorofila - Leila Blue n.º 3 (Miriam Dubini)

Uma mensagem misteriosa chega à cave mágica de Primrose com um pedido de ajuda da bruxinha mais desastrada do mundo. Leila tem de cumprir a sua primeira missão como bruxa! No entanto, tem uma enorme surpresa: a mensagem vem do jardim da sua pior inimiga, Ivy Bullitpot, recentemente nomeada a nova rainha das bruxas. Com a ajuda do inseparável Florian, Leila vai viajar para os maravilhosos fiordes noruegueses, onde há harpas encantadas e lobos que falam, e descobrir a mais poderosa de todas as magias: o perdão.





André Topa-Tudo no País dos Minorcas (António Torrado)

O André Topa-Tudo é um superbebé que já nasceu ensinado. Parece que, depois das aventuras por que passou no primeiro livro da série, André Topa-Tudo no País dos Gigantes, se esqueceu, em grande parte, do que tinha aprendido. Mas esqueceu-se mesmo? Uns estranhos escuteiros rechonchudos começam a aparecer na loja de flores da mãe do André e esgotam os amores-perfeitos. Ao que vêm eles? O Andrezinho, de chupeta ao canto da boca, franze a testa. Terá suspeitado de algum perigo? Algo de muito grave está para acontecer. Mas o quê? Só lendo se saberá.





O Segredo da Felicidade (Luísa Ducla Soares)


Era uma vez um rei tão infeliz que chorava pelos olhos e pelo nariz. Nada lhe parava as lágrimas, que alagavam o palácio e constipavam a rainha, forçada a dormir numa cama sempre molhada. Vieram médicos famosos e bruxas de renome, até que um sábio declarou que o rei se curaria se vestisse a camisa de um homem feliz. Poderia o conto acabar com um provérbio: A RIQUEZA NÃO TRAZ A FELICIDADE, mas a autora e os criados não se conformaram com este fim e inventaram mais três, todos terminados com provérbios populares. Não há provérbios para todas as situações?