quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Destaque Clube do Autor

Também hoje chega às livrarias outro título da Clube de Autor que merece toda a nossa atenção, pelo menos por se ter tornado um fenómeno de vendas no Reino Unido.
Mas os elogios dos críticos atestando da sua ligação à realidade, são parte dessa despertada atenção.

Com o seu romance de estreia Hilary Boyd conterveu-se na estrela da literatura para mulheres reais. Quinta-feira no Parque surpreendeu o mundo editorial.
The Independent

Emotivo, verosímil e muito bem escrito.
Closer



Quinta-feira no Parque
Hilary Boyd

Quinta-feira no Parque, tal como As Cinquenta Sombras de Grey, depressa se tornou no livro sensação do ano no Reino Unido depois de várias semanas no primeiro lugar dos mais vendidos da Amazon. 

O livro aborda o tema do amor e do sexo, este mais sugerido do que explícito, numa fase mais madura da vida. É como uma revolução. As mulheres mais velhas estão a começar a reivindicar a vida que querem para si, sem amarras. Hilary Boyd, a autora do mais recente bestseller do Reino Unido não tem dúvidas acerca do sucesso por detrás do seu livro: milhares de mulheres identificam-se com Jeanie, a protagonista de Quinta-feira no Parque.

Numa quinta-feira, Jeanie conhece Ray no parque e, aos poucos, vão cimentando uma amizade tranquila. Conversam, riem-se, partilham esperanças e segredos, e até desgostos de amor. Oferecem um ao outro uma nova oportunidade na vida e no amor, mas será que vão ter coragem de a agarrar?

Por que razão não posso encontrar-me com um homem no parque, enamorar-me e ter relações sexuais com ele? – pergunta Hilary Boyd. Lá por não ser jovem uma mulher não deixa de gostar de sexo, acrescenta. Neste sentido, Boyd acaba por incitar as mulheres a assumirem a sua liberdade de escolha e a não temerem julgamentos. Porque, afinal, o amor não tem prazo de validade.

Destaque Clube do Autor

A colecção "Os Livros da Minha Vida" lançada pela Clube do Autor ganha mais um volume, desta vez pela mão de Margarida Rebelo Pinto.
Como até aqui, a escritora trata do prefácio à obra que escolheu para esta colecção na qual destaco, além da qualidade das obras, a beleza das capas que se mantém esteticamente distintas mas sempre relacionadas entre elas. Como uma colecção deve garantir.



Noites Brancas
Fiódor Dostoiévski

Para a escritora Margarida Rebelo Pinto, Noites Brancas «é mais do que um livro que nos faz chorar de emoção, mais do que um livro terno e perfeito; é uma lição de vida imortal.» O romance de Dostoiévski foi eleito pela escritora portuguesa um dos mais belos livros de todos os tempos, e acaba por isso de integrar a Coleção “Os Livros da Minha Vida.» 

Esta é uma coleção que visa destacar alguns dos livros que ao longo dos séculos marcaram a sua época e épocas seguintes, entraram para a História da Literatura e, por qualquer razão, se tornaram especiais para determinada personalidade pública. Margarida Rebelo Pinto vem assim juntar-se a José Eduardo Agualusa (Os Maias), Teresa Patrício Gouveia (Mrs. Dalloway), Francisco Pinto Balsemão (O Grande Gatsby), Miguel Sousa Tavares (A Ilha do Tesouro) e Eduardo Marçal Grilo (O Corsário Negro). 

Numa noite luminosa, numa ponte sobre o rio Neva, um jovem sonhador depara-se com uma mulher em lágrimas. Petersburgo está mergulhada em mais uma das suas noites brancas, um fenómeno que faz as noites parecerem tão claras quanto os dias e que confere à cidade a atmosfera onírica ideal para o encontro entre essas duas almas perdidas. 

Ao longo de quatro noites, o tímido jovem e a ingénua rapariga estabelecem laços intensos, mas o desenrolar romântico deste fugaz encontro pode estar ameaçado… Mas será isso realmente o mais importante?



