Quando comecei este livro, estava confiante de que ia gostar, porque há muito que me fascinam as histórias sobre o Oriente, pois guardam sempre algo de exótico e misterioso.
No entanto em momento algum pensei que ia adorar, tal como rapidamente aconteceu, o que me fez ler o livro de rajada.
A história tem, de facto, a sua parte exótica, mas o que me impressionou foi a sua dimensão humana. Por um lado, é a história do crescimento de duas jovens privilegiadas que, de repente, se vêem sem nada e são obrigadas e encarar um nova vida nos EUA, no início e meados do século XX.
A história não é verídica, mas baseia-se em factos reais do sofrimento dos imigrantes chineses nessa época.
Somos deparados com uma realidade completamente diferente da que estamos à espera, porque, naquela época, os EUA não eram um país de sonhos e tolerância como a estava instituído no imaginário dos que lá chegavam, mas antes extremamente duro e intolerante para os chineses.
A par disto, decorre a história das duas irmãs que são obrigadas a aprender a ser adultas, nas circunstâncias mais difíceis.
A mais velha, de facto, torna-se madura, tolerante e sábia, mas a mais nova permanece imatura e egoísta.
Devido a essas diferenças, este romance revela-se uma historia de amor emocionante e singela entre duas irmãs.
Quem gosta de um romance rico em detalhes e emoção, não deve perder Raparigas de Xangai, pois tal como eu arrisca-se a tornar-se fã da escritora.
Autora: Lisa See
Editora: Bizâncio
N.º de páginas: 352
Género: Romance
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