Os outros títulos nesta colecção





domingo, 25 de agosto de 2013

Sete Minutos (Lara Morgado)

Sete Minutos é um romance especulativo que usa uma hipótese de contornos científicos para, acima de tudo, filosofar.
Filosofar com as roupas do homem comum, não com um pensamento demasiado avançado para ser partilhado por todos.
Caso contrário, nem seria possível a Lara Morgado integrar as suas reflexões numa história cativante e cuidadosamente escrita.
Lara Morgado arrisca reflectir sobre um tema que poderia causar algumas emoções fortes na nossa sociedade: o momento em que a vida verdadeiramente começa.
Mas não esperem respostas óbvias - afinal de contas, reflectir é colocar perguntas - nem uma tendência para um dos "lados do debate".
Aqui encontramos uma reflexão sobre o início da vida que se relaciona directamente com a morte. Basta pensar que uma das personagens é médico de fertilidade e outra é uma médica de autópsias.
Entre o nascimento e a morte está a vida, que não é mais do que os momentos de consciência que os seres humanos têm para si.
A consciência é, em grande medida, aquilo que está em causa neste livro, porque a premissa do livro é a de que é possível comunicar com as almas por nascer.
E se é costume dizer que as crianças não escolhem nascer, aqui dá-se o caso das almas não quererem mesmo chegar a fazê-lo.
Muito embora o romance se refira a almas e tenha no sete um número ligado à criação católica, não senti que se pudesse reduzir a uma militância religiosa.
Se há coisa que o livro não faz é "argumentar" com o leitor. Da maneira como os elementos da história se vão revelando devagar ao longo do livro obrigam o leitor a parar para pensar cada pergunta que lhe surge em vez de, simplesmente, o levar a correr pelas folhas seguintes.
Guiados que somos pelas personagens, que vão evoluindo à medida que são confrontadas com as grandes questões sobre o sentido da vida, podemos sentir-nos um pouco pressionados por alguns elementos que têm opiniões pessimistas, vale a pena chegar ao surpreendente final para sentir que valeu a pena abarcar tudo o que o livro contem.
Peguem neste romance preparados para não ficarem indiferentes.




Autor: Lara Morgado


Editora: Guerra & Paz


Páginas: 272


Género: Romance especulativo

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sete Minutos - Passatempo




Com a preciosa colaboração da editora Guerra & Paz tenho para oferecer um exemplar do livro Sete Minutos de Lara Morgado.

Trata-se do mais recente volume do "Clube do Livro" que a editora tem em parceria com a SIC e que tem, entre edições relacionadas com televisão, permitido publicar alguns trabalhos mais ousados de autores portugueses, como é o caso deste.

Para participarem, devem preencher correctamente o formulário abaixo até ao final de dia 23 deste mês.

Podem encontrar informações sobre o livro e a resposta ao passatempo seguindo este link.




Regras do passatempo

1) Preencher todos os dados solicitados correctamente.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome, email e morada.
4) O não cumprimento da regra 3) poderá levar a exclusão em passatempos futuros.

domingo, 11 de agosto de 2013

Cleopatra's Daughter: A Novel (Michelle Moran)

Uma história que poucas pessoas conhecem é que Cleópatra VII não foi a última da dinastia ptolemaica, pois também ela teve, além do seu filho que viria a ser assassinado ao alcançar o poder, uma filha chamada Selene.
A morte de Cleópatra é, pois, somente o início da história desta sua filha, pois Selene, bem como o seu irmão, é levada para Roma ainda crianças para serem criados pela irmã de Octávio, Octávia, que era também a viúva do pai dos dois: Marco António.
Este romance histórico coloca-nos bem no centro de Roma no momento da ascensão ao poder de Octávio. E faz-nos sentir que vivemos tal período, o que é aquilo que se exige a um romance histórico, mais do que simplesmente dar informação ao longo de uma narrativa, há que fazê-la reviver perante o leitor.
A personagem de Selene está brilhantemente construída, de forma multifacetada. Somo surpreendidos pela forma como a princesa egípcia parece tão precoce e, ainda mais do que isso, tão contemporânea no período da sua pré-adolescência.
Para além de, como todas as raparigas da sua idade, se interessar por rapazes e roupas, a jovem tem também um grande gosto pela aprendizagem e, ainda, um exuberante talento para o desenho.
Ao longo do livro torna-se numa arquitecta promissora e ocupa a sua mente com questões prementes da época, como a escravatura ou o decorrer dos julgamentos.
À sua volta, muitos dos restantes personagens históricos são-nos apresentados de forma pungente e cheia de vida. Chegamos a sentir que eles podem estar ao nosso lado no momento em que falam, de tal modo são vivos e realistas os seus diálogos.
Considero este livro uma das melhores leituras dentro do género, não restringindo esta consideração à Era a que se refere.
Nunca esquecerei a viagem aqui proporcionada por Michelle Moran, a uma época e um espaço tão marcantes.
O livro leva-nos aos locais mais marcantes do século I a.C. e ilustra de forma realista a maneira como decorria a vida de então, o quotidiano, os usos e costumes dos habitantes de Roma, desde os patrícios até à plebe e mesmo aos escravos.
O que nos leva a conhecer muito da nossa origem latina e também nos dá uma estranha sensação de contemporaneidade perante as casas de férias ou os rolos servindo de guias turísticos, perante os julgamentos com advogados de defesa e acusação ou as grandes lojas/armazéns dedicados em exclusivo à moda.
Uma leitura imperdível nesta pequena preciosidade.




Autor: Michelle Moran


Editora: Crown Publishing Group


Páginas: 464


Género: Romance Histórico

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Destaque Vogais

Uma novidade agora chegada ao mercado data, originalmente, de 1869. Esta agora é uma reedição da versão aumentada de 1873, a primeira feita neste século XXI e em consonância com o Acordo Ortográfico.
Para melhor conhecer os que realizaram grandes feitos no e pelo nosso país.



Portugueses Ilustres
Manuel Pinheiro Chagas

Portugueses Ilustres é uma obra fundamental de Pinheiro Chagas, um dos mais notáveis escritores portugueses de todos os tempos. A Vogais faz agora chegar às livrarias a primeira reedição, com ortografia atualizada, da edição revista e ampliada pelo próprio autor.
Este clássico do final do século xix é um compêndio de pequenas biografias dos portugueses mais ilustres de sempre, escrito num tom de exaltação dos grandes feitos nacionais.
Começando em Viriato e terminando em Almeida Garrett, Portugueses Ilustres apresenta aos leitores as vidas e conquistas de 133 personalidades, tais como D. Afonso Henriques, D. Dinis, Fernão de Magalhães, Vasco da Gama, Marquês de Pombal, Camões, Padre António Vieira ou Gil Vicente — exemplos de esperança que vêm da História.
Escrito numa linguagem simples e acessível, esta é uma obra indispensável para adultos e crianças conhecerem algumas das personalidades mais importantes da História de Portugal. Em tempo de descrença nas elites nacionais, este é um livro que recorda os feitos dos grandes Portugueses, exemplos de esperança que vêm da História.





Manuel Joaquim Pinheiro Chagas foi um prolífico escritor, jornalista e político português. Nascido em Lisboa em 1842, destacou-se nas letras como romancista, historiador, crítico literário e dramaturgo, sendo eleito o mais popular escritor português do seu tempo. Escreveu inúmeros romances históricos e diversas peças de teatro, bem como diversas obras de história e crítica. Tendo frequentado o Colégio Militar, a Escola do Exército e a Escola Politécnica de Lisboa, Pinheiro Chagas interessou-se pela política, notabilizando-se como orador e desempenhando, em 1883, os cargos de deputado e de ministro da Marinha e Ultramar.
Na sua carreira jornalística fundou, em 1876, o Diário da Manhã, colaborando também como vários jornais e revistas, entre os quais O Panorama, Gazeta de Portugal, Diário de Notícias e Artes e Letras. Nestes periódicos assinou numerosos artigos de crítica literária. Faleceu em Lisboa em 1895, dois anos depois desta sua obra definitiva.


Leiam os primeiros capítulos do livro aqui.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A Arte dos Livros (2)



Utilizando, sobretudo, antigos livros pulp, o fotógrafo americano Thomas Allen constroi pequenos cenários que não só valorizam os livros originais - por mais absurdos que os seus títulos parecem - como também criam novos significados para as figuras das capas.

O resultado é, no mínimo, fascinante, recuperando a beleza de imagens que se tornaram já vintage mas que têm uma qualidade soberba.

O artista dá nova vida aos livros, mesmo se não for a mesma que lá está escrita...

E, inegavelmente, fica-se com vontade ler títulos tão inesperados como The Nymph and the Lamp.

Encontrem mais do excelente trabalho de pop up do autor no seu site: http://thomasallenonline.com/




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Destaque Europa-América

Agora que o novo livro de Dan Brown, Inferno, chegou aos escaparates nacionais, muitas obras irão explorar o filão e fazer interpretações sobre os muitos sentidos ocultos e a relação que o livro tem com aquela que é a primeira parte - e a mais citada - da Divina Comédia.

Nada melhor, no entanto, do que regressar ao original ou tão perto quanto possível, no momento em que a Europa-América relança Inferno (o de Dante, entenda-se).

Trata-se da versão em prosa, acompanhada de anotações académicas que destacam a importância e os significados do texto.



O Inferno
Dante Alighieri

A mais extraordinária criação daquele que foi o maior poeta italiano de todos os tempos e um dos espíritos mais brilhantes de que a Humanidade se pode orgulhar.

«Pelo seu carácter ardente e reflectido, pela sua imaginação criadora e visionária e pelo seu profundo realismo, pelo equilíbrio entre o sentimento religioso e o sentimento cívico e político, pela sua altivez indomável. Dante é um dos espíritos mais completos e mais universais de todos os tempos.»

«Foi sobretudo em O Inferno que Dante soube dar livre curso à sua imaginação descritiva.»